Há uma maioria que votou na esquerda mas não existe uma força de esquerda maioritária. Se o PS, PCP e BE não avançarem com uma proposta de governo composta pelos três partidos, limitando-se, alternativamente, a uma proposta de governo PS com apoio parlamentar do BE e do PCP, terá a esquerda uma derrota em toda a linha. Em primeiro lugar, não se conseguirão estabelecer como alternativa a uma minoria de direita. Em segundo lugar, ficará claro que a abertura do BE e do PCP foi meramente táctica. E, por fim, Costa acabará a dar força à coligação de direita, que esta capitalizará afirmando-se como o garante da estabilidade.
……. “uma proposta de governo PS com o apoio parlamentar do PS e do PCP,” ……
Não entendo!
“Uma derrota em tida a linha”. …… ????
Importa-se de escrever outra vez?
Explico com uma historieta.
Um porco e uma galinha resolvem abrir um restaurante e falta definir o menu. A galinha sugere “Que tal ovos e presunto?”, ao que o porco discordou dizendo “Não obrigado. Eu estaria comprometido mas tu estarias apenas envolvido.”
Pois, …..
Fiquei na mesma, mas gostei dos ovos com presunto.
“…. “uma proposta de governo PS com o apoio parlamentar do PS e do PCP,” ……”
Mas estava ali um erro. Devia ler-se
“uma proposta de governo PS com o apoio parlamentar do BE e do PCP”
Vou corrigir.
Assim está melhor……
Quanto ao saco de gatos, cuidado que tem felinos de grande “porte”… intelectual também.
Com todo o respeito, já estou a ficar ligeiramente farta de anúncios de morte da esquerda que a direita mais extremista que tivémos nestes últimos 4 anos apregoa e, principalmente, ecoa, através da comunicação social, com todos os seus comentadores já devidamente conhecidos, arregimentando mais outros que, em tempos de ventania e inundações, se vão juntando e ficando no meio, porque , como dizia o outro, “no meio é um descanso ”
Depois da valorização suprema da “economia” sobre a política, temos agora 1 “política” a querer sobrepor-se à democracia.
Ai, os cenários, ai o PS que se vai, ai os mercados, ai os buggy men, ai os golpes de estado, ai, as usurpações, ai o PCP, ai, o BE, ai que isto não vai lá, ai o Assis, ai o pesidente, ai que já não me estou a sentir nada bem, ai, o Medo, ai os ais de Portugal!
“Quietinhos, não respirem. Já está!”, dizem-nos.
E muitos…genuflectem.
Sim, há muita intoxicação na comunicação social. Mas aqui falo de outra coisa. Há vontade de acabar com as virgens impolutas que nunca se sujaram com o poder para constituir um governo ou não?
Belo momento.
Ai que a esquerda pode governar Portugal…
Portugal é sinônimo de Ai.
O problema não é a esquerda pode governar Portugal; o problema é não querer fazê-lo, porque é muito mais fácil estar sempre do lado de lá da barricada com argumentos e propostas completamente inexequíveis emitidos sob uma capa de uma pretensa defesa dos coitadinhos contra os malfeitores da direita (que são todos os 80% que não pensam como eles).
És lindo. Ora lê bem o que escreves e vê bem o teu lindo raciocínio …um espanto! Licenciado? Aposto… e faz parte da geração ..bla,bla,bla…..
Este post é como
“As Obras Completas de William Shakespeare em 97 Minutos”
Ó Luis/Fernanda, com esta é que me deixou sem palavras 🙂
“Cavaco espera que prevaleçam os “superiores interesses” do país”
A gente sabe……entendido…..
“Passos desafia Costa a dizer se quer entrar no governo”
Ora bem, um governo tripartido,
E, pergunto: isto já vale? Já não é “uma derrota em toda a linha”?
São estes os “superiores interesses do país”?
Ficam todos bem, certo?
Não, a curto e médio prazo, pouca gente vai ficar bem dentro de uma economia que não pode crescer nem saindo do Euro.
“E, pergunto: isto já vale? Já não é “uma derrota em toda a linha”?”
Não será uma derrota para toda a esquerda. Apenas para o PS.
j.manuel/cordeiro,
Seria tb 1 derrota para PCP/CDU e BE.
Quantos eleitores destes 2 partidos quereriam ver Passos e Portas outra vez no governo?
Vou agora puxar pelo meu lado de prof. Karamba e dos búzios e prever o seguinte:
A “pedra no sapato” é Passos Coelho.
Calhando, se este personagem das 1001 noites fosse de frosques, calhando se Rui Rio avançasse, calhando….eu sei lá, talvez, calhando…….
“Seria tb 1 derrota para PCP/CDU e BE.”
Exacto. Daí “terá a esquerda uma derrota em toda a linha.”
«“E, pergunto: isto já vale? Já não é “uma derrota em toda a linha”?”
Não será uma derrota para toda a esquerda. Apenas para o PS.»
Clarificando (mais um bocado e entro em modo Cavaco): esta resposta refere-se a um eventual governo PSD/CDS/PS. Neste caso é apenas derrota para o PS.
Os interesses do Cavaco são óbvios. E explicam porque é que houve um governo de quatro anos e meio, em vez de quatro anos.
https://aventadores.files.wordpress.com/2015/10/agile-safari-pig-and-chicken.png
A esquerda tem um mantra: acabou a austeridade, tudo como dantes.
Tudo corre muito bem com os olhos fechados, a felicidade é geral.
Quando olham para o orçamento disponível: nem ovos nem presunto, é só pão e azeitonas!
Tudo como dantes é que o que pensa a direita, porque não percebe nada de economia e nunca mais acaba com a crise.
Quem percebe é a esquerda. Vejam-se as lições do Dr. Varoufakis e do Prof. Tsipras.
Se é a esquerda que percebe ou não, estará por demonstrar, pois como sabe (ou não) na zona euro um programa de esquerda anti-austeridade é algo que ainda está por realizar, embora os resultados da política neoliberal desde o crash do sector financeiro em 2008 até ao momento têm sido desastrosos. Agora, quando mete Varoufakis e Tsipras no mesmo saco, perceba que estão hoje em campos bem distintos. Varoufakis mantém ideias muito precisas contrárias à política actual da UE. Quanto a Tsipras hoje não está mais que a aplicar todas as reformas exigidas pelos credores internacionais, portanto é exactamente o mesmo programa de governo que teria Passos Coelho se estivesse a governar a Grécia, para mal dos gregos. Claro que não fará mais que aumentar a dívida (impagável, segundo o próprio FMI), portanto do ponto de vista da população grega é estúpido e contraproducente. Mas aquilo que se procura resgatar ou salvar é o sector bancário das consequências das suas próprias especulações e fraudes, portanto está tudo bem, e a direita está contente. Siga o baile.
A banca alemã já está salva dos seus investimentos irresponsáveis, agora é só lucro.