Não discordo de Marisa Matias, mas acrescento…

Marisa Matias esteve em Peniche, onde afirmou perante empresários ligados à modalidade, que o ensino de surf deveria fazer parte do currículo escolar. Faz sentido em Peniche ou Ericeira, mas seria completamente desajustado noutras regiões do país. A escola deveria servir populações, preparar alunos para o mercado de trabalho que vão encontrar, na sua zona geográfica, pois em primeiro lugar é aí que as pessoas se procuram fixar. Para que tal aconteça, a escola teria que ser descentralizada. Autarquias, pais, professores, seguramente conhecem melhor as necessidades num pequeno Concelho, que um burocrata sentado à secretária no ministério ou Direcção Regional. Desde a definição dos currículos à formação do próprio corpo docente. Tenho é sérias dúvidas que a coordenadora do Bloco possa ser tão radical no que diz respeito à reforma do eduques…

Comments

  1. Pedro Teixeira says:

    Pois, o ensino e a prática do surf não fazem sentido noutras regiões do país, não senhor, nomeadamente na serra do Caramulo. O António Almeida descobriu a pólvora.
    Mas alguém sugeriu isso? Não percebeu que o que a Marisa Matias propõs é, precisamente, um curriculum adaptado a uma necessidade específica de concelhos do litoral e que o surf pode de facto ser uma actividade económica rentável?
    Já agora, alguém que me explique de uma vez por todas, pode ser o António, o que raio é o “eduquês” de que toda a gente fala. Eu tenho um filho de 11 anos, que basicamente continua a aprender a ler e a contar como eu há 40 e tal anos. Pode o António ficar descansado que aquilo que os perigosos pedagogos andam a defender há dezenas (centenas…) de anos, que é um ensino criativo e ajustado às necessidades de cada criança, não passa aqui de uma perigosa utopia.