Claro que privatizar sem travões fica mais barato

No Metro de Lisboa um comboio não travou.

Em nome dos elefantes, os meus estimados votos de pioras

O rei Juan Carlos de Espanha foi submetido a uma intervenção cirúrgica, na última madrugada, em Madrid, depois de ter fracturado a anca numa queda durante uma expedição de caça no Botswana.

Angélico e a vertigem da velocidade

Que me lembre, é pelo menos o segundo caso de estrelas dos «Morangos com Açúcar» que acaba mal. Há uns anos, foi o «Dino» da terceira temporada da série, o jovem Francisco Adam. Agora, Sandro Milton Vieira Angélico, ou melhor, Angélico Vieira.
Compreendo que um jovem que de repente é famoso lide mal com tudo o que a fama lhe traz. Primeiro vem a exposição pública e, por arrastamento, o dinheiro, as raparigas, os carros. E há que experimentar de tudo porque é agora que somos jovens.
Sempre percebi mal a atracção que os carros exercem sobre jovens e menos jovens. Tive o meu primeiro carro depois dos 30 anos, conduzo porque tem de ser, numa conversa sobre o assunto desligo de imediato. Se ganhasse o Euromilhões, um carro seria a última coisa que pensaria em comprar.
Apesar disto tudo, compreendo que seja assim e se calhar eu é que estou errado. No caso de Angélico, o que me faz confusão é que ele já não é tão jovem assim, nem em idade nem na fama. Por isso, pegar por empréstimo um carro com aquela cilindrada, sem seguro, e fazer-se à noite sem pensar sequer em usar o cinto de segurança ultrapassa todos os limites do bom-senso. Os mesmos limites, mas de velocidade, que terão levado a que o pneu rebentasse em pela auto-estrada.
Como há pouco dizia Marcelo Rebelo de Sousa na TVI, era bom que os jovens que ainda não conduzem vissem, pelos seus ídolos, que a vida não é tão cor-de-rosa como toda a sociedade nos quer fazer crer. Angélico, infelizmente, aprendeu-o da pior maneira.

Matar na Estrada é Como Quem Vai às Putas

“O homem que, na tarde de domingo, conduzia o automóvel que abalroou e matou um rapaz de 13 anos, em Fafe, fugindo de seguida, entregou-se na GNR no dia seguinte. Tinha saído da cadeia há pouco tempo, não tem carta e o carro estava ilegal. Foi libertado.” – JN, 05 Agosto 2o1o.

Um indivíduo sem carta abalroou um outro ser humano, de carro. Assustado, desaparece do local, entrega-se às autoridades no dia seguinte. Ouvido em tribunal, é mandado para casa esperar. O falecido vai a sepultar, não reclama.

Faz calor, apetece-me um refresco. E assim seguimos, felizes e contentes, as mortes na estrada não são crimes, é como quem vai às putas e regressa a casa depois de uma sticada no meio do eucaliptal. Tudo normal, um dia normal.

O que se diz por aí

Depois do mau tempo, más notícias continuam a chegar dos Açores, enquanto prossegue a trágica contabilidade do Haiti, onde urge estancar a onda de violência pelo caos reinante.
No país da liberdade, uma mulher foi despedida por mostrar os seios a duas colegas e amigas do trabalho. Mais uma vítima do falatório e, possivelmente, da inveja.
Cavaco Silva irá na Segunda-feira visitar os agricultores da zona Oeste para lhes dar uma palavra de esperança e de ânimo, o que sempre ajuda a esperar pelas ajudas financeiras.
Entretanto o PS descredibiliza uma candidatura de Manuel Alegre às presidenciais, ao contrário do Bloco de Esquerda . Parece que Manuel Alegre ainda não percebeu que sendo tão convicto republicano, ou avança ou não avança. Ou está à espera de mais uma vaga de fundo partidária, para dar a vitória a Cavaco Silva?
Quem quiser ir assistir ao Mundial de Futebol, o melhor é levar uma tenda de campismo.
Por fim, o Governo já tem mais um argumento para construir um novo aeroporto fora de Lisboa.

O caso do vereador com 1.67 gramas por litro

Não acho que um autarca tenha de ter um comportamento na sua vida privada à prova de tudo. Lá por ser eleito não deixa de ser de carne e osso. No caso beber uns copos, conduzir e despistar-se não impede que seja um bom autarca.

Já o pelouro dos transportes não me parece o mais adequado. Deviam-lhe atribuir os espaços verdes, e na condição de os percorrer a pé. O exercício sempre liberta um pouco do álcool que há em si.

Conduzia embriagado e agrediu um GNR… é um vereador de Odivelas

"Não vás correr para a rua…"

Posso ser eu a armar-me em esquisito mas acho um tanto ou quanto parvo colocar mais de meia centena de marmanjos a correr, juntinhos, por uma estrada comum, onde circulam automóveis comuns, ainda para mais em horas de fraca visibilidade. Resultado: 16 feridos.

 

Não sei o que os senhores responsáveis pelo batalhão pretendiam com este exercício mas convinha alguém lembrar que fazer uma coisa daquelas não é inteligente. Aliás, deve ser dos primeiros ensinamentos que qualquer pai ou mãe dá aos filhos pequeninos. "Não vás correr para a rua, senão vem um carro e pode atropelar-te".

 

O Ministério da Defesa já abriu o inevitável inquérito. Por mim, devem colocar uma associação de pais a dirigi-lo.