Milhares de ucranianos, amontoados e desesperados, procuram embarcar num comboio que os tire do inferno em que se transformou a sua cidade e o seu país. Dali para fora, em direcção à Europa, uma das financiadoras indirectas da destruição em curso. Não é paradoxo. É só o capitalismo na versão predilecta dos hooligans neoliberais. Porque o mercado, quando nasce livre, não exclui ditadores. Recebe-os de braços abertos.
Entrecampos a feia e desorganizada
Paralelamente aos múltiplos encantos com que se deleita o visitante em Portugal, ele não deixará, também, de constatar certas especificidades que dificultam a vida, acima de tudo a dos habitantes locais, sem que isso a estes provoque a menor agitação. Será por indiferença? Resignação estoica? Propensão natural?
Uma dessas especificidades é a falta de capacidade de organização portuguesa; eu chamar-lhe-ia uma incapacidade endémica e iria até mais longe, aventando que poderá tratar-se de uma rejeição alérgica da população portuguesa à organização.
É ela visível por todo lado, mas há alturas em que uma pessoa colide em força, como é o caso daquela abominável estação de Entrecampos. Primeiro, temos o abalo provocado pela perversidade da construção, cujo arquitecto deveria ser forçado a utilizar todos os dias, inclusive fins de semana, para se poder aperceber em toda a extensão da monstruosidade que projectou. Porque aquilo é um bofetão em forma de feiúra. [Read more…]
Metro do Porto sem papel
Falta pouco para as 17h00 e, na estação “Casa da Música”, há, como é costume, muito movimento. Há duas máquinas de venda de títulos de transporte. Uma não funciona, a outra tem à frente uma ordeira fila de passageiros. Ao lado dessa máquina está uma funcionária, aparentemente para ajudar os passageiros, porque, uma década depois da inauguração da primeira linha, muitos portuenses (e que dizer dos turistas?) continuam a não entender o complicado sistema de zonas implementado.
Espero pacientemente pela minha vez e, quando ela chega, descubro que a janelinha no topo do ecrã que eu estava a ver desde o fundo da fila serve para informar que a máquina não está a emitir recibos.
Viro-me para a funcionária para confirmar aquilo que acabo de ler.
Ela confirma.
O dia foi de muito calor no Porto, a minha tarde também não está a ser assim tão boa, por isso eu insisto, presumindo que não estou a perceber bem.
– Não emite recibos? Mas tem de emitir!
A funcionária faz má cara, mas oferece-se para meter papel na máquina, enquanto os passageiros atrás de mim bufam e começam a rogar-me pragas.
– Se a senhora quiser eu posso meter papel, tenho é de abrir a máquina.
Isto com a minha operação já em curso, e um metro prestes a chegar.
Respondo-lhe que o papel já deveria lá estar, ao que ela contesta:
– Mas o papel acaba, não acaba? [Read more…]
Estação de Torre de Moncorvo, anos 70
Era assim Torre de Moncorvo (Portugal) em meados dos anos 70. Linha do Sabor.
Comboio Internacional Porto-Madrid
Entre finais do séc. XIX e meados da década dos Beatles, existiu um comboio regular entre o Porto e Madrid via Linha do Douro (acredito que com interrupções durante as guerras mundiais e a guerra civil de Espanha); esta fotografia terá mais de 100 anos e mostra um desses comboios, descarrilado, na estação de (Caldas de) Moledo, poucos quilómetros a jusante da Régua. Por exemplo, em 1968 o horário em vigor era este.
Cruzamento e Interversão de Comboios
Régua-Lamego à Beira Alta de Comboio
Projectos da estação ferroviária de Lamego (final dos anos 1920, nunca construída); no entanto, todo o canal e a ponte do Varosa vieram a ser rasgados permacendo até aos dias de hoje. Ao lado existe a AE 24 (Viseu-Chaves), “grátis”.
Homem velho e mulher nova filhos até à cova
Sempre se viu homens mais velhos apaixonarem-se e darem um piparote na vida, largarem tudo, por amor a uma mulher mais nova.
Uma das mulheres mais bonitas que vi estava casada com um homem muito mais velho (conhecido por ter belos programas de educação física na TV) e tinham duas belas crianças. felizmente parecidas com a mãe.
A primeira reação para quem na altura tinha trinta e cinco anos, foi de incompreensão, ciúme, o que lhe queiram chamar, mas o tipo apesar da idade era bem parecido e culto.
Outro caso muito conhecido, entre outros foi o de Sofia Lauren e a de Carlo Ponti, ela era só uma das mais belas mulheres e ele era baixote, gordo e careca.
Mas o que vos quero contar é o caso de um dos políticos mais conhecidos de Espanha, poderoso, banqueiro, economista e que tinha uma bela família com filhos, um palacete e uma mulher que era só dele. Um belo dia deixou tudo para se casar com uma mulher que ía no terceiro casamento, com filhos de dois homens, cheia de plásticas apesar de muito mais nova, uma cabecita tonta mas muito bela.
Alguém se interrogou na sua frente sobre tal decisão, e o poderoso devia estar na fase do desencanto e respondeu : "é como estar na última estação, a ver passar o último comboio e a decidir se agarro ou não a última carruagem."
Eu por mim, dou comigo a ver as "teens" na Guerra Junqueiro e a justificar-me. No amor tambem alguem tem que ser capaz de se mexer.
Ora…
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