Passos Coelho tem a solução para a crise

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Consiste em fazer tiro contra os portugueses. Menos pensionistas, menos doentes, menos alunos, menos funcionários públicos, menos tudo o que dê despesa. A estes é dada a hipótese de emigrarem, assim escapando ao balázio. Portanto, com liberdade de escolha, não se belisca a constituição. Se por acaso o Tribunal Constitucional chumbar esta solução, ter-se-á que aumentar os impostos. Mas isto não é uma ameaça. É uma certeza.

3 compassos

Maria Helena Loureiro

Lucien Freud
#1 Ao longe, vejo as pombas. Depenicam com afinco uma mancha bordeaux, mesmo ao virar da esquina. Ao pé, verifico que são os restos do que muito provavelmente começou por ser chop suey (galinha? vaca? peixe?). Fecho os olhos e concentro-me em tudo o que há em mim de ‘anal repressiva’. Resulta.

#2 A esplanada do café ao fundo da rua que fica ao fundo da minha rua, habitualmente frequentada, a esta hora, pelas prostitutas minhas vizinhas a despegar ou a pegar está, hoje, cheia de peregrinos. Uns sentados nas mesas, outros deitados no passeio. Mais de metade com cachecóis do Benfica. Finalmente percebo o ano futebolístico.

#3 “… quero ser bem enrabado, quero ser muito bem fodido: sou filho de uma ganda puta e de um pai desconhecido” guincha um grupo de cachopos fardados de estudantes, delirantes de vinho e falta de sono.

Chego à paragem. De repente lembro-me de que é sexta-feira. Mais 8 horas e “escapo-me para a vida”…

Boa malha

o essencial do grande lobby friedmaniano a favor do cheque para escolher a escola da sua fé e credo é absolutamente contra o apoio do tipo cheque alimentar para os mais desfavorecidos da sociedade, porque diz que eles assim se habituam e ficam uns parasitas sociais.

Paulo Guinote

Devolvam a exclamação ao Tó Zé

António José Seguro juntou-se à campanha #bringbackourgirls, coisa que eu até poderia aplaudir se a idade não começasse a fazer de mim cínica e, a quinze dias de ir às urnas, eleitor escaldado até de água gelada se escapa.

Na sua página do facebook, o Tó Zé aparece a escrever um cartaz e, num daqueles arrebatos violentos que às vezes lhe dão, remata a frase com um enérgico, resoluto, indignado ponto de exclamação: Bring back our girls!

Mas quando levanta o cartaz para a câmara, pasme-se, o ponto de exclamação foi substituído por um discreto, contemporizador ponto final.

Das duas uma, ou não foi ele a escrever o cartaz (já sabemos que o inglês não é o forte dos líderes socialistas) ou alguém lhe disse para amainar, que a Nigéria é longe e também não vale a pena gastar fúrias com umas moças que a, bem dizer, nem vão poder votar.

Mais uma abstenção violenta, coitado. Não tarde nada ganha uma úlcera.

O futuro será não-violento ou não será

Inspirada na metodologia da não-violência de Gandhi, a associação Ekta Parishad luta pelo direito à terra e aos recursos naturais de milhões de indianos. Candidatos ao Nobel 2014, desafiam o mundo a escolher uma economia não-violenta.

Será mesmo assim tão simples?

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Fiquei hoje a conhecer a história de Manuel Macedo, empresário português e antigo activista dos direitos da Indonésia em Timor-Leste, que pretende processar Portugal em 4,8 milhões de euros no Tribunal Europeu, por este (Portugal) ter sido negligente ao ponto de deixar prescrever um processo de fraude fiscal, avaliado em 6,7 milhões de euros, no qual Manuel Macedo era o principal arguido. Ah país safado! Já não te bastava ser gastador, preguiçoso e irresponsável, e agora ainda te dá para moda das prescrições?

Em declarações na sua página de Facebook, Manuel Macedo afirma em sua defesa que “o ladrão é o M. P. que deixou prescrever o processo e me meteu 6.7 milhões no bolso“. Trata-se de mais uma vítima da morosidade e inoperância da justiça portuguesa. Apesar de estar disposto a colaborar com Portugal – “Se mos tivesse exigido a tempo, eu tê-los-ia pago” – o senhor Macedo optou por deixar os seus (nossos?) euros no Luxemburgo. Mas este exemplar cidadão não se fica por aqui e ainda manifesta o seu “apoio” a um outro cidadão para que apresente queixa à PGR por este ultraje. Foram 12 anos à espera. É tempo de fazer justiça.

(…)

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Orgasmos

orgasm-bike

a alta velocidade é na bicla.