Afinal há dois, este nem escrever sabe. A imbecilidade não paga imposto.
Um país? não, um bordel
Só falta dizer que a antiga vice presidente da CAP (a lista que perdeu as eleições) é esposa do secretário de estado.
a ler no blog do Arlindo
Eurogrupo abre os braços a Maria Luís Albuquerque
Os ilustres do Eurogrupo receberam Maria de braços abertos. Tantas vezes que a mulher tinha lá ido antes de ser Ministra das Finanças! Só pode haver uma das seguintes explicações para a euforia: ou foram cínicos antes, ou agora, ou antes e agora.
Cá ou em Bruxelas, somos brandos nos costumes e nos resgates
Pais de brandos costumes
Somos o país de brandos costumes, ouço dizer desde jovem. Todavia, a proposição nunca me pareceu convincente e assertiva.
Lembremos dois templos prisionais: o Aljube e o Tarrafal (este visitei há uns anos), locais de prisão, torturas e hediondos crimes contra oposicionistas ao regime salazarista.
Dois símbolos, dos muitos, que fazem sucumbir a autenticidade da ‘tese dos brandos costumes’, com que, recorrentemente, se descreve a sociedade portuguesa.
Dispenso-me de pormenorizar os crimes da política actual. Limito-me a referir a violência da flexibilidade laboral, da ilegítima expropriação de rendimentos dos mais frágeis que o governo de PPC, a mando ou em complemento das medidas da troika, executa com fria indiferença e obscena desumanidade.
A falsidade da presunção dos “brandos costumes” é extensível a ocorrências na sociedade civil. A violência doméstica, restringida a agressões e assassínios do cônjuge perpetrados normalmente por homens; ou ainda a violência infantil, de que nos últimos anos a pedofilia, quase em exclusivo, tem sido objecto de notícias – quem trabalha em serviços hospitalares de urgência infantil sabe da frequência e gravidade dos crimes cometidos sobre crianças.
País de brandos resgates
Dos “brandos costumes” tentamos passar aos “brandos resgates”, pela mão de Bruxelas segundo o Público, reproduzindo o anunciado pelo El País. Que não, é falso!, afiançam outras notícias.
Certo, certo é que, no desmentido, o Público informa que:
A CE só avaliará as opções para apoiar Portugal no regresso aos mercados de dívida no momento devido.
O Verão Quente de Passos e Portas
Gonçalo Dias Figueiredo
A continuidade das altas temperaturas que se têm sentido no país não acompanha o passo do termómetro político nacional. Na verdade, o comunicado conjunto de Pedro Passos Coelho e Paulo Portas, ao que tudo indica, virá por um ponto final no “Verão Quente” que se sentiu na coligação ao longo destes últimos dias. A questão da crise política continuará a ser debatida na comunicação social pelos que se dizem os especialistas na matéria. A especulação em torno do que virá o Presidente da República dizer sobre o assunto ainda fará correr mais tinta mas, na minha opinião, o assunto está arrumado: o Governo continua e está lá para o remanescente da legislatura.
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Tudo isto existe, tudo isto é triste, tudo isto é fado
Pedro Viril Arroja relembrando o saudoso deputado Morgado, via Declínio e Queda.
Deixo os versos de Natália Correia: [Read more…]
Portas é irrefutavelmente estável
José Luís Arnaut afirmou que Paulo Portas é uma garantia de estabilidade. Ao princípio, podemos estranhar que se possa fazer uma afirmação destas acerca de um homem que considerou que o seu pedido de demissão era irrevogável, para, poucos dias depois, revogar o mesmo pedido. No fundo, Portas, discípulo de Vinícius, acredita que um pedido de demissão é eterno enquanto dura.
Não devemos ser injustos com Arnaut. A verdade é que o moço de recados do PSD tomou Portas como seu mestre: assim, o líder do CDS é estável no mesmo sentido em que irrevogável era o seu pedido de demissão. A fontes mais próximas, Arnaut terá mesmo declarado que Portas é “tão estável como qualquer bipolar.”
Morreu o café mais feio do Porto
Nunca entenderei como pôde estar aberto tantos anos, sendo, como era, o café mais feio da cidade, mas certo é que durou muito e sempre preservando as características que o tornavam distintamente horrendo e seguramente o mais feio da cidade. Não sei se mais alguém o tratava por esse título e adivinho que estão por esta altura a pensar que semelhante afirmação é muito subjectiva. Claro que é. Mas se o vissem concordariam comigo. E espero que sim, que tenham chegado a vê-lo, porque agora já não terão essa sorte.
Não vou dizer, claro está, que café era, porque até os cafés têm pai e mãe. Quero dizer, gente que gosta deles e os mantém, gente que se calhar fez daquele lugar a sua vida toda, e teve orgulho na luz pardacenta, nas paredes manchadas, nos pires esbotenados e até no zumbido atordoador da máquina para electrocutar mosquitos. Onde passamos as nossas horas faz-se casa antes do diabo chegar a esfregar o olho. E já sabemos que se pode amar o feio e encontrar-lhe uma nova graça a cada dia. [Read more…]
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