Recuemos até Novembro passado. Em entrevista ao insuspeito José Gomes Ferreira, Maria Luís Albuquerque afirmava categoricamente que não era “de todo possível” que o défice de 2016 cumprisse a meta europeia. Peremptória, a ex-ministra concluia que “aritmeticamente não é possível“.
Hoje sabemos que as noções de aritmética da deputada do PSD, pelo menos no que aos números do défice diz respeito, são uma valente banhada. O INE confirmou hoje que o défice orçamental provisório de 2016 se situou mesmo nos 2,1%, um dos melhores resultados de sempre, senão mesmo o melhor. O instituto avança ainda com uma previsão de 1,6% para 2017. Está tudo a postos para que possamos finalmente sair do Procedimento por Défices Excessivos, o tal que Sócrates nos deixou de herança e do qual o anterior governo nunca conseguiu sair, apesar das medidas extraordinárias, dos cortes e dos restantes sacrifícios. Em 2015, o défice fixou-se nos 4,4%.
Mas nem tudo corre mal à dirigente do PSD. O império sediado em Bruxelas, sectário como só ele sabe ser, quer mais. Quer garantias de que a correcção do défice é sustentável e duradoura, avança o Expresso. Caso contrário, a ameaça de sanções volta a estar no ar. Será que é desta que o Diabo chega e que vamos todos para o castigo, abrindo caminho ao regresso heróico e triunfante da Caranguejola? Ou será mais uma para Passos engolir em seco, enquanto desespera à espera de Belzebu?
“…império sediado em Bruxelas, sectário como só ele sabe ser, quer mais. Quer garantias de que a correcção do défice é sustentável e duradoura,…”
Pois é, o problema mesmo está na existência de “impérios”!
Quiseram ter a pretensão de unir o mais possível os europeus, mas o belicismo está-lhes no sangue. E, se não é for com tanques de guerra é com castigos económicos e quejandos. Senhores e escravos! Mudam-se os tempos, mantêm-se os vínculos.
Está muito bem.
Acho que foi uma vitória.
Vejo toda a gente entusiasmada com os números, como se de golos se tratasse para concorrer a uma qualquer bota de ouro.
Saúdo o governo, sem a mínima dose de graça.
Mas digam-me, por favor o que ganhamos com isto, nós os “contribuintes” dos desmandos da classe política, sobretudo agora que se começa a ouvir ma nova música que é o défice muito baixo prejudica a economia…
Acabo de ouvir na RTP 3 dois papagaios financeiros, que há dois anos juravam sobre a Bíblia aquilo que a Mme Mª Luiz anuncia, afirmar que, hoje a verdade era o contrário da verdade que toda a gente anunciava há tempos atrás.
Querem a opinião de um leigo?
Esta gentalha – de um lado e do outro – é uma cambada de especuladores que defendem um princípio e o seu contrário, de acordo com o governo que está no poleiro.
Nunca o futebol se pareceu tanto com a política.
Ficamos todos baralhados, Ernesto!
“Eles é que bebem uns copos, e têm mulheres á fartazana”, e nós, cá ca nossa Maria que só vai ao cabeleireiro de quinze em quinze dias, e os putos a pedir dinheiro para umas sapatilhas de marca, que nunca mais chegam, é que somos os otários.
É pró que estamos!
🙂
Definitivamente, a miss Swap não era para levar a sério
A Bia Luís sempre foi muito boa a fazer contas.
Por isso fez 2 OE Rectificativos por ano.
À agência Bloomberg foi negado pela Corte Europeia de Justiça a 29/12/2012 o acesso a duas análises por peritos do BCE sobre a atividades da Goldman Sachs na Grécia entre 1998 e 2001. Por outro lado continuamos a aguardar o relatório sobre a questão dos submarinos alemães vendidos aos gregos por essa época, dos quais apenas um teria sido entregue. Que nunca navegou, porque adornava. O governo grego deve possuir a documentação referente a esses dois casos, que poderiam ser de grande valia para os países que, traídos pelos nórdicos em sua casa, só pensam em mulheres e vinho.