Pedro Rodrigues, o ex-presidente da jota, é candidato à distrital de Lisboa do PSD. Uma voz do partido contra o impopular governo e o ainda mais impopular Passos Coelho. Coisa bonita e corajosa.
Para ser candidato Pedro Rodrigues, em gesto de grande abnegação, até se demitiu do dito governo de Passos Coelho onde tinha o simpático lugar de Chefe de Gabinete do ministro que manda na política do Governo. Confuso? Não esteja. É simples. Pedro Rodrigues é candidato contra o passismo e um governo do qual fazia parte até há duas semanas. Nada do outro mundo. E muito coerente. É que o mesmo Pedro Rodrigues até tinha sido um dos principais apoiantes de Paulo Rangel nas eleições diretas do PSD.
E como qualquer anti-passista acabou no governo de Passos. Confuso. Não esteja. Pelo menos para já. Confuso mesmo é que Pedro Rodrigues tenha apoiado Passos Coelho contra Manuela Ferreira Leite ou antes disso tenha apoiado Marques Mendes contra Menezes e Menezes contra Marques Mendes.
Recapitulando. Pedro Rodrigues, menezista foi mendista. E de mendista foi menezista. Foi um bocadinho passista (só um bocadinho) para depois passar a ser rangelista antes de voltar a ser passista (mas só um bocadinho). E hoje, porque é segunda-feira, é anti-passista outra vez. Pronto a apoiar quem vem aí contra o Passos ou contra quem esteja contra Passos. A única coisa mais complicada de explicar é que Pedro Rodrigues, o candidato à distrital de Lisboa, até era militante em Braga.
No resto é do mais normal ou não fosse no PSD…
Pedro Lemos
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