Compreendendo o terrorismo financeiro

Burns

O Citigroup conseguiu captar perto de três mil milhões de dólares (cerca de 2,7 mil milhões de euros) a 4 mil investidores alegando que os investimentos nos fundos ASTA/MAT e Falcon eram de baixo risco e não eram mais especulativos do que obrigações do Tesouro. Durante a crise financeira de 2008, os dois fundos colapsaram.

“Os fundos não eram substitutos de um investimento em títulos do Tesouro e investir neles apresentava um risco significativamente mais elevado”, referiu o regulador, acrescentando que o próprio Citigroup reconheceu esse risco em documentos internos, sem partilhar a informação com os investidores. [via Dinheiro Vivo]

Especulação financeira? Nada disso: a economia mundial colapsa por causa desses preguiçosos do sul da Europa que vivem acima das suas possibilidades, que compram frigoríficos e televisões e ainda ousam comer o ocasional bife. Valham-nos os grandes bancos, sempre prontos a desembolsar uns trocos para serenar os ânimos e continuarem firmes na sua missão de libertar os mercados.

 

Darwinismo empreendedor na Amazon?

Bezos

Jodi Kantor e David Streitfeld assinam um artigo de opinião no The New York Times que arrasa o funcionamento interno do gigante Amazon. Aqui ficam algumas passagens de um artigo do Dinheiro Vivo que retratam aquilo que aparentemente se vive no interior do império de Jeff Bezos: [Read more…]

Fundamentalismo judaico

Aviya Morris é a nova coqueluche do extremismo de inspiração judaico. Haja concorrência para fanatismo islâmico.

Postcards from Scotland #3 (Glasgow)

«Touch the Earth Lightly»*

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Glasgow é uma cidade agradável, já o disse ontem. Emendo, aliás, Glasgow é uma cidade viva, saudavelmente viva. E linda na sua imperfeição honesta. Fico a gostar bastante desta cidade e dos seus habitantes, simpáticos todos, trocando sorrisos com os estranhos na rua. Uma dimensão humana, mais humana que Liverpool. Creio que não será supreendente. Aqui quase não dou pela presença de turistas. Em Liverpool também não encontrei muitos, exceto quando passava pelo Cavern Quarter e pelos sítios dedicados aos quatro fabulosos rapazes – sim, os Beatles, de que não sou fá, tirando uma ou duas músicas. Mas aqui já me esqueci dos Beatles completamente, enquanto passeio pelas ruas e vou reparando nos prédios e nos recantos, enquanto visito a GoMA ou The Lighthouse.

Acordei bastante depois da hora do pequeno almoço. Eram dez e meia, uma hora depois de terminar o período dedicado a esta refeição, quando saí do quarto em direção à cozinha, esperançosa ao menos numa chávena de café. O hotel tem cupcakes e bolachinhas espalhadas pelos corredores, em frascos e boleiras, pelo que – pensei eu – uma chávena de café e uma destas coisas e está o pequeno almoço tomado. Entro na cozinha e peço a chávena de café. Não só me a dão, como me servem um pequeno almoço completo. Acho que os hotéis se vêem também por estas pequenas coisas. Um hotel existe para os seus hóspedes. Se não te tratam bem, dificilmente voltarás. Já eu tenho a dizer que se alguma vez voltar a Glasgow voltarei a ficar no The Grasshoppers Hotel, não apenas por estas simpatias, mas porque é um sítio verdadeiramente magnífico. Limpíssimo, branquíssimo, com gravuras e fotografias brilhantes e com a melhor das vistas que se pode ter, pelo menos do meu quarto.

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