Esta invenção do VEM é escandalosa. Primeiro, Passos Coelho convidou (na verdade, obrigadou, face ao clima económico agravado pelo seu ir mais além do que a troika), dizia, “convidou” os portugueses a emigrarem e era se queriam ter emprego. Fizeram-no em 4 anos quase meio milhão de eleitores, perdão, portugueses. Ao saírem, contribuíram activamente para que as estatísticas de desemprego não fossem ainda piores e o governo, na malandrice, sempre fez as contas ao desemprego como se estas pessoas não existissem.
Até agora. Com a proximidade das eleições, o governo quer aliciar mais uns poucos e, simultaneamente, fazer passar a mensagem que estamos melhor, já que até tem condições para que voltem ao país. Propaganda, claro. Basta estar-se atento, por exemplo, ao que diz o INE.
Agora é esperar que a oposição faça o seu trabalho e desmonte a demagogia, já que, é sabido, os observadores-insurgente-blasfémos, só para citar os mais óbvios mas sem esquecer os opinadores da situação espalhados pela comunicação social, não se farão rogados ao seu habitual papel de caixa de ressonância. Por exemplo, é só adaptar um qualquer eco: “Com pequenas ajudas pecuniárias dadas a um grande número de pessoas, aqueles que necessitam mais, recebem menos, mas o PS[D] atinge o seu objectivo: comprar votos.”
No meio disto tudo, tem razão Cavaco Silva (alguma vez teria que ser). Cheira a eleições e o governo, esse mesmo que se estava nas tintas para elas, tresanda a eleitoralismo.
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Junte-se a mesquinhez à incoerência e temos esta conversa do tipo ‘à janela com a vizinha’.
A ministra das Finanças afirmava na semana passada que “Um jovem com licenciatura tem o mundo à sua disposição”
Um Lomba vem de seguida afirmar que ” Um jovem português licenciado espalhado pelo mundo tem (de volta) o país à sua disposição”.
Eu fico à espera que se organizem.
Bem pode esperar. Sentado.
Se a gente se lembrar da anedota do Organizem-se!, o melhor mesmo é a gente sentar-se.
Nem governo, nem oposição. O melhor que muitos portugueses fizeram mesmo, foi sair do país. O pior que poderiam fazer seria regressar.
O que devia fazer é analisar as propostas legislativas do governo. Ah, não passa de um processo de intenções onde ainda não há nada de concreto? Pois, tou chocado.