Postcards from Scotland #6 (Aberdeen)

The grey city between Don and Dee*

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Aberdeen não é uma cidade particularmente bonita. É a capital europeia do petróleo. Tem um porto muito grande e cheio de atividade e as gaivotas parecem gatos. As gaivotas têm acompanhado a minha viagem desde Liverpool, com os seus lamentos. Em Glasgow havia menos no centro da cidade, mas aqui, parecem, como disse, gatos. Estão por toda a parte, pousam no meio das ruas indiferentes aos carros, em cima dos caixotes de lixo e das paragens de autocarro. Há bocado enquanto esperava pelo autocarro, com o Renato, para regressarmos dos centro aos nossos hoteis, havia tantas gaivotas a voar tão baixo que parecia que estávamos no filme ‘Birds’, do Hitchcock. Antes de vir para o Reino Unido passou-me pelos olhos uma notícia sobre o País de Gales que falava, justamente, de gaivotas. De gaivotas que mordiam as pessoas e os cães. Um pouco assustador, portanto, estar ao princípio da noite na Union Street com tantas gaivotas a voar tão baixo. E a ouvir os seus lamentos.

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Aventar – uma nova viagem na blogosfera

Começo, em primeiro lugar, por cumprimentar tod@s os companheir@s e leitor@s do AVENTAR.

A partir de hoje início uma nova viagem na blogosfera. Despois de uma anterior experiência, agora regresso para escrever no AVENTAR um dos espaços de opinião de referência no universo dos mais importantes blogues portugueses.

É, pois, uma honra escrever  sobre o nosso País e o Mundo para um universo maior de leitores e ao lado dos mais importantes bloggers portugueses.

Entendo que escrever, partilhar e debater livremente com os nossos concidadãos é uma das mais importantes formas de cidadania. É, por isso, que aqui estou na busca constante de um Portugal e de um Mundo melhor, muito melhor.

Fogo amigo

“Portugal e Irlanda apoiaram muito a Alemanha nas negociações com a Grécia”, declarou Merkel. Há elogios que são verdadeiras bofetadas.

Cartazes do PSD explicados por Ricardo Araújo Pereira

Entretanto, soube-se também que as pessoas que aparecem, sorridentes, nos cartazes da coligação, são figurantes estrangeiros. Ao contrário do que alguns pretendem, nada há de desonesto nessa circunstância, antes pelo contrário: é sabido que a governação do PSD e do CDS agradou muito mais a estrangeiros do que a portugueses. É natural que sejam eles a manifestar satisfação pelo trabalho do governo. [Ricardo Araújo Pereira@Visão]

Peste grisalha

O governo que grafou e agitou o pornográfico conceito de “peste grisalha”, vem agora prometer legislação para proteger os idosos – que sobreviveram a esta política – das garras da sua alegadamente ameaçadora família. Eleição a quanto obrigas…

Nemo me impune lacessit

Nemo me impune lacessit
Sou um homem de paz. Por isso, sinto-me inquieto. É que ao ouvir o último discurso de Passos Coelho deu-me, subitamente, uma irresistível vontade de o convidar para provar um copo do barril de Amontillado que guardo nas profundezas de uma cave. E declarar-lhe – vocês sabem…- “Nemo me impune lacessit”!

Do jornalismo

É a notícia do dia [13] nos telejornais: uma qualquer entidade fez um ranking de beleza dos muitos governantes deste mundo e o Passos ficou no top 10. Não sei o que isso diz da beleza do 1º ministro, mas sei o que diz da merda de jornalismo que temos.

República dos tremoços

As surpreendentes barracas das campanhas político-publicitárias dos partidos do obscenamente chamado “arco da governação” mostram que, por eles, Portugal já nem se candidata à condição de república das bananas. Talvez, quando muito, dos amendoins. Ou dos tremoços. Tenho vergonha e não é nada comigo.

Remendos públicos de combate ao desemprego

Desemprego Subsídio

Não deixa por isso de ser curioso, e até revoltante, que os partidos da esquerda venham agora em uníssono criticar a criação de emprego através de estágios, empregos subsidiados ou a aposta em formação de desempregados, só porque são uma importante componente da baixa do número de desempregados. [Duarte Marques@Expresso]

Não Duarte: revoltante é o governo anunciar o milagre do emprego quando este assenta essencialmente em estágios, empregos subsidiados ou formação de desempregados cuja variável comum é a precariedade. Revoltante é saber que estas políticas não passam de remendos que não garantem colocação no mercado de trabalho. Revoltante é ver um governo apostado em privatizar o país, em avançar com mais despedimentos na função pública e diminuir o papel do Estado na economia para depois implementar programas através dos quais financia até 80% dos salários dos desempregados contratados pelas PME’s. Revoltante é o calculismo de programas como o Reactivar, baseados em remunerações baixas e com a duração de apenas 6 meses, cujo término coincide com as Legislativas em Outubro. Revoltante é a constante manipulação dos números do desemprego com fins meramente eleitoralistas. Não confunda remendos com políticas públicas de combate ao desemprego senhor deputado. Não sei o que lhe ensinaram em Castelo de Vide mas não são a mesma coisa.

Tempos modernos

(c) Steve Cutts

Quer um curso com emprego garantido?

Basta conseguir uma das 200 vagas do CEAGP, pagar 5 mil euros em propinas e terminar o curso com média igual ou superior a 12. Em alternativa filie-se na JS, JSD ou JP da sua freguesia. Tem mais vagas e tende a ser ainda mais fácil.

Fact check

(clicar para ampliar)

A malta que apoia o governo fez um boneco com o que eles gostavam que pensássemos do programa do PDS/CDS. Só se esqueceram de ter em conta a realidade.

Adenda: diagrama original

Postcards from Scotland #5 (Aberdeen)

We, the great people of the South…

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Este postal vai escrito sem muito cuidado. Estou cansada. Passei o dia praticamente todo fechada em salas a ouvir os colegas, moderei uma sessão, falei com muitas pessoas em várias línguas, sobretudo em inglês, é certo, mas com pessoas com sotaques muito diferentes. E amanhã tenho de acordar cedíssimo para mais um dia (uma parte dele, pelo menos) fechada em salas a ouvir pessoas falar em inglês com diferentes sotaques. Não é que não goste, que gosto, acho que se percebe que uma das coisas que mais me dá prazer na vida é o meu trabalho, mas, reparem, um congresso no meio das férias, mesmo que reencontremos amigos, não é exatamente a melhor das ideias. E depois os congressos são sempre muito cansativos, a começar pelos horários estapafúrdios, e a acabar na sobrecarga de sessões e na quantidade de gente com quem se fala. Claro que há a outra parte, a mais agradável de todas, jantar com os amigos que vemos apenas de vez em quando, beber umas cervejas com eles, falar de política, dizer piadas, rir.

O dia começou relativamente cedo e chovia quando acordei. A custo levantei-me da cama antes das oito e meia. Ontem fiquei até bastante tarde a ler mais do fabuloso ‘The First Bad Man’, da Miranda July. Já vos contei como estou fascinada com a escrita dela e completamente rendida à história que nos conta neste romance. Quando acordei chovia, como já disse. Era suposto que eu visse o mar da janela do meu quarto, mas quando abro as cortinas só vejo água e névoa. O tempo escocês, ao que dizem. Suponho que até agora tive sorte na minha viagem. Só ontem e hoje de manhã choveu verdadeiramente. Mas hoje, depois de almoço, o sol brilhava outra vez e estava até ligeiramente quente. Para a Escócia, quero dizer.

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