Segundo o presidente do Instituto Português do Sangue e da Transplantação (IPST), o sexo entre homossexuais implica um risco maior do que o sexo heterossexual em que uma das partes é portadora do vírus HIV, no que a elegibilidade para dar sangue diz respeito. Por esse motivo, homens que têm sexo com outros homens estão excluídos para sempre de participar em dádivas de sangue ao passo que qualquer pessoa que tenha sexo heterossexual com portadores do HIV fica apenas suspenso por um período de 6 meses.
Causa-me estranheza que o critério deste indivíduo assente numa espécie de inevitabilidade do sexo homossexual entre homens ser condição para a existência de DST’s. Que todos os homossexuais trocam de parceiro como quem troca de meias. Que ter comportamentos de risco é inerente à sua condição. E que o preconceito de Hélder Trindade seja tão fanático que lhe permita ignorar o incentivo à manipulação dos questionários de potenciais dadores que representa e que lhe permita vender aos portugueses que o sangue de um homossexual é mais perigoso do que o de um portador do HIV. Prémio Richard Cohen para Hélder Trindade já!
Tanto odeio a homofobia de uns, como a homofilia de outros que em tudo vêm discriminação e misturam deveres com direitos para criarem causas pró-LGBT.
Quer ser mais específico sobre que causa pró-LGBT foi aqui criada?
Quando a realidade dos dados nega a narrativas nada como ignorar ou desvalorizar os factos.São discussoes sobre coisa nenhuma.
São discussões sobre gente com preconceitos perigoso a gerir institutos públicos.
É dito no meu comentário que o post cria uma causa?
Eu só vejo uma declaração sobre a minha postura perante dois comportamentos em concreto.
É sim senhor.
Ainda bem que o IPST se baseia em dados estatísticos…
Porque a basear-se em preconceitos ou “despreconceitos” morais eu teria ainda mais medo de ser transfundido.
Gostaria ainda de referir que a existência de tatuagens também é importante.
Evitem falar do que não sabem para não desinformarem a população. Já não falta quem o faça.
Dados estatísticos? Exactamente como se chega a esses dados, nomeadamente no que diz respeito ao número de parceiros de homossexuais e ao porquê de serem todos potenciais portadores de DST’s? Homofobia e dados estatísticos não são a mesma coisa, penso que possa estar confundido.
Não interessa para nada o numero de parceiros que cada um tem.
Interessa apenas que a prevalência de DST entre indivíduos homossexuais é muito superior do que entre indivíduos heterossexuais. Ainda não encontrei um único estudo em que se demonstrasse sequer igualdade, o que seria suficiente. A matemática é evidentemente assexuada e amoral.
Mas se formos ver dados relativamente a comportamentos de violência, promiscuidade, cirurgias desnecessária e inseguras, consumo de drogas e por ai fora ficaremos mesmo mais certos do papel acertado do IPST. Parece-me no entanto que não é este o assunto inicial.
Gostaria ainda de acrescentar que pelos comentários que por aqui vão os intervenientes sabem muito pouco acerca das DST’s, o que me leva a duvidar que saiba o que são e quais são.
Uma DST – doença sexualmente transmissível – só se propaga, lá está, se houver sexo. E quantos mais parceiros tiver uma pessoa, maior o risco de as contrair. Penso não haver aqui qualquer tipo de ciência, é como 2 + 2 serem 4. Logo tendo poucos parceiros, ou imaginemos apenas um, como é que a prevalência pode ser maior? Podemos julgar os homossexuais como um grupo? Quantos heterossexuais mudam constantemente de parceiro sexual? Isso não aumenta o tal risco de prevalência? Lá está: preconceito. Simples e básico.