Lucas, Cap.V, vs. 5/8

 E O Diabo, levando-o a um alto monte, mostrou-lhe num momento de tempo todos os reinos do Mundo. E disse-lhe o Diabo: – Dar-te-ei todo este poder e a sua glória, porque a mim me foi entregue e dou-o a quem quero; portanto, se me adorares, tudo será teu.

Ele pensou um pouco. Fez contas e, ao contrário de outros ,aceitou. Foi assim que, a partir desse dia, se tornou executivo do GOLDMAN SACHS.

Sexo não consentido, mentiras e o relatório da Goldman Sachs

sexo mentiras e video

Ao abrir o documento que ontem apareceu, na parte respeitante à educação, dei  com citações de dois relatórios (do Tribunal de Conta um, o outro de uma comissão nomeada por este governo), ambos conclusivos quanto ao magno problema dos custos do ensino público versus ensino privado que o estado paga. Leram mas concluem o contrário. Ainda passei os olhos por mais umas linhas, vomitando perante uma panfletagem ideológica sobre a dita liberdade escolha de escola (na realidade uma ditadura de separação de desejáveis dos indesejáveis e de mais negócios obscuros a serem pagos com os nossos impostos), a tanga da autonomia e a treta habitual de citar a Holanda (onde o ensino é todo privado mas as escolas não podem pertencer a entidades com fins lucrativos). Querem ver que o Ramiro Marques já é consultor do FMI? assustei-me. [Read more…]

De pernas para o ar

Os dias que desembocaram no 5 de Outubro de 2012 foram um verdadeiro fim de festa, com acontecimentos e pormenores que por muito tempo ficarão na memória do povo.

Começou com António Borges, um homem de mão do Goldman Sachs, a passar rodas de “ignorantes” aos empresários, com a desfaçatez  de quem considera Miguel de Vasconcelos um menino de coro se comparado com a sua pessoa. Logo depois Victor Gaspar  anunciou medidas de austeridade tais que pulverizam a classe média e empurram Portugal para o abismo. E fê-lo raivosamente, como quem atira pedras aos governados, a dar-se ares de pimpão, respaldado pelo Moedas do Goldman Sachs. Logo depois, no debate parlamentar, quando um deputado do PC lia a carta do líder do CDS aos seus militantes condenando a austeridade excessiva, Passos Coelho e Relvas, ao lado de um Paulo Portas calado e cabisbaixo, e de um Álvaro amarrotado como um papel sem préstimo, riam-se sem pudor nem maneiras. Foi uma cena de inacreditável baixeza. [Read more…]

Carta do Canadá: Portugal desamparado

Com a lentidão meditativa  a que obrigam as informações importantes,  acabo de ler  uma obra de Marc Roche que, nestes tempos incertos de Pátria e Europa,  todos devíamos ler:  O BANCO – Como o Goldman Sachs Dirige o Mundo. Ficamos a saber que, de forma secreta, praticamente de seita, laboriosamente,  persistentemente, ao longo dos anos, o Banco Goldman Sachs adquiriu a configuração de um polvo monstruoso, cujos tentáculos, sob a forma de homens de mão, está infiltrado em toda a parte. Objectivo: empobrecer países mal governados e passar o seu património para o capital selvagem e sem pátria.  Tudo isto o autor denuncia com grande pormenor e acervo de provas.

Na União Europeia, os homens principais do Goldman Sachs são Mario Draghi (presidente do BCE) e Mario Monti (primeiro ministro de Itália). O autor descreve, ao pormenor, as golpadas do banco sobre a Grécia, com a colaboração de governos da direita e da esquerda, para grande proveito e regozijo dos banqueiros alemães.
Em Portugal, segundo Marc Roche, os tentáculos do Goldman Sachs são António Borges, Carlos Moedas e, de forma sonsa, Victor Gaspar. Todos os figurantes da coisa pública  que com eles colaboram servilmente, são a repetição gananciosa e sem escrúpulos dos que, em 1580, entregaram Portugal à Espanha a troco de fortunas e títulos. Toda uma elite negativa e traidora que,ontem como hoje, cabe no grito desesperado de Almada-Negreiros: “maquereaux da Pátria que vos pariu ingénuos / e vos amortalha infames”. [Read more…]

António Borges falou e disse

Azares de Verão: ouvir da boca de Marcelo Rebelo de Sousa que a entrevista de António Goldman Borges Sachs  é a melhor defesa feita do governo ainda em funções.

Elogio mais subtilmente homicida não há. Nem é por ali estar todo um outro programa, de canalhice puramente sexual ao sabor das elites. Tinha lido a coisa, sublinhado umas citações, pensando comentá-las. Depois de em directo na TVI o herdeiro de Baltazar executar a vítima, arrastando mais onze ministros atrás, fico-me pelas citações e pouco mais. A rigor, foi mesmo suicídio, façam o vosso julgamento:

  • convém lembrar que, em Portugal, nos últimos anos, subiram-se os ordenados da função pública muito mais do que no sector privado.” – erro do jornalista, ele disse nos últimos anos do século passado.
  • No final deste ano, a nossa conta corrente com o estrangeiro já estará equilibrada” – António, o desequilibrado mental.
  • As pessoas começaram a poupar mais, em particular em artigos de luxo, automóveis.” – é mesmo por isso que a Mercedes, perdão, a Peugeot quer fechar uma fábrica. [Read more…]

Em Madrid


Os mineiros já estão em Madrid. E sim, a classe operária ainda existe.

Leitura muito recomendada: Goldman Sachs acumula carbón colombiano en Asturias.

António Borges, os salários, e os crimes sem castigo

“Diminuir salários não é uma política, é uma urgência”  – António Borges

“A opinião pública sente-se enganada e pressionada pela austeridade imposta, em parte, para pagar os erros da banca e ainda nenhum banqueiro pagou pelos erros. Quando ponho a questão aos banqueiros eles respondem que a imoralidade e a falta de ética não são crime. Por isso, às vezes, calcam o risco amarelo da imoralidade mas não ultrapassam a linha vermelha da legalidade. Temos de começar a pensar em julgar a imoralidade”  Marc Roche, autor do livro “O Banco – Como o Goldman Sachs dirige o mundo”

António Borges decidiu seguir as pisadas de Madame Lagaffe. Ambos têm em comum o estatuto de isenção de IRS enquanto funcionários do FMI. Ambos têm responsabilidades nesta crise, uma enquanto ministra de Sarkozy, Borges enquanto homem da Goldman Sachs. Ambos ficarão impunes.

Ou talvez não. Nunca escrevam certezas sobre o vosso futuro com a mesma displicência com que falam sobre a vida dos que pagam IRS, viram os seus salários reduzidos e não têm pão para a boca dos filhos. Em determinadas situações os seres humanos são levados a actos espontâneos e irreflectidos, e tornam-se violentos. Uma dessas circunstâncias é a fome, coisa que para os filhosdaputa deste mundo é uma palavra mas para cada vez mais gente é um aperto no estômago que se mitiga com água, enquanto não a privatizarem. A fome faz milagres, António Borges; Marx deixou umas dicas sobre o assunto mas a simples lei da sobrevivência também serve. A fome faz do cobarde um herói, do amansado um rebelde, do cordeiro um bode selvagem.  E os bodes selvagens quando acossados perdem o medo, marram a direito, levam tudo em frente, incluindo os Borges e as Lagardes deste mundo. Chegará a vossa vez de terem medo, muito medo, e nessa altura não haverá paraíso fiscal que vos valha. A imoralidade não se paga com os portões do céu encerrados mas muitas vezes conduz directamente ao inferno, na terra. Fujam já, ou pensem nisso.

Hoje dá na net: Os segredos da Goldman Sachs

A Goldman Sachs manda, nos EUA e na Europa. Veja como.

 Legendado em português.

As verdadeiras cores da Goldman Sachs

Não é nada de surpreendente, a Goldman Sachs, um dos maiores bancos de investimento do mundo, explora os seus próprios clientes, referindo-se a eles como marretas. O que é absolutamente original é ouvir estas verdades da boca de um histórico do banco. (Em Portugal passam-se coisas parecidas.)

Leia as razões da demissão de Greg Smith, pelo próprio no NYT, em inglês.

“Bunga-bunga” governamental

Santana Castilho

Vão chegar mais oito mil milhões de euros. Para uns, são fruto do sucesso da execução do acordo com a troika. Para outros são um degrau na escada descendente da fatalidade que nos marca. Olhando para fora e para dentro, entendo melhor os segundos.

A austeridade fez implodir num ápice, pela via eleitoral, os governos de três países: Irlanda, Portugal e Espanha. E aliada à necessidade de tranquilizar os mercados, testou, poupando o tempo e a maçada da ida às urnas, sem protestos visíveis e com êxito, o caminho perigoso de substituir sem votos os de outros dois: Grécia e Itália. Papademos, o chefe do executivo grego, veio do Banco Central Europeu e da Comissão Trilateral, de David Rockefeller. Tem por isso a confiança dos mercados. Monti, que chefia o governo italiano, conquistou-a enquanto comissário europeu. Ambos passaram pelo Goldman Sachs, como convém. Passos, obedecendo à troika e bajulando Merkel, esforça-se por merecê-la. Nenhum dos três tem, porém, legitimidade democrática para governar. Os dois primeiros por construção. Passos, por acção. Porque tudo o que prometeu e usou para ser eleito pôs de lado e incumpriu. Porque a política, como forma de melhorar a vida dos cidadãos, não é paradigma que o entusiasme. [Read more…]

Mario Draghi, um homem da Goldman Sachs, logo acima de qualquer suspeita

Em termos de currículo, nada há, contudo, a apontar a Mario Draghi.

Escreve hoje no Público Ana Rita Faria. Há lá agora alguma coisa a apontar ao novo presidente do BCE. Conhecido por Super Mario vai agora trabalhar com Vítor Constâncio, o Super Ceguinho.

. Entre 2002 e 2005 esteve na Goldman Sachs, sendo vice-presidente da sua filial europeia. Não estava lá quando antes disso a mesma Goldman Sachs auxiliou a Grécia a aldrabar as suas contas para poder entrar no euro, mas assinou um artigo com Robert C. Merton, onde se justificava o recurso a este tipo de práticas legais. E consta que andou a vender as mesmas falcatruas enquanto lá esteve. Tudo legal, é claro, dizem os mercados.

O facto de a relação de Mario Draghi com a Goldman Sachs se ter iniciado em 1990 quando “facilitou” a entrada da empresa nos processos de privatização italianos, não é de estranhar já que passava férias com um dos seus dirigentes.

Nada a apontar, portanto. Mario Draghi  é um trafulha à altura do BCE. Estamos entregues à bicharada e a jornalistas ceguinhos de todo. Belmiro manda.

Já agora: além do BCE a  Goldman Sachs tem homens seus à frente do Banco Munical e do Banco Central do Canadá, sendo representada no governo português pelo impagável Carlos Moedas. Vivemos em democracia, é claro, infelizmente não elegemos os bancos.

(informações recolhidas no Le Monde)