Boicotar Qatar

A “festa do futebol” que nos querem servir no Qatar está banhada a sangue.

Sangue ucraniano nas mãos do banca ocidental (e de uns quantos “liberais”) – O Equilíbrio do Terror #9

Durante décadas, a banca europeia e americana financiou e guardou os milhões dos oligarcas de Putin, sabendo, perfeitamente, que esse dinheiro havia sido extorquido ao povo russo. Não quis saber, nunca quer, de liberdades, garantias, direitos humanos ou democracia. Queria ganhar dinheiro. Muito dinheiro. Sem olhar a meios. O sangue nunca a incomodou.

Fê-lo conscientemente, conhecendo a natureza autoritária do regime, e apesar das prisões arbitrárias, da violência contra minorias, da perseguição da comunidade LGBT, dos envenenamentos de opositores em solo europeu, da ocupação da Ossétia, da Abecásia e da Crimeia. Foi colaboracionista. Traiu o ideal liberal das democracias ocidentais.

Onde estavam estes revolucionários instantâneos, que agora até em manifestações aparecem? Os tais que não admitem que se mencionem os antecedentes desta guerra, mas que estão, desde o seu início, a usá-la única e exclusivamente para alavancar os seus partidos e interesses? Uma boa parte estava a ganhar dinheiro com estes e outros ditadores. Continua a fazê-lo. Seja em Moscovo, Pequim, Riade ou Caracas. Não são apenas hipócritas. São cúmplices destes assassinos. E, como a banca, têm sangue ucraniano nas mãos.

Também tu, bruta?

Diz a regra que só há notícia quando o homem morde o cão. Assim, é natural que uma mulher ciumenta que esfaqueou o marido 22 vezes tenha sido notícia em Inglaterra. Por incrível que pareça, o marido sobreviveu, o que é tão insólito que tem também de ser notícia.

Em Inglaterra, a comunicação social pôs a ênfase no número de facadas. Por cá, o Correio da Manhã realçou o facto de o marido ter perdoado a mulher, que é, na verdade, outra faceta inaudita, mas talvez o limite do homem fosse a vigésima segunda facada. A vigésima terceira seria falta de respeito. Talvez a esposa enraivecida tenha parado, ao ouvir o homem ensanguentado e indignado: “Se voltas a esfaquear-me, está tudo acabado entre nós!”

Outra possível explicação para o número de facadas pode estar, ainda, na idade do filho. O rapaz tem 22 anos. Coincidência? Não me parece. O mesmo rapaz escondeu as armas do crime e chamou a ambulância, dizendo, de acordo com a notícia, que “o pai estava deitado no chão com ferimentos na cabeça e um furo nas costas.” Enquanto esperava, ficou a jogar futebol no jardim. Por um lado, parece ser um rapaz com grande poder de observação; por outro, não gosta de desperdiçar tempo.

Joanne declarou que não queria matar o marido, apenas magoá-lo. Tendo em conta o resultado obtido, só podemos reconhecer a competência da senhora. Para já, irá passar seis anos na prisão e, quando sair, terá o marido amantíssimo à espera, numa casa em que não haverá um único canivete. Manda-se vir tudo o que tiver de ser cortado e serão felizes para sempre. [Read more…]

Incêndios: António Costa tem as mãos sujas de sangue


António Costa que nos poupe as lágrimas de crocodilo.
Nesta tragédia dos incêndios, em que todo um país deixa andar durante décadas, ele é o principal responsável. Porque é o primeiro-ministro. Mas não só.
Foi ele, enquanto Ministro da Administração Interna, que extinguiu a carreira de guardas florestais – a mesma carreira que, já como primeiro-ministro, se recusou a reactivar. Foi ele, naquele mesmo ano, que recusou a implementação de um ambicioso Plano de Protecção da Floresta que apostava sobretudo na prevenção dos incêndios – a tal prevenção que 10 anos depois lhe enche a boca diariamente. Agora é que vai ser.
Já como primeiro-ministro, escolheu para a Administração Interna uma ministra sem qualquer peso (de falta de peso, valha a verdade, não podem acusar o futuro titular da pasta) e cuja imagem de marca, comentava-se nos circuitos socialistas antes ainda da tomada de posse, era a incompetência.
Escolheu-a e manteve-a, mesmo que após Pedrógão não tivesse quaisquer condições políticas para continuar. Graças à sua cobertura, os meios de combate aos incêndios foram reduzidos de forma drástica quando vinham aí condições meteorológicas extraordinárias. O sangue de mais de 100 portugueses está nas suas mãos e nenhuma das suas lágrimas o conseguirá limpar.
Relativamente à Esquerda, sempre tão gulosa a aproveitar as crises, [Read more…]

Sangue – Por Clara Ferreira Alves, Expresso

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Existem artigos que deviam estar públicos nos respectivos sites dos jornais. Para que possam ser partilhados por todos e para todos até à exaustão. Porque são de leitura obrigatória. Como este não está, tive de andar a fazer “truques” meios foleiros para o conseguir partilhar aqui no blogue e dessa forma os leitores deste nosso e vosso espaço terem a possibilidade de o lerem. Aqui fica:

A homofobia saloia no IPST

IPST

Segundo o presidente do Instituto Português do Sangue e da Transplantação (IPST), o sexo entre homossexuais implica um risco maior do que o sexo heterossexual em que uma das partes é portadora do vírus HIV, no que a elegibilidade para dar sangue diz respeito. Por esse motivo, homens que têm sexo com outros homens estão excluídos para sempre de participar em dádivas de sangue ao passo que qualquer pessoa que tenha sexo heterossexual com portadores do HIV fica apenas suspenso por um período de 6 meses.

Causa-me estranheza que o critério deste indivíduo assente numa espécie de inevitabilidade do sexo homossexual entre homens ser condição para a existência de DST’s. Que todos os homossexuais trocam de parceiro como quem troca de meias. Que ter comportamentos de risco é inerente à sua condição. E que o preconceito de Hélder Trindade seja tão fanático que lhe permita ignorar o incentivo à manipulação dos questionários de potenciais dadores que representa e que lhe permita vender aos portugueses que o sangue de um homossexual é mais perigoso do que o de um portador do HIV. Prémio Richard Cohen para Hélder Trindade já!

Uma questão de substância

O primeiro-ministro sublinhou ainda que não se deve “exigir do Estado tudo”, defendendo o empenho de todos os outros agentes para o país “vencer” e pedindo aos portugueses que não se importem “de dar o litro”.

Ó Senhor Primeiro-Ministro, eu não me importo de dar o litro.

Só não quero é que continue a ser de sangue e para alimentar os vampiros do costume.

Está a perceber a ideia?

Dar sangue não é um negócio

Dar sangue é um acto fantástico – um daqueles em que o dador recebe muito mais do que aquilo que dá.sangue

Resolvemos, por cá, organizar uma dádiva benévola de sangue e temos duas intenções claras, que justificam esta excepção de trazer para o Aventar coisas pessoais:

– recolher sangue e com isso contribuir, nem que seja com uma gota, para as necessidades hospitalares permanentes.

– formar futuros dadores, contribuindo para a dimensão cívica das crianças e jovens.

Mas, há um motivo maior: [Read more…]

Razões para acreditar

Porque o que não nos mata, …

Zulmiro

 (Manel Cruz)

Diziam que ele tinha o diabo no corpo mas não tinha. Pelo menos assim o afirmava a sua prima, sabida que era em coisas de mau-olhado e almas penadas. O diabo no corpo era outra coisa. O que ele tinha era uma comichão dos diabos que o atormentava dia e noite, obrigando-o a coçar-se até se arranhar e fazer sangue.

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Mas a Senhora quem é?

adão cruz

Passei frente à loja onde se deu o crime e lembrei-me…

Mataram o meu filho, Sr. dr., e ele está aí.

Isto dizia a voz rouca do outro lado da linha.

Pousei o telefone e desci imediatamente à urgência que ficava no rés-do-chão. A primeira maca que vi no corredor tinha um corpo coberto com um lençol. Levantei a ponta do lençol e vi logo que era ele, o filho do Sr. José. Tinha um botão de sangue coalhado acima da clavícula, na parte esquerda da base do pescoço. [Read more…]

Aquela janela

adão cruz

Abri a janela de par em par e o sol encheu a sala. Respirei fundo e o ar fresco daquela manhã inundou os pulmões. O sangue como que adormeceu na quietude do pensamento. O magnífico impressionismo de Monet desdobrado pelas amplas salas do Grand Palais deixara-me a alma cheia.

Sentei-me numa cadeira com os braços apoiados no parapeito da janela, a olhar o mundo e os tectos cinzentos da grande cidade que se estendiam para lá do fundo da rua. Devo ter semi-cerrado os olhos pois não dei pela veloz queda do seu corpo frente à minha janela, apenas o estrondo no solo me fez levantar.

Ela vivia no andar de cima, na Rue Mouffetard, e a sua janela era mesmo por cima da minha. Há uma semana atrás, quando tomávamos um esporádico café, segredara-me que a vida já nada lhe dizia.  Falámos de homossexualidade e homofobia, tema que não me interessava particularmente.  A ela parecia dizer-lhe muito, pois ia aos arames com a cara e o ar das pessoas do bar em frente á nossa porta, quando a viam com a mulher com quem vivia. E logo em Paris, ainda se fosse na sua aldeia transmontana! [Read more…]

Hoje salvei o mundo

Imagine que algures no mundo há alguém a quem você pode salvar a vida. Não com acrobacias intrépidas de super-herói, sem necessitar de se equilibrar no parapeito de um arranha-céus, ou saltar para um mar infestado de tubarões, ou desactivar, no último instante, um engenho explosivo.

Imagine que a única coisa que teria a fazer seria sentar-se num cadeirão almofadado, desses onde se pode adormecer com um livro em cima do peito, e estender o braço. Mais nada.

E que, com um pouco de sorte, num desses acasos que a cega lei das probabilidades determina, ser contemplado com a feliz notícia de que você, sim!, você, cidadão anónimo, igual a tantos outros, boa pessoa, talvez um pouco teimoso, que é dos poucos defeitos que não nos importamos de admitir porque achamos que revela força de carácter, você vai salvar uma vida. [Read more…]

Aqui jaz um homem mau

Aqui jaz um homem mau, há perto de cem anos parido de um resquício de mãe.

O homem mau morreu.

Não berrou nem tossiu, e cinquenta anos depois mijou e respirou.

Vomitou a mãe dez meses de gravidez de toda a gente indecente.

As pontas do corpo mirraram na avalanche de tripas inchadas.

O homem mau morreu.

Fez do ferrado retenção, dizem, para ter o gosto de borrifar as ventas do irmão.

Os olhos escorreram pus que os gatos lamberam e as moscas sugaram quando nasceu.

O homem mau morreu.

Expulso às avessas, o feto imundo deste caixão de há cem anos saiu enforcado no cordão, borrado e roxo, roxo e borrado até mais não.

O homem mau morreu.

O sangue da mãe correu, correu e o leite secou.

Aqui jaz um homem mau, alguém o conheceu?

Dizem vozes, reza a lenda, que a cor que o desfeou e a morte que o matou foi a ideia de ser quem era, e não o que os outros queriam.

Células estaminais – Nem tudo está perdido

O Banco Público de Células Estaminais é uma prova de que ainda há razões para ter esperança nas pessoas. Em apenas um ano conseguiu 1 400 doações, objectivo inicial para dois anos. A partir do próximo verão já pode começar a salvar vidas.

Como se sabe, este tipo de células têm a capacidade espantosa de se puderem transformar num qualquer tecido do corpo humano, o que abre caminho para o tratamento de várias doenças, incluindo alguns tipos de cancro.

Os responsáveis esperam chegar às 3 000 dávidas no próximo ano e o centro vai fazer parte de uma rede mundial deste tipo de criopreservação de células estaminais.

Duarte Lima, um sobrevivente do cancro, leucemia, e que se salvou porque um dos seus irmãos é compatível, é um dos entusiastas da ideia, e veio ontem dizer-nos que esta rede mundial potencia a procura e as possibilidades de se encontrarem pessoas compatíveis.

A investigação deste tipo de células foi uma área muito prejudicada pelos conservadores americanos, tendo Busch como Presidente, que a proibiu .

O que talvez não saibam é que Portugal, com o Hospital Egas Moniz, é uma referência mundial nesta investigação, numa área extremamente delicada, a recuperação da medula em pessoas paraplégicas. Há já vários anos que se fazem operações naquele hospital em doentes nacionais e de todo o mundo que ali procuram alívio para os seus males.

Retiram-se células estaminais do nariz (há outras partes do corpo onde existem), são multiplicadas em laboratório e a seguir transplantadas para a medula do doente, que se autoregenera.(auto-transplante)

Um longo e extraordinário caminho está aberto para a ciência, na sua luta incessante contra a doença!

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