Malhou no PM todas as semanas. Sem excepção. Ainda assim, saiu na sua defesa. O regime está estar mesmo por um fio.
José Miguel Júdice: “tenho a perfeita convicção que António Costa é um homem sério”
Trump, Bolsonaro e José Miguel Júdice entram num bar…
No seu espaço de comentário político da passada semana na SIC, José Miguel Júdice fez, com alguma subtileza, um exercício de normalização da extrema-direita, ao colocar, no mesmo patamar, os protestos em França contra o aumento da idade da reforma e os ataques ao Capitólio e à Esplanada dos Ministérios.
O objectivo do comentador, parece-me, não é tanto condenar os protestos em França. É, isso, sim, minimizar duas tentativas de golpe de Estado, nos EUA e no Brasil, despromovendo-os à categoria de protesto inorgânico.
Não perderei muito tempo com a absurda comparação, até porque a considero normal, vinda de um salazarista que integrou uma organização terrorista de extrema-direita. [Read more…]
Fim da linha para João Rendeiro
Foto: Nuno Fox@Expresso
João Rendeiro, antigo presidente do BPP, outrora elogiadíssimo génio do private banking, foi hoje condenado a 5 anos e 8 meses de prisão efectiva pelo Tribunal da Relação de Lisboa, por crimes de falsidade informática e falsificação de documento, confirmando assim a condenação em primeira instância. Para a história fica mais um episódio de terrorismo financeiro, que vitimou contribuintes, depositantes e investidores, e um buraco que andará na ordem dos 900 milhões de euros. Acompanha-o Paulo Guichard, ex-administrador do banco, condenado a 4 anos e 8 meses. [Read more…]
Retrato do fascista enquanto jovem
O patriota
José Miguel Júdice oferece hoje um importante contributo para a empreitada de refundação da língua portuguesa actualmente em curso. Propõe o magnata da advocacia nacional que “revolução”, “golpe de estado” e “ruptura” passem a ser lidas como sinónimos de implantação de um regime presidencialista, convenientemente chefiado por banqueiros como Artur Santos Silva (se para tanto se achar “com pachorra”) e “homens moderados”, como António Pires de Lima, e que possa enfim providenciar o clima favorável ao “business as usual ” de que a pátria tanto precisa. [Read more…]
Relvas é Portugal
Não há notícias de que o omnipresente, dinâmico, empreendedor, Relvas se tenha demitido. Nem se demitirá. Fez melhor. Desapareceu. A licenciatura de Relvas, as equivalências do Relvas, o papel triste da Lusófona no processo, mesmo os multi-hiper-ultra negócios do Relvas, tudo veio divertir-nos enormemente antes das férias, reforçando o lado provinciano, inconclusivo, pícaro e falhento da nossa classe política e a miserabilidade deplorável da nossa democracia e Regime: vale tudo, não há escrúpulos, o modus operandi da geral rapacidade das nossas elites não muda. Está tudo ligado. Antes disso, Relvas enfrentou uma comissão parlamentar, titubeando no que o vinculava ao super-espião Silva Carvalho, homem de alma rugosa e que o Porcalhão Parisiense empossara. Está tudo ligado. Relvas foi ainda acusado pela Redacção e Direcção do Público de ter ameaçado fazer um boicote do Governo a esse órgão e divulgar a proximidade íntima de uma jornalista com um socialista qualquer que lhe toldaria a isenção. Relvas proporcionou-nos novela. Relvas proporcionou-nos picante. O facto de haver quem defenda Relvas, como José Miguel Júdice, não releva de nenhuma hipocrisia ou decadência adicionais que se tenham abatido de repente, calamitosas, na política nacional. A política nacional é calamitosa, desleal, rapace, oportunista. Recordemo-nos que Júdice defendeu derreadamente o Porcalhão Parisiense, por vezes de modo mais leal que Emídio Rangel, o Grande Bobo. Está tudo ligado. Não era com Relvas que o padrão haveria de mudar.
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