Largos passeios, sem pressão automóvel, bons transportes públicos, bicicletas.
República da Guiné-Bissau, 13 de Agosto
À 23ª hora do dia 12 de Agosto de 2015, o PR guineense José Mário Vaz (JOMAV), exonerou o Executivo do Engº Domingos Simões Pereira (DSP), tendo finalmente materializado alguma das suspeitas, quando tanto se especulou sobre corrupção, peculato, gestão de recursos, etc. JOMAV pergunta ao Executivo demitido, onde se encontram, onde foram aplicados, se é que foram aplicados, os 53 mil milhões de Francos CFA, cerca de 50 milhões de euros, doados à RGB, desde que DSP tomou posse, a 04 de Junho de 2014! [Read more…]
Os cartazes ilegais da coligação PSD/CDS-PP
Muita tinta correu sobre o caso dos cartazes e o último episódio chegou-nos ontem à noite com uma história insólita relatada por vários jornais portugueses (aqui ficam as versões do I, Expresso e JN) que revelam ilegalidades na campanha da coligação Portugal à Frente. Como se a aldrabice não tivesse sido já suficiente. Resumidamente, a empresa a quem a coligação comprou as fotografias para os cartazes, que estão nas ruas desde o início de Agosto, afirmou que a utilização das suas imagens para fins políticos é “estritamente proibida“, assegurando “não ter excepções“. A informação sobre as licenças da Shuttershock pode ser consultada aqui, no site da própria Shuttershock.
Apesar destas declarações do fornecedor do PàF, na passada Quarta-feira algo mudou e a empresa emitiu uma licença especial, que não só permite a utilização dos seus produtos para fins da campanha política como aparenta ser a primeira licença a ser emitida para o efeito. Quer isto dizer, mesmo que a licença que surgiu agora como que por magia já existisse escondida em algum recanto da Shuttershock, que durante vários dias, os cartazes da coligação estiveram pura e simplesmente ilegais uma vez que a licença não existia. Ilegalidades em campanha com os partidos que integram o PàF? Onde é que eu já vi isto? Ah, já sei: no caso Webrand. Alguém viu por aí o juiz Carlos Alexandre?
Paulo Portas, o desempregado
Ao contrário dos cartazes do PS que apresentam dramas da vida real que nada têm que ver com as caras que neles surgem, este cartaz é todo ele um retrato fiel da história do irrevogável. Esteve duas horas (mais coisa menos coisa) desempregado – opção sua, não da entidade patronal – mas foi rapidamente readmitido com direito a uma simpática promoção e todos os benefícios à prova de austeridade que vêm com estas coisas. Pelo caminho fez disparar os juros da dívida pública, causando prejuízos avultados ao Estados, sem que isso preocupasse muito os seus colegas moralistas e respectivas claques, e sem nunca ter tido a humildade de pedir desculpa aos portugueses. Está na hora de o mandarmos de volta para o desemprego. O CDS-PP que o sustente.
Postcards from Liverpool #2
In My Life*
Há lugares de que me lembro, é assim que começa ‘In My Life’ dos Beatles. Liverpool será provavelmente por mim lembrado como uma cidade silenciosa. Falo do centro da cidade, evidentemente, que para mim, hoje, vai do Knowledge Quarter até aos Pier Head e Albert Dock, passando pelo Hope Street Quarter, pelo Ropewalks Quarter e, claro, pelos Stanley Street e Cavern Quarter. Talvez tivesse uma ideia diversa de Liverpool, mas, na verdade, eu sabia pouco sobre esta cidade. Não é que agora saiba mais, mas sei do seu silêncio e da sua calma. Talvez os habitantes de Liverpool estejam de férias em Portugal ou noutro país do sul da Europa. Ontem, um dos rapazes da recepção disse-me, diante da minha queixa sobre os preços dos bilhetes de comboios (e sobre a necessidade de ele me imprimir as referências dos que, depois, comprei, pela internet), que aqui é tudo caro e que é exatamente por isso que os britânicos vão de férias para Espanha e Portugal. Em qualquer caso, sei que ele foi hoje de férias. Para a Flórida.
Não acordei muito cedo, mas não me importei logo. Mais tarde haverei de me importar, quando descobrir que tudo termina cedo. Os museus, as viagens de autocarro turístico, a comida e o café. Mas agora acordei e ainda não estou preocupada com isso. Tomo um pequeno almoço extraordinariamente calórico (bacon, ovos, dispensei os feijões guisados mesmo se já eram 11h30, sumo de laranja e um café horrível). Deixo a Cheapside e viro à esquerda para a Dale Street que se junta mais adiante à Water Street. Faz sentido que assim seja, já que esta é a principal rua que desagua no porto. Os edíficos da Dale e da Water são belíssimos, principalmente os desta última e sobretudo quando nos aproximamos do rio Mersey, já muito largo, quase a desaguar no mar da Irlanda. Tal como eu, acabada de sair da Water Street, desaguo no porto. À minha esquerda as Três Graças, como aqui lhe chamam. Três edifícios – do Royal Liver, do Cunard e do Porto de Liverpool – imponentes. O primeiro deles tem dois relógios enormes, hei-de saber mais tarde que maiores que os do Big Ben, e dois pássaros igualmente enormes de pedra em cada torre. Hei-de também saber mais tarde que reza a lenda que se estes pássaros voarem ou cairem, Liverpool cairá também. Espero que nunca voem, estes grandes pássaros de pedra.
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Tão conveniente
“A representação permanente do FMI em Portugal fechará no último dia de Setembro, a quatro dias das eleições legislativas.” [Jornal de Negócios]
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