Albuquerque


All my lazy teenage boasts are now high precision ghosts
And they’re coming round the track to haunt me.
When she looks at me and laughs I remind her of the facts

Comentários e imbecis

A título meramente pessoal fica o aviso: o próximo cabrão de merda que utilizar uma caixa de comentários minha para fazer queixinha de quem legitimamente lhe apagou as cagadelas anteriores, passa para a minha lista de trolls.

Quem não quer ler tem muito blogue à escolha com inteira liberdade de comentar (é um respeitável modo de estar na net como qualquer outro).

Eu sei que é Verão e há pouco para fazer e etc.  Vão ao chafariz mais próximo, molhem a cabeça, bebam um tinto, façam o pino, pinoquem se estiverem com quem. Os meus amigos, por mais que discorde deles, no meu espaço não são insultados.

Até porque hoje é dia internacional da amizade.

Water On head

 

 

5 minutos em directo com a Dona Albuquerque

Mente, e quando lhe dizem que mentiu volta a mentir dizendo que não mentiu.  Nunca vi uma mentirosa assim.

Vida de troll

Eu sei que você o faz. Todos actuamos como se não o fizéssemos, como se fossemos seres humanos imaculados que NUNCA tenham feito dessas coisas perversas. Mas sei que você o faz. E que o faz frequentemente.

Você responde a trolls.

Tudo começa assim: você publica algo inteligente na “World Wide Web”. Divulga-o. Espera que o mundo inteiro lhe agradeça por trazer aquilo que ainda não tinha sido dito na história da humanidade.

Depois ELE aparece. Alguém diz algo para o provocar. Na maior parte das vezes diz para si mesmo “troll” e volta a viver a sua existência maior do que a vida. Mas aqui e acolá, o troll toma o lugar do seu pai. Ou da sua mãe. Ou da sua ex-mulher. Ou do seu ex-qualquercoisa. Algum ponto foi tocado. Ali mesmo, no centro da sua cabeça.

E você responde. Porque… porque… porque… se não responder, então TODOS talvez pensem que este tipo tem razão e você TEM que deixar as coisas claras.

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Este é um breve trecho de um artigo dedicado ao tema dos troll e sobre como alguém se transformou num troll, ao ponto de chegar a gastar doze horas por dia a trollar. Partilha algumas das técnicas que usava, tais como “respostas curtas e simples que obrigavam a contra-argumentos demorados e deliberados por parte do visado (e que lhe davam prazer só por saber que estava a obrigar a outra pessoa a perder tempo)” (via).

Vida de troll é isto. Espalhar sementes de ódio e viver da colheita de vinagre. O que é que se faz? Apaga-se. Demora menos do que doze horas por dia.

A Liderança de Seguro está Morta

A moção de confiança que se ritualizou agora mesmo no Parlamento foi uma humilhação para António José Seguro. Poderia ter sido a moção de confiança à cooperação estratégica do PS com as condições de governabilidade para a próxima década, encaradas realisticamente e sem sombra de preconceito; poderia ter sido a moção de confiança à igualdade, não de dois, mas de três partidos de Governo perante responsabilidades, metas e desígnios inscritos no Memorando. Mas não foi.

Serviu exclusivamente para desfile triunfal de uma maioria reconsagrada, com dois anos para fazer toda a diferença. Da moção surgiu um Governo arregimentado, coeso e focado, no sentido de conduzir a Política segundo os imperativos de retoma económica, sob a legitimidade constitucional segregada pelas últimas eleições legislativas. O PS voltou a não estar à altura do País e das aspirações da sua juventude capaz de comparar países, partidos, políticas, caminhos de sucesso por esse mundo: um Partido que ilegitimamente trai as aspirações de milhões de portugueses no sentido de um entendimento alargado no âmbito da governabilidade, ostraciza-se a si mesmo. O PS perdeu uma oportunidade ímpar. Quer de eleições antecipadas, quer da possibilidade de fazer parte da solução e não do problema, do vício empata e do clube engonhante a que se reduz a Oposição.

Se houve quem acreditasse que do PS viriam propostas construtivas e capacidade de entendimento, sem palas nem esporas, deve estar desiludido. Mil vezes desiludido. Até aqui, parte do aparente fracasso das políticas da Troyka [nulo crescimento e empolamento da dívida] advinha basicamente da cisão entre duas formas de conceber a governação dentro da Governação.  Cisão na gestão do imediato, entre dois pólos e enfoques complementares, mas em contenda dentro do mesmo Governo, onde Gaspar pontificava. Os pólos da consolidação e do crescimento. A consolidação levou sempre a melhor. Demasiado. Agora, a sobrevivência deste Governo está indissociavelmente ligada a quantos sinais de crescimento e consolidação, com inversão de ciclo, se confirmarem na economia.

Esta moção marca, portanto, o tiro de partida para dois anos onde não será de menos mobilizar e convencer o País das vantagens de libertar a sociedade para a magna tarefa de ser e fazer mais, fazendo recuar o Estado de pesar sobre cada um, sufocando-nos fiscalmente e tolhendo a iniciativa privada graças a uma teia inextricável de obstáculos e burocracias. Dois anos em que se assistirá ao acantonamento do PS, por moto próprio, incapaz de uma agenda credível, incapaz de outra retórica senão a eleitoralista e a do facilitismo frouxo e oportunista. E porquê?! Por se ter submetido à velhice mais asna e politicamente mais esclerosada que alguma vez imaginámos poder tutelá-lo, nesta Hora crítica do País. Seguro perdeu em toda a linha. Perdeu-se a si mesmo. Perde internamente, pois é vítima dos efeitos da sua capitulação às vozes de facção e reduto; perde eleitorado que lhe lê a fraqueza, a superficialidade e a imaturidade para acordos com significância nacional abrangente, chamem-se ou não de salvação nacional.

A Oposição Parlamentar já não é liderada por Seguro, se é que chegou a ser. A sua sobrevivência política, antes de um Costa qualquer que avance, tem dois meses para mostrar capacidade de superação. Seguro está encostado às cordas. Uma bancada hostil. Uma fronda de velhos movimentando os bastidores, mal-fodida, igualmente hostil, indiferente à ternura segurista, antes ferindo-lhe as ilhargas com esporas de Esquerda. Ele é alguém que já não pode passar má figura perante um Novo Governo Passos disposto à negociação perpétua e à adopção mesmo de soluções com que o próprio Seguro obtivera convergência negocial na ronda de iniciativa presidencial.

Quando o Governo patinava e a crise interna estava iminente, Costa simulou avançar, mas travou. Agora, perante o crescer de uma vontade governativa de fazer mais, melhor, diferente; perante a suspeita de uma economia a florescer, quem ousará avançar e disputar, em Outubro-Novembro, o lugar esmagado de Seguro?!

O Vítor Gaspar explicou,  devagarinho

A Albuquerque é mentirosa. Qual das palavras não perceberam?

Moção de confiança

Vão os deputados eleitos com este discurso

votar uma moção de confiança ao governo. A legitimidade está à vista: é nenhuma. A democracia não é uma ditadura por quatro anos.

Quem Não Mente?

Hoje, Maria Luís Albuquerque poderá retractar-se ou não! da imprecisa formulação inicial acerca da transmissão do terrível dossiê swap. Já observámos uma sensível evolução discursiva do «nada lhe foi transmitido relativamente à matéria dos swap» para «o que lhe foi transmitido acerca da matéria dos swap era insuficiente para tomar decisões». As modulações discursivas são imperdoáveis em Política [em comparação com o facto de se ter lesado os contribuintes e o erário em vários milhares de milhões de euros, coisa de que nem se fala nem interessa para nada], especialmente quando o que se pretende é abater alguém seja a que pretexto for, por daí se extraírem vantagens mesquinhas na contenda política. E a questão é muito simples na sua extrema e intrincada complexidade: interessa ao País que as Oposições explorem este filão de putativa inconsistência até às últimas consequências ou o que interessa ao País é perceber quantos contratos swap os Governos Socialistas autorizaram, por que motivo os autorizaram e por que, na altura da transição, Pedro Felício, Carlos Costa Pina e Teixeira dos Santos sabiam tão pouco ou quase nada acerca dos prejuízos potenciais e virtuais de esse tipo de negócios ao ponto de ter sido aos bochechos que toda a informação se reuniu para formar um quadro só inteligível ulteriormente?

Por que motivo tem de ser a nova Ministra das Finanças a pagar toda a factura de uma matéria por que não foi responsável directa enquanto governante, tendo herdado um dossiê escabroso?! Ok, talvez Albuquerque o tenha engonhado e não o poderia engonhar. A vingança serve-se fria, mas o Regime Socialista Português serve-a a ferver sempre que um titular de cargo público ouse encalacrar o Partido Socialista, os seus ex-titulares de cargos públicos, entalando-os nas gravíssimas irresponsabilidades em que incorreram. Isso é que é imperdoável, em Portugal. Denunciar abusos, excessos, malfeitorias políticas costuma ser mortífero para o atrevido denunciante. É por isso que está interdito falar no socratismo [raro é o companheiro do BE que convoque, invoque, relacione o passado socratista com muitas das opções políticas em decurso, pacta sunt servanda] e muitos preferem falar no cavaquismo e nas culpas da monarquia às riscas a abordar o hiato de irrespirabilidade antidemocrática dos anos 2005-2011. Albuquerque meteu a unha no mau trabalho dos socialistas, denegriu-o, quis dar a entender que os titulares desse Governo não lhe transmitiram nada porque pouco ou nada saberiam. Azar. Quem se mete com o PS, leva. E hoje, quem se mete com o PS ex-Governo, leva dos galfarros do PS e pode levar com toda a violência e toda sanha dos esbirros não-PS, iludidos com futuros e convénios de Esquerda que nunca sucederão, bem pode vaca tossir e os agentes do Grande Satã branquear todos os dias a pessoa política e pública do grande embusteiro. Nós, os que amamos a verdade, não temos culpa que a verdade incrimine os governos socratistas. Pela dívida. Pelos improvisos. Pela inaudita vertente casino trazida para a governação.  É a vida.

Mentirosa


Hoje, 30 de Junho, em actuação no Parlamento.

Não há dinheiro (título seguido de interrogação, exclamação ou ponto final)

government-money

No princípio não era o verbo mas sim a gordura, as gorduras, para ser mais exacto. Era preciso cortá-las, apesar de derretê-las fazer mais sentido, fisicamente falando.  Quando chegou a hora de as cortar, indo ao dinheiro dos partidos, como o das fundações, dos trabalhos adicionais e dos pedidos a escritórios de advogados,  a montanha pariu um fica-tudo-na-mesma e o arco do poder deixou de falar no assunto. [Read more…]

Moedas, Borges, FLAD e Machete: relações perigosas

pilhas-de-moedas-de-ouro-16812996Uma pequena empresa pode comprar uma companhia do tamanho da PT? Pode. Um grande especialista neste tipo de operações é o nosso amigo Moedas. Fundou mesmo uma empresa que só faz isso, temporariamente em nome da mulher desde que entrou para o Governo

Essa empresa é associada do Grupo Carlyle (exactamente, o proprietário do Freeport), do qual tem a representação EXCLUSIVA em Portugal, que tem esta actividade no centro do seu core business.

Como funciona o esquema?

Constitui-se uma pequena empresa, com capital social simbólico (a Leitaria Garrett, por exemplo). Através das relações, no mercado de capitais e na banca, obtém-se um empréstimo no valor suficiente para a aquisição (hostil se necessário) da maioria do capital de uma empresa do tamanho da PT. Realiza-se o negócio e, no dia seguinte, a “PT” compra a “Leitaria Garrett”, herdando assim o seu património: activos e dívidas. Deste modo será a própria “PT” a pagar a dívida contraída para a sua aquisição. Curioso, não?

António Borges explica, e defende, os Hedge Funds…

 

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