Uma boa notícia contra a devassa da vida privada

Spy-Phone-Tracking

TC chumba possibilidade de secretas acederem a metadados das comunicações.

7 votos contra e 1 a favor não deixam dúvidas quanto ao teor da ilegalidade. Era um vergonhoso diploma que contou com a aprovação do bloco central (PSD, CDS e PS).

O novo regime aprovado há cerca de um mês alargava o poder dos diferentes serviços de informações, através do acesso aos chamados metadados, nomeadamente, informação bancária, fiscal, tráfego e localização de mensagens e chamadas. O acesso previsto na alteração focava-se em situações de suspeita de actos terroristas e criminalidade organizada transnacional.

As intenções são sempre boas. Delas está cheio o inferno.

O PS havia aceite votar a favor da proposta do Governo depois da maioria ter limitado o acesso das secretas aos metadados a situações suspeitas de terrorismo, tráficos transnacionais e de ameaça à segurança do Estado.

Ou seja, os supostos liberais queriam que o estado tivesse ainda mais poder. Ai Frei Tomás, Frei Tomás, tantos seguidores reuniste. Se tivesses Facebook na altura, eras um sucesso de partilhas.

Um dia igual a tantos outros

Nelson Évora ganha uma medalha

e há fatos no sítio do costume.

dre2782015

Como os trolls da coligação distorcem a realidade

Costa debate troll

Os trolls evoluíram e a vida de troll já não é o que em tempos foi. Nos dias que correm, a trollice surge incorporada nas estratégias eleitorais dos partidos sendo que, por cá, o insuspeito PSD é pioneiro na arte de distorcer e perverter a discussão dos temas essenciais com requintes de terrorismo virtual. Algo que de resto ficou provado durante as guerras online que marcaram as Internas de 2010 e as Legislativas de 2011, que incluíram a criação em massa perfis anónimos e incendiários nas redes sociais ou a manipulação do fórum da TSF, tácticas que surgem hoje renovadas e com um impacto incomensuravelmente maior. [Read more…]

Estupidificação social-democrata

MAC

Costuma dizer-se que a estupidez tem limites, mas a sabedoria popular, tal como a honestidade e a ética, parece ter perdido o seu espaço na actual cadeia de comando do PSD.

Marco António Costa, destacado líder do PSD, homem forte de Pedro Passos Coelho, suposto líder de uma rede tentacular de tráfico de influências e péssimo gestor publico que contribuiu de forma decisiva para o afundamento das contas da autarquia de Gaia, uma das mais endividadas do país, foi à Universidade de Verão falar com os seus jotas. Terá sido workshop sobre alpinismo político? Não sabemos nem interessa muito para o caso.
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Privatizações: a perspectiva de Mariana Mortágua

Paulo Pereira

“O Poder de fazer um apagão no País é a Razão porque a EDP nunca pode ser privada”

O Tribunal de Contas arrasa o processo de privatização da EDP e da REN. Os juízes sublinham que os elevados dividendos anuais das empresas podiam render, no longo prazo, mais dinheiro ao Estado do que a operação de venda. Apontam ainda um conflito de interesses, com consultores a trabalharem para ambos os lados.

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PPP fiscais

As PPP são uma forma de fazer obra, colhendo os dividendos eleitorais, mas deixando a factura para outros pagarem. Já aquilo a que a malta da coligação chama de PPP sociais é um spin para dar a ideia de que se está a fazer algo que tem antecedentes, quando na verdade é “apenas” a privatização da Segurança Social, algo novel, portanto.

Mas este governo está a fazer uma coisa tipo PPP e que, de facto, é uma reedição do passado. Falo deste suposto reembolso fiscal, a realizar no ano que vem, caso este ano corra bem. Tirando o facto de não termos tido um único governo que não tenha recorrido a orçamentos rectificativos e, portanto, as “coisas” nunca correram bem, estamos perante uma situação em que um governo faz usufruto de dinheiro no presente,  deixando a responsabilidade de pagar para quem vier a seguir (se etc. e tal).

Tal e qual as PPP. Basta, aliás, ver toda a propaganda feita à volta desta suposta futura devolução (que promessa mais frouxa!) para se comprovar que há dividendos eleitorais em causa. Mas há outros, nomeadamente os de tapar buracos nas contas, graças ao excesso de impostos, camuflando os problemas.

Um governo que estivesse de facto preocupado com a economia e confiante no sucesso das suas políticas teria de imediato baixado os impostos, capitalizando um verdadeiro ganho eleitoral. Não o fazendo, temos que concluir que não está preocupado com a economia ou, alternativamente, não tem confiança nos seus resultados. E, não o fazendo, está, como referido acima, a aplicar o princípio das PPP: quem vier a seguir que se amanhe.

Agora, gente da oposição, é só pegar nestes parágrafos escritos em cima do joelho e construir um discurso. Não têm de quê.