Parou e inclinou, Bruno! O cartaz, claro.
Mas, ao que parece vai continuar viagem e não fica por cá.
Um boa notícia.
Expor ao vento. Arejar. Segurar pelas ventas. Farejar, pressentir, suspeitar. Chegar.
Parou e inclinou, Bruno! O cartaz, claro.
Mas, ao que parece vai continuar viagem e não fica por cá.
Um boa notícia.
O ano lectivo, já se sabe, é um conceito que Nuno Crato não domina. Deste modo, é natural que o ministro tenha afirmado que o ano lectivo começou bem, sabendo-se que, três semanas depois, há alunos que ainda não têm professor.
É o que acontece em São Marcos da Serra, no concelho de Silves. Coincidência ou não, depois de os pais terem fechado a escola e a situação ter sido referida nas notícias, surge a garantia de que, amanhã, será colocada uma professora.
Na mesma notícia, o director do agrupamento de escolas em que está incluída a EB1 de São Marcos da Serra declarou que a professora em causa “tem estado de atestado médico”, explicando que só entrará ao serviço se não apresentar novo atestado. O mesmo director acrescentou que irá tentar sensibilizar a professora para o problema.
Há, nesta história, pelo menos, dois aspectos que merecem comentário: se um professor está de atestado, é natural que não se possa apresentar ao serviço; para além disso, deve partir-se do princípio de que estará doente, sendo legítimo que não seja sensível a nenhum outro problema.
Ficamos a saber, ainda, que estão por colocar 19 professores em todo o agrupamento de escolas. Talvez fizesse mais sentido que o director procurasse sensibilizar o Ministério da Educação para que esse problema seja resolvido com o máximo de celeridade.
Confirmar que Nuno Crato falha já não é notícia. Por isso, não é de admirar que tenha declarado, no dia dia 13 de Setembro, que não haveria alunos sem aulas, depois do início do ano lectivo. É claro que tem a desculpa de não saber o que é um ano lectivo.
Esta notícia, bem recebida “no mercado”, foi confirmada através de um comunicado à CMVM e de um Facto Relevante. Perdão, fato: Fato Relevante.
Quando Zeinal Bava, Nuno Vieira e Luís Pacheco de Melo tiverem tempo, expliquem-me, sff, como é que vão descalçar a bota dos ‘contactos’ e dos ‘factos’ presentes no comunicado. Gostaria imenso de conhecer a reacção dos parceiros da Oi a tais exotismos ortográficos.
Escusado seria repetir que “convém reflectir sobre a dimensão desagregadora do exercício AO 90, considerando os inúmeros casos em que no Brasil se conserva a grafia anteriormente comum, passando em Portugal a adoptar-se uma grafia obscura e exclusiva”.
Contudo, no comunicado à CMVM, temos “respetivas holdings assinaram”, “assumirão, respetivamente, o cargo”, “os respetivos passivos”, o respetivo relatório de avaliação (laudo)” e “o respetivo arquivamento”, embora, no Fato Relevante, apareçam “respectivas regiões de atuação”, “respectivo laudo submetido”, “equivalentes a, respectivamente, R$ 5,8 bilhões”, “respectivos direitos de prioridade”, “respectivas participações”, “respectiva eleição”, “assumirão respectivamente“, “respectivo valor patrimonial” — pronto, já chega.
Não, não chega: no Fato Relevante, temos “perspectivas e expectativas“, mas, no comunicado à CMVM, surgem “perspetivas e expetativas“. Sim, expetativas e não expectativas — isto é, quando a semelhança aparece, recorre-se ao expediente desagregador.
Aguardo, confesso, com alguma expectativa, os próximos episódios desta telenovela da “unidade da língua portuguesa” e “[d]a sua universalização” ou da “unidade essencial da língua portuguesa” e do “seu prestígio internacional” — relativamente a este aspecto, a doutrina, aparentemente, divide-se.
Enquanto aguardo, com a tal expectativa, aproveito para fazer uma pergunta que nada tem a ver com (orto)grafia: os clientes portugueses da CorpCo poderão aceder ou terão de acessar? Era só uma pergunta.
E dois pedidos de esclarecimento: convinha explicar quer o motivo de o significado de ‘laudo’ aparecer no comunicado à CMVM, quer a razão para surgirem “5,8 mil milhões de reais” no comunicado à CMVM e “R$ 5,8 bilhões” no Fato Relevante. Afinal de contas, não nos esqueçamos, está em causa a “unidade essencial”.
Aprendi a gostar de ciclismo com o avô, mais depressa que a andar de bicicleta, assunto que nunca correu bem. A Volta é no Verão, pela rádio e pelo Século seguíamos o desporto que era muito dele não apenas pelas vitórias do seu Sporting: violento, duríssimo, mas simultaneamente reservado ao sucesso de gente com grande cabecinha a pedalar.
Ciclismo é desporto do povo mais do que popular, do povo que tinha na pasteleira o que é hoje um Clio e entretanto foi uma Casal, mais rural que urbano, camponês e operário. Com os meus amigos das férias na aldeia construíam-se pistas em terra batida a sacho e à mão, com pontes de fazer inveja ao Edgar Cardoso, prémios da montanha de primeiríssima categoria, onde as caricas convenientemente vestidas com nas cores dos clubes em papéis afanosamente procurados, escritos os nomes e os números dos nossos heróis, faziam à conta de calos no dedo médio a simulação possível; sim, fomos nós que inventámos os jogos de computador muito antes de alguém imaginar sequer que um dia haveria um tal de spectrum. [Read more…]
Há uma cómica homologia entre Passos Coelho e João Semedo do BE e quem diz Semedo, diz Catarina. Homologia não só na escala da derrota autárquica, os extremos tocam-se, mas no preço político da inexpressividade e do negativismo de uma liderança ainda que numa liderança a meias. Nada mais fatal em termos políticos. Numa análise superficial ao discurso de ambos ou deste tríptico-de-pele-e-osso, a mensagem que predomina é negativa, derrotista, formalista, passa desapontamento e não carreia esperança, não tem capacidade para insuflar ânimo. Entre ele-Passos e um cangalheiro não há diferença: a face é funérea por defeito profissional. Passos quer desempregar em larga escala no Estado. É uma necessidade. Semedo celebra ou fantasia as derrotas relativas da Direita, insulta e rebaixa a Direita, mas não tem nada de seu a celebrar, nenhuma vitória aporta à Esquerda, nenhuma esperança tem a dar, senão a secura do fim do mundo e o desalento chova ou faça sol.
Do outro lado da barricada retórica negativa e depressiva comum à bina Passos / Semedo-Catarina, não temos no Lágrima Seguro ou no Testosterona Costa, pelo contrário, os portadores da esperança, da confiança e da alegria, mas os simuladores de alternativas, os porta-estandartes do Favor Político e da Empregabilidade Política, conforme os velhos genes socialistas. Os socialistas têm um especial instinto de emprego com eles, só que um emprego à pala do Estado, um emprego favoritista, um emprego pela multiplicação de cargos, de tretas, da grande teta da cultura ao grande chupismo solene dos que se aproximam do grande mamilo de Esquerda que os socialistas maquilham de túrgido, mas anda sempre ressequido, pago pelo resto da maralha nacional com sangue, suor e lágrimas: com Testosterona Costa, Lisboa corre o risco de se tornar, isto é, de continuar ou ampliar um oásis para este tipo de liberalidade só para amigos na mesma proporção com que o Príncipe Independente Moreira CDS-PP, no Porto, sentado na sua liteira aristocrática de ouro, paralisará o Porto nas boas contas, petrificará o Porto na gestão corrente, ele que não deu às turbas porcos assados nem gajas roliças pimba a dançar e a cantar para ser eleito nem dará manuais escolares grátis do 1.º ciclo a todos os pais da cidade, folgados ou apertados. [Read more…]
O Abismo-Bancarrota deles está ainda mais iminente. Aos bochechos. Cidade a cidade.
Há muito que o governo teria fechado portas. Mas isso de se não se gastar dinheiro que não se tenha é muito à frente.
Segundo a NASA, apesar da ausência de metano, é provável, David, é provável. Contudo, uma coisa é certa: não há dinheiro em Marte. Não, não há.
Sobre a decadência dos partidos já escrevi aqui, designadamente sobre Matosinhos, caso paradigmático de estapafurdice do PS, lamentavelmente corroborada por pessoas inteligentes e que já deviam ter juízo, como Manuel Maria Carrilho, que não se importou de se sentar ao lado de um candidato sem qualidades (e com tristes projectos para a Cultura) para enfrentar quem já tinha caminho feito naquela câmara municipal – Guilherme Pinto, que acabou por ganhar como independente.
Decadência, sim, dolorosa de ver, sobretudo na visão da cegueira de quem acha que tudo pode continuar, e continuar na mesma. Acabou-se o tempo dos partidos, está chegada a hora de outra coisa: já visível, embora ainda com as naturais ligações às máquinas partidárias (de onde viriam esses valentes se não dos partidos?) As pessoas querem votar em pessoas, e estas Autárquicas comprovaram-no.
Bem podem os aparelhos partidários protestar, punir, expulsar: os destinatários da sua acção (missão política) não querem já saber dessas revoltas que nada mais são do que a movimentação dos ratos no porão de um navio naufragado. E o Bloco de Esquerda, apesar de ser uma organização partidária recente, não se safou. [Read more…]
Consistentemente a descer nas sondagens desde Janeiro, é preciso ter uma grande lata para vir falar em dificuldades nas autárquicas, 25 anos de atraso, blábláblá.
O caso do BE é muito simples: por mais que as extingam e agrupem continua a ser uma coligação de tendências centralizada em Lisboa. O que foi novo cresceu mas o que nasce torto nunca se endireita. E agora mingua, mirra, encolhe, numa altura em que todas as circunstâncias políticas lhe permitiam voltar a crescer.
Como já estou a ver as cenas do próximo capítulo, europeias, e é sabido como as derrotas fazem de uma organização um saco de gatos, o pior ainda está para vir. Nem quero ver.
(touradas à parte, festejei o regresso à normalidade em Salvaterra de Magos: em política não se admitem barrigas de aluguer)
C’est vraiment trop injuste… — Calimero *** Não pretendo meter foice em seara alheia, pois há abundante literatura acerca do fenómeno de não se aceitar um resultado negativo, na perspectiva de, obviamente (o obviamente é, por definição, indiscutível), sermos os maiores e, logo, se perdemos, como somos os maiores, é claro que fomos prejudicados por algum […]
Imagem composta, do telescópio espacial James Webb, que mostra a proto-estrela L1527 na gama dos infravermelhos dentro da nuvem escura (Fotografia: NASA, ESA, CSA, e STScI. Processamento: J. DePasquale, A. Pagan e A. Koekemoer (STScI)). Um corpo relativamente jovem, com apenas 100 mil anos. Mais detalhes: NASA, The Guardian.
A música
00:00 intermezzo (charlie spivak) 04:28 charmaine (mantovani) 08:35 melody of love (wayne king) 11:46 auld lang syne (guy lombardo) 15:15 body and soul (coleman hawkins) 18:54 poinciana ‘song of the tree’ (david rose) 22:48 do you believe in dreams (francis craig) 26:56 twilight time (three suns) 30:31 intermezzo aka ‘souvenir de vienne’ (wayne king) 34:39 orchids in the moonlight (enric madriguera) 39:12 warsaw concerto (freddy martin/jack fina) 43:24 deep in my heart dear (troubadours) 48:00 dancing in the dark (artie shaw) [Continuar a ler]
Debate político entre Aventadores. A Esquerda, a Direita, e não só.
A actualidade em análise com as opiniões dos participantes no Aventar sobre a actualidade.
Debate sobre política, sociedade, actualidade, entre outros.
As músicas escolhidas pelos participantes do Aventar com espaço para entrevistas e apresentação de novas bandas, tendências e sonoridades.
Aqui reinam as palavras. Em prosa ou poesia. A obra e os autores.
agora fazei o favor de ler o artigo do Henrique Burnay, no Expresso. Totalmente grátis.
li por aí que uma liberal acusou a IL de ter uma espécie de familygate na estrutura do partido. Estou chocado (NOT).
e até o sniper que queria abater o Marcelo foi apanhado. As forças de segurança funcionam, os juízes é que não querem prender larápios. Investigue-se.
Sabem quem é, no tal Conselho Estratégico Nacional do PSD (uma invenção do Rui Rio e que o Montenegro foi atrás) o responsável pela área da Cultura ? Por aqui vi tudo. Além do CV que está aqui, é comentador de bola num programa da CMTV.
Há um provérbio turco que reza assim “Se meteres um palhaço num palácio ele não se transforma num príncipe, mas o palácio transforma-se num circo”.
Parabéns Dr. Luís Montenegro!
Exército Americano estima que o plano climático custar-lhes-á mais de 6,8 mil milhões USD em 5 anos. Só podem estar doidos, a gastarem dinheiro em algo que não existe.
Ariana Cosme e Rui Trindade escrevem, hoje, dia da manifestação dos professores em Lisboa: «Está na hora de se reconhecer que este Governo e este ministro são, afinal, os melhores interlocutores que os professores e os seus sindicatos poderiam ter.»
diz o Der Terrorist.
Isto não é a Ribeira. E o <i> de Fontainhas não leva acento. É como o <i> de ladainha, rainha, grainha, etc. Siga.
“As autoridades *diz que sim”. Se as autoridades *diz que sim, estou mais descansado. Menos bola, menos precipitação, menos espectáculo, menos propaganda (“está a ser reposta a normalidade”…) e mais rigor, sff.
Nos últimos dias enquanto funcionário público, o CEO da Iniciativa Liberal cumpriu a promessa de tornar os liberais mais “populares”: agora chama-se Quim.
conduzido pelo Daniel Oliveira. O artigo no Expresso é aberto e merece ser lido.
o Presidente da República promulga o OE2023. Mas faz mal. Faz muito mal.
Em entrevista a Piers Morgan que sairá amanhã, Pedro Nuno Santos critica o seu anterior clube e diz que o cozinheiro do PS ainda é o mesmo do tempo do engenheiro Sócrates.
Se a renúncia ao cargo na TAP nos custou meio milhão, nem imagino a factura que virá com a demissão do governo. Que tal criar um imposto para acautelar o próximo job?
Andam para aí a dizer que Alexandra Reis recebeu uma indemnização milionária, mas a verdade é que mal chega para oferecer um Rolls ao marido.
Graças ao João Maio, percebi que o bidé é um tema da actualidade. Tenho opinião sobre o bidé (e sobre o urinol), mas, por razões higiénicas, não a manifesto.
desde que não fiquem por executar. Ou acabem num pavilhão transfronteiriço qualquer.
a selecção e a seleção. Efectivamente. Porque ‘selecção’ ≠ ‘seleção’.
Foto: Lars Baron/Getty Images.
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