A inutilidade de votar nos mesmos, por Paulo Portas

Encontrei esta pérola no Manifesto74 e confesso que já não me sentia tão arrebatado com um desses raros mas deliciosos momentos de clarividência do irrevogável desde os tempos em que Portas dissertava sobre a mediocridade que imperava nos quadros dos “partidos burgueses”, atulhados de gente inútil que não tinha nada que fazer da vida. Desta feita temos Paulo Portas a explicar porque devemos boicotar a coligação PSD/CDS-PP nas Legislativas de Outubro: porque votar nos mesmos é continuar a ter mais do mesmo. Ainda por cima nem aos debates televisivos o deixam ir. Que maçada de eleições que por aí vêm! Valha-nos a silly season e os cartazes do PS para desanuviar.

Comments

  1. Dezperado says:

    Este “jovem” ja devia estar a fazer companhia ao recluso 44 faz tempo.

  2. Konigvs says:

    Curiosamente por estes dias fui reler o “Manifesto Anti-Portas em Português Suave” de Carlos Candal. Verdadeiro achado:

    “Políticamente, o Portas é um ‘bluff’ – produto acabado de certos meios intelectualóides da Capital, que funcionam em circuito fechado: por convites mútuos, elogios recíprocos e esquemas de sobrevivência imediata. Entre muitos outros, fazem parte de tal ‘entourage’ o avinagrado Vasco Pulido Valente (‘avinagrado’ de vinagre – entenda-se) e sua piedosa esposa, D. Constança Cunha e Sá – ambos comungando os chorudos ordenados que “O Independente” (assim chamado) do Dr. Portas lhes paga, pelas crónicas de mal-dizer que semanalmente ali escrevinham, no cómodo formato A4.

    O Portas é elitista. Mas simula demagogicamente interessar-se pelos problemas daqueles a quem, no seu milieu, é uso chamar ‘as classes baixas’ – como aconteceu recentemente na Bairrada, quando fingiu participar na vindima que gente simples e autêntica da terra levava a cabo (por castigo andando agora, há já várias noites, a pôr ‘creme nívea’ na sua mãozinha mimosa, nunca antes maltratada por qualquer alfaia
    agrícola).

    O Portas é dissimulado: esconde da opinião pública parte da sua verdadeira identidade. Concretamente, oculta que é monárquico – opção que, sendo embora legítima, tinha
    obrigação de revelar àqueles a quem pede o voto para deputado da República ! É a tal ‘falta de transparência política’ que critica – nos outros, claro…

    Particularmente difícil é porém ‘fazer carreira política’ em Portugal – sobretudo quando não se dispõe do apoio de qualquer dos ‘lobbies’ que condicionam quase toda a nossa actual vida pública. Estou a referir-me à ‘solidariedade corporativa’ na promoção individual de que beneficiam os
    membros da Maçonaria, os confrades da Opus Dei, os agentes dos grupos económicos e – mais recentemente – os parceiros da comunidade ‘gay’. Trata-se de organizações ou agregados que mantêm intervenção (directa ou indirecta)
    praticamente em todas as estruturas da nossa vida colectiva – também nos partidos políticos e na comunicação social.”

  3. Joao Jose Tavares Capelo says:

    Este paulinho não tem vergonha na cara, a mãe desde sentir se envergonhada, deste político sem nível, muito oportunista,mas submarinos não estão esquecidos.onde está o dinheiro?

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