Comissão de Inquérito? Vou antes cortar o cabelo

JGui

Foto@Correio da Manhã

A amnésia tem sido uma das maleitas predominantes nas várias audições da Comissão de Inquérito ao caso BES. Aparentemente, ninguém se lembra de rigorosamente nada do que por lá se passou. Às vezes, fica mesmo a sensação que nenhum destes sujeitos lá trabalhava. Como diria Mariana Mortágua, tudo amadores.

Segundo a edição de hoje do Expresso, amnésia poderá também ter sido a justificação para que o empresário José Guilherme, o tal que deu uma prenda de 14 milhões de euros, em numerário, a Ricardo Salgado (outro com longo historial de problemas de memória), se tenha esquecido de passar pela Comissão de Inquérito ao caso BES, para a qual notificado, alegando motivos de saúde e o facto de estar em Luanda para não comparecer na comissão parlamentar. Contudo, e pela relação comercial de 40 anos que mantém com o barbeiro Aurélio Robalo, José Guilherme conseguiu contornar estas vicissitudes e dar um salto a Lisboa para aparar as pontas. Podia ter-se lembrado de passar na comissão mas é possível que estivesse com pressa. First things first.

Comments

  1. João Paz says:

    Como o presidente desta comissão de “inquérito” é uma pessoa com longa ligação ao BES (também deve ter amnésia para este facto) só pode incentivar as sucessivas e ARROGANTES “faltas de memória” dos gatunos que ,sabe-se bem porquê, ainda não estão sequer em pressão preventiva. É que se a amnésia não campeasse alguns deles poderia chamar INDIGENTE MORAL ao presidente da referida comissão de “inquérito” pelo simples facto de ter aceite a nomeação dos partidos do governo para esta presidência ou , nunca se sabe, até poderiam “lembrar-se” de outros factos ainda mais indecorosos relativos ao referido senhor.


  2. Primeiro, o imperio BES foi sempre financiado por dinheiro publico pago pelos contribuintes. Com as portas dos cofres abertos foi dar larga à imaginação e ambição para enriquecer uns poucos ao ponto de estes terem comprado quase todas as influencias governamentais. E assim se foi, com a conivencia de toda a gente dita importante e com o Banco de POrtugal como melhor amigo. Agora distraem a carneirada, como fazem os partidos PS e PSD a distribuirem garlhadetes e nos a assistir a isto tudo, como se novidade tratasse. Mais uma vez digo e escrevo, a TROIKA veio e mudou e reparou a canalização já calcionada e estragada e velha e o imperio BES Ruiu, Agora inventam-se historias da carochinha! Amanha quando todos se esquecerem explode outro escandalo pre-fabricado porque tudo isto é uma ilusão! Passos e Coelhos para a PAscoa na COsta


  3. Só não me parece que isto seja obra da Troika. Afinal de contas, eles andam por aí a intervencionar países vítimas de terrorismo financeiro para salvar bancos alemães e franceses da banca rota. Quanto ao financiamento do BES, já vem do tempo do fascista chefe, os reis da Comporta sempre foram muito hábeis na arte da compra do político molusco.

Trackbacks


  1. […] e continua a aguardar que o Novo Banco proceda à “regociação da mesma“. Falar sobre os 14 milhões que deu a Ricardo Salgado é que não lhe apetece muito. Ele está doente e só sai mesmo para cortar o cabelo. […]


  2. […] Empresário da construção civil, com certeza do lote daqueles que nunca corromperam um político – algo que como sabemos não existe – para conseguir aquele negocio ruinoso da praxe, trata-se do amigo de Ricardo Salgado que lhe ofertou uns míseros 14 milhões de euros, possivelmente imunes a impostos que os pobrezinhos da Comporta precisam de comer, a mesma pessoa que, quando convocado para prestar declarações na Comissão de Inquérito (CPI) ao …. […]


  3. […] que, como em tudo, existem as excepções. E a excepção de hoje chama-se José Guilherme, o empresário que ficou famoso pela prenda de 14 milhões de euros a Ricardo Salgado e por se ter es…. Segundo o jornal Expresso, a dívida de José Guilherme ao BES, que segundo o próprio ascende a […]