sobre o actual momento político e o que representa nos planos democrático, social (é essencialmente neste plano que José Pacheco Pereira tem construído o seu projecto historiográfico) e até filosófico. Notável descodificador de uma semântica não apenas artificial como superficial, Pacheco Pereira mantém-se isolado na sua trincheira – um caso único na paisagem de comentadores políticos em Portugal.
Ora ouçam por exemplo o que diz sobre a engenharia social e as recomposições sociais que as políticas radicais do Governo Passos/Portas forçaram numa sociedade extremamente vulnerável como a portuguesa. «A questão não é ter ido além da troika, mas ter tomado um conjunto de medidas cujo objectivo era alterar aspectos da composição e dos poderes sociais na sociedade portuguesa. E isso é inaceitável para um partido que se intitula social-democrata.»
Tristemente ostracizado no seu partido, Pacheco Pereira é de uma espécie em extinção em Portugal: os sociais-democratas.
Aqueles a sério, não os que o são de nome.
O que nós não aprendemos!