Poderia ser falso…

crise

… mas é verdade. Não é uma qualquer brincadeira que se inventa para um gerador de cartazes. O texto é mesmo notícia.

Depois de muito cair, [o] peso dos rendimentos do trabalho no bolo familiar estabilizou em 62,5% do total, com o ajustamento. Mas rendas do capital estão no segundo maior nível de sempre: 36,4%

Crise tirou 7,6 mil milhões a salários e deu 2,5 mil milhões ao capital

No Dinheiro Vivo

 

Carta do Canadá: A padeira de cracóvia

Dificilmente se perde o vício  da bica ao fim da manhã depois de uma vida inteira a alimentá-lo lá onde a pátria é de sol, sul e sal.  Só por castigo se renuncia. Ou eu assim o entendi quando cheguei ao Canadá e verifiquei que o expresso só se vendia nos cafés  italianos e vinha a ser uma mísera gota no fundo de uma chávena minúscula, e passa para cá 2 dólares, che porca miseria, che maffiosi. Suspendi, por decência. E fiquei sem alternativa porque, nesse tempo,  ainda não havia cafés portugueses, a doçaria portuguesa era vendida pelas padarias que a serviam com uma água de cozer castanhas a que tinham, e têm, o topete de chamar café regular ou canadiano. Beberagem que os canadianos engolem aos litros durante o dia, sem açúcar, de caneca na mão – como nos filmes. Mais tarde abriu o primeiro café a sério e então havia bica à maneira, abatanado e tudo quando é devido a uma alma portuguesa. Actualmente, há muitos cafés e esplanadas que enchem de cor e alegria a cidade que alberga três milhões de habitantes oriundos de 190 países.

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Um abraço para o deputado social-democrata Rodrigo Ribeiro

Rodrigo Ribeiro

Na sua página de Facebook, o deputado do PSD Rodrigo Ribeiro publicou esta fotomontagem com a legenda “Nós não esquecemos nem perdoamos…NÓS PAGÁMOS.“. Dedicado ao deputado, deixo aqui uma selecção de abraços e outros momentos de ternura, testemunhados por Santos, Estrelas e por todos os portugueses ao longo dos últimos anos. Estou certo que a esmagadora maioria dos portugueses não esqueceu, não perdoou mas, como vem sendo habitual por cá, pagou e não bufou. José Sócrates, António Costa, Cavaco Silva, Dias Loureiro, Pedro Passos Coelho, Alberto João Jardim, Luís Filipe Menezes, Marco António Costa, Teixeira dos Santos, Durão Barroso, Vítor Constâncio, Paulo Portas… Quanto pagamos nós por todos estes abraços?

Um abraço senhor deputado!

Abraço 1

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epa04865535 President of PSD (Social Democratic Party), Pedro Passos Coelho (R), greets the CDS-PP (Social Democratic Party) president, Paulo Portas (L), in Lisbon, Portugal, 29 July 2015, during the presentation of the coalition electoral programme for the upcoming legislative elections that will take place 04 October. EPA/MARIO CRUZ

A verdade por trás do cartaz do PS

Cartaz PS

Os cartazes da campanha do Partido Socialista têm dado muito que falar. Depois do momento evangelista-seita, tão inspirador para uma nação em apuros à procura de uma luz ao fundo do túnel, a estratégia do partido socialista espetou-se ao comprido com o episódio em que os rostos de funcionários da junta de freguesia socialista de Arroios foram usados para figurar em cartazes que contavam histórias que aparentemente nada tinham que ver com eles. E fico-me pelo “aparentemente” pois confesso que nunca fiquei totalmente esclarecido sobre se o embuste abrangia a totalidade dos cartazes ou apenas a parte. Em todo o caso, um embuste. [Read more…]

Pensionista: a reforma do Estado é você!

Pensoes

Cecília Meireles afirmou hoje no Parlamento que o CDS-PP concorda com um novo corte de 600 milhões de euros nas pensões. Existe um problema de sustentabilidade e quem o deve resolver são esses magnatas dos pensionistas que andaram a viver acima das suas possibilidades apesar de terem descontado a vida toda para a sua reforma. Para Portas, “a TSU dos pensionistas é uma fronteira“. As suas pensões não. Alguém tem que pagar as isenções fiscais do PSI-20 e os boys precisam de comer.

Postcards from Liverpool #3

«All the lonely people, where do they all belong?»*

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Visitei hoje Another Place. Outro lugar. Uma das razões principais por que vim a Liverpool. Já lá iremos a esse outro lugar onde parece que estão todas as pessoas sós em frente ao mar. Talvez achem estranho vir a uma cidade de propósito para ver, afinal, outro lugar.

O dia começa cinzento. Devo dizer que acaba do mesmo modo. Mas estou no Reino Unido, suponho que faça parte do cenário, o cinzento dos dias. Chovia quando acordei, quando tomei banho e me vesti e saí para tomar o pequeno almoço no bar que serve o hotel. Pedi à menina se podia trocar os feijões e restantes vegetais por fruta. Que sim. Preparou-me uma bela taça com maçã, uvas e, suprema amabilidade, morangos. Dispensei o bacon e comi os ovos, desta vez estrelados como dois sois amarelos a subsitituir o que faltava no céu. Empurrei isto tudo com sumo de laranja e aí vou em em direção a Lime Street Station onde, pensava eu, apanharia o comboio para Waterloo. Passo em frente aos St. John Gardens, subo mais um bocadinho e aqui está a bela estação de Lime Street. Aproveito e tiro os bilhetes, que comprei via internet, da máquina. Tendo comprado 4 viagens, a máquina parece, ao produzir cada bilhete com o respetivo recibo, oferecer-me um jackpot de bilhetes de comboio, o que faz – claro está – todo o sentido, já que adoro viajar assim.

No hall da estação, antes de perceber como e onde comprar o bilhete de ida e volta para Waterloo, reparo numa escultura muito engraçada – Chance Meeting – que retrata o encontro casual de dois liverpoolianos (espero que seja assim) de gema. Tiro fotografias. Peço a um senhor que me tire uma a mim, junto da mulher da escultura. Imito as suas mãos para alegria do filho pequenino do senhor, que se ri divertido. Depois deste encontro casual com estes dois habitantes da cidade vou tentar perceber como comprar os bilhetes para ir a Crosby Beach. Pergunto nas informações onde um rapaz extraordinariamente solícito me imprime um mapa e escreve as indicações. Tenho de sair da estação, apanhar o metro para Liverpool Central e depois daí o comboio em direção a Southport. Assim faço, sem me enganar.

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