Pormenores que fazem toda a diferença

pedro-santos

Créditos Jornal O Jogo

A importância de ter jogadores capazes de resolver jogos difíceis quando o colectivo não é suficiente. É a frase que ajuda a resumir o papel de Kostas de Mitroglou na suada vitória do Benfica em Braga, num jogo em que o empate se justificava mais que a vitória dos encarnados pela excelente primeira parte que o Braga realizou no plano ofensivo, pelo interessante e comprometido empenho dos bracarenses no plano defensivo, exceptuando num ou noutro lance em que o seu lateral esquerdo Marcelo Goiano tremeu (no lance do golo, o lateral do Braga poderia ter abordado o lance com mais assertividade) e pelas  grandes exibições realizadas por Assis, Battaglia, Pedro Santos e Rui Fonte.

Grande jogo em Braga, grande ambiente, futebol de velocidade, de ataque e resposta e de entrega total dos jogadores ao jogo, devidamente arbitrado por um Luís Ferreira que a meu ver só pecou por uma vez no primeiro tempo ao não assinalar uma grande penalidade a favor do Benfica por carga (com recurso aos braços, completamente fora de tempo) de Rosic a Toto Salvio.

Assis, o Coerente

Atira-se ao Costa por procurar a Unidade à Esquerda. Apoia Maria de Belém porque é a melhor colocada para unir a esquerda.

Pan consegue a primeira vitória

Ninguém me tira da cabeça que foi a pressão do PAN que salvou o leitão.

Não há nim possível para o PC

No nosso parlamento são estes números:

  • PaF: 107
  • PS: 86
  • BE: 19
  • CDU: 17
  • PAN: 1.

Logo, a alternativa a uma “minoria” da PaF só poderá acontecer envolvendo, pelo menos, três partidos: PS, BE e PCP para um total de 122. Uma colaboração entre o PS e o BE só teria 105 deputados. E, se estas contas, parecem dar importância ao PC, mostram também que um acordo entre o PC e o PS também não seria suficiente. Ou seja, para este efeito, ou estão os três, ou nada feito, o que, mais vírgula menos vírgula, tem vindo a ser dito por António Costa.

Ora, a espuma noticiosa tem vindo a colocar as negociações à esquerda num impasse: PS e BE estão de acordo, enquanto o PC continua no nim. Para comentar esta possibilidade podemos recorrer à expressão “não há fumo sem fogo” ou então ao clássico “isso é a direita a tentar condicionar o PC”.

As greves nos transportes ou a manifestação em frente ao Parlamento podem ser uma forma do PC continuar a condicionar o rumo das negociações, mas, prefiro continuar a pensar que a Manifestação da próxima semana é uma manifestação de apoio a um governo de esquerda e, se assim for, até simpatizo com a ideia, mas para isso, mais do que exigir o deita abaixo, devem dizer queremos a Esquerda a governar.

Verdade ou não, creio que em Democracia é a primeira vez que o sonho de muitos se poderá concretizar. E, o Partido Comunista Português não pode desta vez deixar de estar na parte da solução. Seria mais confortável dizer que não, que continua apenas na luta e a liderar a classe operária, mas neste momento há uma forma muito mais simples de colocar a coisa:

  • ou o PC está ao lado do PS e do BE e permite um governo liderado por António Costa, ou, então, junta-se ao Assis e permite um governo liderado pelo Marco António.

 

Seria bom que alguns

Seguissem o seu caminho… É que, um artigo atrás do outro e o paleio é sempre o mesmo, direita, direita, direita… Volver…assis

Direita e Esquerda

É da natureza das coisas. Um dia ia acontecer. À direita, estão de acordo em tudo.

“Como registo inicial de interesses, deixem-me dizer que não acredito na dicotomia entre esquerda e direita”, CGO, no Aventar

“A representação binária do Parlamento configurada na oposição direita/esquerda é destituída de qualquer tipo de solidez doutrinária ou política.” Assis, no Público.

Aliás, a defesa de trabalho com direitos, a defesa da escola pública em oposição à aposta no cheque ensino, a valorização do sistema nacional de saúde em oposição às seguradoras e aos bancos na medicina privada, são meros detalhes. Nada disso existe. Esquerda e direita é tudo a mesma coisa. Só é pena que os eleitores não pensem assim. Tirando isso, é motivo de sorriso aberto esta convergência entre as direitas. [Read more…]

Confesso: sou (também) um mau socialista

O texto é do Manuel Alegre e está no Público de hoje. Penso que vale a sua partilha integral:

O bom socialista é aquele que em diferentes circunstâncias diz as coisas sensatas que a direita gosta de ouvir: que é preciso rever a Constituição, fazer um pacto de regime, negociar um consenso com o Governo sobre as medidas de austeridade.

O bom socialista defende que “ o arco da governabilidade” se restringe à direita e ao PS.

O bom socialista revela abertura para um eventual governo de coligação com os partidos da direita, ou só com o CDS, ou uma reedição do “bloco central”.

O bom socialista é sensível, atento e moderno quanto à necessidade de imprescindíveis cortes e mudanças na Saúde, na Educação e na Segurança Social, tendo em vista diminuir o peso do Estado e dar lugar aos privados com apoio público.

O bom socialista aceita as “reformas” que tendem a transformar em assistencialismo a garantia de direitos sociais pelo Estado.

O bom socialista colabora em medidas que desvalorizam o trabalho em nome de um pretenso aumento da competitividade.

O bom socialista dá prioridade à estabilidade financeira em prejuízo do desenvolvimento económico e da coesão social.

O bom socialista aceita o aumento das desigualdades como consequência inevitável da globalização e considera que não há alternativa.

O bom socialista pensa que a divisão entre esquerda e direita não passa de um arcaísmo. [Read more…]

Um PS dos mais frágeis de sempre, desenhado à vontade de Soares

De Seguro a Passos Coelho, há alguma distância ideológica. Todavia, é insuficiente para garantir alternativa séria, corporizada em modelo e objectivos de governação de que o País carece – de resto, em acto de uma espécie de mimetismo dos masoquistas islandeses, o povo português, tudo indica, permanecerá, por teimosia e culpa, enredado no círculo dos partidos do ‘arco do poder’.

Há dias, vi a reportagem do almoço do 40.º aniversário do PS, na sede do Rato, apenas entre Soares e Seguro. O tom laudatório do patriarca socialista a louvar Seguro foi elucidativo do empenho proteccional ao reeleito secretário-geral do PS. Há afirmações pueris, apenas no aspecto: No fundo, trata-se de juízos intencionais e de uma modalidade de autoritarismo suave na aparência, mas plasmado na determinação do objectivo, semelhante à finalidade do ataque do pérfido felino a dominar a presa. E Seguro é, de facto, presa fácil.

Soares, desde sempre, nunca abdicou da prerrogativa de comandar o Partido Socialista, mesmo quando deslocado para funções incompatíveis com a militância – Presidência da República é um dos casos. Os vergonhosos afastamentos de Vasco da Gama Fernandes e Salgado Zenha são dois actos de ‘vendetta’ soarista que jamais a História deixará esquecer.

Seguro, ‘jota’, pardo ministro de Guterres e sem qualificações para chefiar a governação do País na complexa encruzilhada em que vivemos, é a réplica de um Passos Coelho para quem Mário Soares se chamou Ângelo Correia. [Read more…]

O Sôr Assis

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O REGRESSO ÀS CAMPANHAS NEGRAS CONTRA SÓCRATES II

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O sôr Assis, a quem já partiram os óculos, tendo sido um dos dois dirigentes do partido do governo a quem isso aconteceu (embora este nada tenha que o compare ao outro a não ser nessas circunstâncias, a de ter os óculos partidos e pertencerem ao mesmo partido), veio botar faladura. Mais uma vez sobre a campanha ignóbil que uns quantos fazem contra o nosso Dialogador. A exemplo das campanhas negras e pessoais de que Sócrates I se queixava, agora a campanha visa decapitar o governo de Sócrates II.

Ora o sôr Assis, entende que o facto de mandarem arquivar ou destruir ou seja lá o que for que vão fazer ou fizeram aos documentos que traduziam as escutas efectuadas ao telemóvel do sr Vara, e onde por mero acaso aparecia a voz do sr José Sócrates, na altura nosso Primeiro, com o cognome de O Arrogante, é a prova cabal de que nada se pode apontar de menos correcto ao comportamento do Primeiro Ministro. E adianta que quem quer saber o que os dois amigos disseram, é um bilhardeiro e quer cortar a cabeça ao governo.

Digo eu que, o facto de esconderem da opinião pública tais conversas pressupõe, isso sim, menos correcção ou até mesmo coisas más, ditas ou feitas pelos senhores envolvidos.

Se houvesse realmente liberdade, se o envolvido neste caso fosse outro que não o nosso Primeiro, Sócrates II, O Dialogador, será que as escutas teriam sido mandadas destruir?

A dúvida permanecerá para sempre, e mais uma vez, o sr Pinto de Sousa se vê envolvido em coisas pouco bonitas.

Onde há fumo, costuma haver fogo, e o cântaro, tantas vezes vai à fonte que, mais dia menos dia, acabará por partir.

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