Certos caminhantes, de passos erráticos e de baixas dioptrias, conformam-se com a visão curta. Inibem-se de tomar consciência do horizonte distante e profundo de misérias que tragam e destroem milhões neste devassado e imenso mundo.
Selassie, o etíope do FMI vai deixar a ‘troika’ da ‘ajuda externa’ (?) a Portugal. Nada de novo. O dinamarquês Poul Thomsen, louro e de olhos azuis, também já o fizera.
As trocas de homens de epiderme distinta, em termos de ternuras, poderiam conduzir-nos até Vinícius:
Se por acaso o amor me agarrar
Quero uma loura pra namorar
…
Mas se uma loura eu não encontrar
Uma morena é o tom
…
Infelizmente, contra as excepções dos abastados que sustentam com jóias e lusitana, espanhola, francesa, italiana ou germânica paixão, os sentimentos populares são de tristeza.
Portugal, como outros países, está condenado a estas mudanças de homens da ‘troika’. O alemão Juergen Kroeger também nos deixou.
Todavia, é imperativo permanecermos conscientes de que com a substituição dos homens, do FMI, da CE ou do BCE, ficam em boas mãos a herança de nos fazer controlar o défice orçamental, garantir os cortes de despesas públicas através de despedimentos da fp, de reformas e pensões, e de outras coisas mais, que são malévolas demais.
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