António Borges não era uma pessoa de bem
Porque me ensinaram que se deve respeitar um morto, hesitei antes de escrever este post.
A verdade é que não tenho qualquer respeito por António Borges e pela sua «obra». Sobretudo, não considero que António Borges tenha sido uma pessoa de bem. Quem vem defender a diminuição de salários no auge de uma crise que criou milhões de pobres e de famintos não pode ser uma pessoa de bem.
Portugal perdeu muito, nos últimos dias, com a morte de 3 bombeiros. Esses, sim, deram a vida pelo país. Com a morte de António Borges, Portugal nada perdeu. Pelo contrário, ganhou.
E mais não direi porque, apesar de tudo, foi um ser humano que morreu. Mesmo sendo o ser humano que era.
A Contagem dos Corpos
Custa-me ver portugueses a alegrar-se com a perda de outro português, António Borges, com valor reconhecido internacionalmente, apenas porque viveu as suas convicções a fundo, sem o cínico diplomatismo dos que deslizam no grande trânsito existencial sempre de bem com Deus e com o Diabo.
E em que é que Borges acreditava? Numa sociedade de mérito, na livre concorrência, com uma pitada de darwinismo económico, por oposição ao assistencialismo estatista-socialista alargado, bastante corrupto e decadente, o qual, depois de minar o autonomismo individual e a responsabilidade pessoal, tarde ou cedo, conduz os países à falência.
Então por que fazem festa e atiram foguetes os que, conotados com uma certa Esquerda Primária e Imbecil, se habituaram à contagem festiva de cadáveres adversários?! Vingança? Mas adianta? No limite, não haverá aí, caríssimos camaradas, uma base humanística mínima, sem Esquerda e sem Direita, sem Liberalismo nem Socialismo, que jamais celebre a morte de um adversário ideológico?!
Que os presos políticos e os mortos políticos de Fidel Castro vos perdoem, se puderem. Eu perdoo-vos a sanha perdulária de ir matar os que já morreram.
A morte é como o sabão*
Depois da morte de António Borges, e do que já foi escrito aqui e que subscrevo, publico um artigo sobre a morte e José Hermano Saraiva, que se aplica a António Borges. Que a terra lhes seja pesada. [Read more…]
Pena
É cada vez mais o que sinto do Presidente de alguns Portugueses. Morrem três bombeiros (pelo menos) e sua excelência continua de férias. Morre um dos carrascos do nosso presente e sua excelência vem lamentar a sua morte. Tenho pena de um país que tem um presidente assim.
António Borges escapou-se
Fico sempre triste quando morre um homem da Goldman Sachs e recordo logo Simon Wiesenthal e a sua luta de aranha estendendo e esperando o nazi na teia antes que a natureza ou um acidente chegasse.
Estes também terão o seu tribunal de Nurembergue, a guerra lá chegará, e também um Simon que, implacável e metódico, os perseguirá até aos confins do Oriente. Sem justiça a morte não é a mesma coisa. António Borges não aguentou, dommage.
Passos Coelho a Nobel da Economia?
Muito se tem dito, e escrito, acerca das opções de política financeira e económica do 1º ministro Passos Coelho, alguns elogiando outros denegrindo. A meu ver, todos estão errados.
É comum, entre as mentes menos esclarecidas, aceitar de forma acrítica ou rejeitar sem fundamento, as teorias verdadeiramente revolucionárias e que representam um vigoroso salto em frente no pensamento e conhecimento humanos. E Passos está a ser vítima desse tipo de inércia característico das pessoas vulgares. Vejamos mais detalhadamente as razões que me assistem na formulação de tão categórica asserção.
Começo por esclarecer os mais cépticos sobre as razões que me têm tolhido o verbo na análise dos aspectos macro-económicos da crise que afecta a zona Euro, em particular, e a União Europeia, em geral. Tal facto deriva apenas do “encolhimento”dos meus rendimentos – assoberbado pelas necessidades do dia a dia, as minhas atenções têm recaído sobre questões cada vez mais pequenas, isto é, micro económicas, como a renda da casa, a alimentação, a conta da farmácia, etc.. [Read more…]
António Borges, o economista de puro sangue lusitano
António Borges, economista de puro sangue lusitano, portuense com raízes em Alter do Chão, é figura de que os jornais se servem, ao mesmo ritmo, que a capa da ‘Playboy’ nos lança as provocações corporais das Irinas, Alines, Vanessas, Tamaras, e de outras frutas, oriundas dos quatro cantos do mundo. Há, todavia, uma diferença de tratamento . Elas variam, ao passo que o Borges é único e insubstituível.
A ideia com que fico é de, à míngua de acontecimentos para noticiar e ao excesso de espaço disponível, Borges é um daqueles que está sempre à mão e dá jeito usar a qualquer redacção e editor. Hoje, foi a vez do ‘Público’ que, entre outras qualificações, lhe chama ‘economista controverso’. Ignoro se se trata de linguagem codificada e controverso, neste caso, significa ‘cretino, descarado e bem na vida’.
Traga-se à memória este artigo, na coluna ‘É preciso topete’, de Paulo Gaião, no ‘Expresso’, criticando declarações controversas (ou cretinas), das quais damos os seguintes exemplos:
Há que estender a passadeira vermelha aos dislates do Borges, conselheiro do governo de Passos Coelho, em acumulação com a função de vendedor das jóias da coroa (TAP, Correios e Águas de Portugal). Quando tudo estiver vendido, entraremos no paraíso montados num puro sangue lusitano. Cretinos mesmo!
Não Aguento 24 Horas de Indignação
Tenho sido um indignado crónico, especialmente a partir de 2005. Não me perguntem porquê. Foi um flash negro, uma impressão fortíssima de aviltamento, uma sensação de traído da Política, de espectador impotente de uma desgraça anunciada, apesar da palavra longa e afiada que passei a desembainhar no Palavrossavrvs Rex. O facto de testemunhar o desleixo dos Partidos, todos os Partidos, para com as pessoas concretas, de ver desfilando a avidez sectária arrogante e a incúria demente com que o Partido Socialista foi poder absoluto e impudico, até ao crescendo de sofrimento social que hoje afinal se transforma no caos da agenda cacofónica de 15 de Setembro e 2 de Março, determinou me revolvessem as vísceras da mais funda abominação. Mas nada acontece. Nada acontecer em Portugal tem sido o golpe de misericórdia nas minhas energias de protesto, no meu ímpeto reformista e amoroso-revolucionário. [Read more…]
Indignação
Ando, desde que li sobre a última «pérola» eructada por antónio broche,s para escrever algo sobre o assunto.
Furiosa, danada, revoltada, usei a minha página pessoal do Facebook para o insultar livremente e sem qualquer tipo de pudor, mesmo sabendo que alguns dos meus «amigos» são meus antigos alunos e actuais formandas ou familiares já com alguma idade e pouco habituados a palavrões.
Mas até agora não encontrei palavras para mostrar a minha indignação aqui. Sei que o assunto já foi por cá abordado, mas preciso, ainda assim, de reflectir sobre isto. Sobre o significado de tamanha pouca vergonha.
Sendo, desde que me conheço, defensora dos direitos de todos (ou de quase todos, que neste momento não reconheço grandes direitos a certas «mentes-com-quantos-dentes-tens brilhantes»), as declarações do dito cujo, de quem não se espera nada de útil, calaram fundo na minha alma. Senti ondas de revolta, senti uma fúria pouco habitual. Se aquele ser ignominioso estivesse perto de mim, acho que seria desta que eu, uma pessoa pacífica, pacifista e pacificadora, apertaria o gasganete a alguém, tirando-lhe a tosse sem dó nem piedade.
Pensar sequer na hipótese de cortar no salário de quem ganha a côdea de 485 euros mensais com o pretexto de que assim se diminuiria o desemprego é uma ideia tão absurda que, sinceramente, não sei como a apelidar. E isto vindo de quem ganha o que ganha por ser Conselheiro do Governo.
Cada vez são maiores e mais frequentes os insultos que estes fulanos fazem ao povo que lhes paga os salários, as casas, os carros, as mordomias. Já não há decoro ou respeito. Acham-se no direito de tudo dizer, de verbalizar todo o lixo que lhes passa pelas mentes enegrecidas com tanto pensamento inútil. [Read more…]
Uma perguntinha
Estava eu aqui, sossegadinha, a escrever um post e fui repentinamente assolada por uma dúvida. Será que o António passa factura pelos broches que faz ao governo? Suspeito que não, já que o trabalho sexual não é legalizado…
O Consiglieri
O Consiglieri é uma figura relevante na estrutura hierárquica da Mafia. Ele é um dos vértices do poder da famiglia, juntamente com o boss e o underboss. Este tipo de organização reproduz-se noutras instâncias de poder. Mas estou a divagar. Que terá isto a ver com a notícia do dia, o conselho do António Borgia, perdão, Borges, de diminuição generalizada de salários, já retomado publicamente por Passos Coelho e Gaspar? Sim, que terá? Porca miseria! Mascalzoni!
Governo luta para baixar o desemprego
E, ao mesmo tempo, ainda melhora a média dos salários nacionais. Só boas notícias.
Mescalina
depois de 2014 o país vai iniciar uma tendência de «crescimento forte» que pode traduzir-se em PIBs que engordam «4 ou 5 por cento» ao ano.
Querem ver que o homem não tem espelhos em casa
“FMI livrou-se de António Borges porque não estava à altura do trabalho” (RR)
Borges, o economista
Faz-me lembrar um padre a dar conselhos de intimidade a um casal. Quem empresa já ele geriu?
Cromos deprimentes
“Somos mesmo uns tipos com azar. No meio de 6 milhões não conseguimos ter uma liderança competente.” – esta é uma reflexão muitas vezes feita nos corredores vermelhos da Catedral.
E hoje dei por mim a pensar que esta angústia reflexiva se estendeu ao país e ao (des)governo.
São comportamentos e comentários que se sucedem uns atrás dos outros e que são exemplo de uma grande desorientação:
– o curso do Relvas,
– a cigarra do Miguel,
– as pieguices do Pedro,
– os ignorantes do Borges.
Quase apetecia perguntar, quem é o cromo que se segue?
Passos trocados
Diz a sabedoria popular que é preciso saber dançar consoante a música. Todavia, o que é popular causa enorme engulho à Extrema-Direita que está no poder. Sim, digo Extrema-Direita porque esta Direita não aceita a crítica nem a contestação, e mesmo quando recua, como na TSU, faz em amuo e com insulto, mimando os empresários de medrosos e de ignorantes. Numa exercitada arrogância, este Governo insiste em fazer o que não resulta, porque entende que não é ele quem está mal, é todo o resto do país. Para este Governo não há opiniões, pontos de vista ou alternativas: há aliados ou inimigos. E se o povo não se alia ao Governo, então é inimigo. Quem não está com o Governo está contra ele. E quem está contra o Governo não merece mais do que ser tratado de medroso ou ignorante, ou da sua condição de desempregado ser considerada como zona de conforto, ou de lhe ser apontada a emigração como futuro. Porque o Governo teima em querer dançar contra a banda, em ignorar a música da orquestra e insiste numa desconcertante coreografia de má execução orçamental, de falhanço retumbante de combate ao défice, de ausência de modelo económico adequado à realidade do país, de total ausência de medidas criadoras de emprego, de empobrecimento da classe média, etc. E faz tudo isto com passos de quem quer crescimento económico, com uma população com cada vez menos dinheiro para gastar; de quem quer a reconversão das empresas para a exportação sem apresentar caminhos, como se, por exemplo, a construção civil – grande base de emprego em Portugal – passasse, por magia, a produzir caravanas, rulotes, atrelados ou tendas de campismo ao invés de apartamentos ou moradias; de quem quer que as empresas sejam financiadas, mas sem obrigar a banca retirá-las da asfixia de falta de liquidez em que a esmagadora maioria se encontra, antes pondo os trabalhadores a financiar os patrões. Esta Direita de passos trocados, insiste na sua dança porque acha que a orquestra toda é que está errada e que os demais que dançam no baile e com quem colide, também. Todos estão errados, menos ela. E o pior é que não pensa nem age assim por mero capricho, é mesmo por convicção. E é isso que a torna verdadeiramente perigosa.
As mentiras de António Borges
Da utilidade de António Borges
João Miranda para justificar o mentecapto já admite que o default vem aí. Dentro de 2 ou 3 anos, o sonho de arrasar com tudo antes ainda não lhe passou.
António Borges completamente bêbado
Muita coisa poderia ser dita sobre este discurso de António Borges, o mentecapto. Mas como mentecapto é o registo mais educado que arranjo, fiquemos por aqui.
Não deixem de observar a pose, a geometria dos braços, os trejeitos do focinho, a coreografia das patas superiores. Este animal quando se levantou não fazia o 4. Espero que seja apanhado a conduzir assim e levado a tribunal. Por muito menos já vi gente (ok, humanos, é outra espécie animal) a entrar em coma alcoólico.
O António Borges arranjou uma erva da boa
Se tivesse personalidade era dupla
António Borges, o privatizador-mor, quer
um novo modelo económico, com menos Estado e maior concorrência entre as empresas
Carta do Canadá: Portugal desamparado
Com a lentidão meditativa a que obrigam as informações importantes, acabo de ler uma obra de Marc Roche que, nestes tempos incertos de Pátria e Europa, todos devíamos ler: O BANCO – Como o Goldman Sachs Dirige o Mundo. Ficamos a saber que, de forma secreta, praticamente de seita, laboriosamente, persistentemente, ao longo dos anos, o Banco Goldman Sachs adquiriu a configuração de um polvo monstruoso, cujos tentáculos, sob a forma de homens de mão, está infiltrado em toda a parte. Objectivo: empobrecer países mal governados e passar o seu património para o capital selvagem e sem pátria. Tudo isto o autor denuncia com grande pormenor e acervo de provas.
Na União Europeia, os homens principais do Goldman Sachs são Mario Draghi (presidente do BCE) e Mario Monti (primeiro ministro de Itália). O autor descreve, ao pormenor, as golpadas do banco sobre a Grécia, com a colaboração de governos da direita e da esquerda, para grande proveito e regozijo dos banqueiros alemães.
Em Portugal, segundo Marc Roche, os tentáculos do Goldman Sachs são António Borges, Carlos Moedas e, de forma sonsa, Victor Gaspar. Todos os figurantes da coisa pública que com eles colaboram servilmente, são a repetição gananciosa e sem escrúpulos dos que, em 1580, entregaram Portugal à Espanha a troco de fortunas e títulos. Toda uma elite negativa e traidora que,ontem como hoje, cabe no grito desesperado de Almada-Negreiros: “maquereaux da Pátria que vos pariu ingénuos / e vos amortalha infames”. [Read more…]
RTP 2 fechada
O Governo dá um tiro à RTP 2 e talvez o faça também com a Antena 3.
António Borges disse: “É um serviço que custa extraordinariamente caro para uma audiência muitíssimo limitada.”
Lembrei-me agora do fim do Acontece com o Carlos Pinto Coelho em 2003… Morais Sarmento disse algo semelhante. O programa Acontece “chegou a ser o mais antigo jornal cultural da Europa e acabou depois de uma polémica com o ministro Morais Sarmento que afirmou que seria mais compensador oferecer uma volta ao Mundo a cada espectador”. Que coisa estúpida e triste de se dizer. A mim não me foi dada nenhuma viagem!
É mais um tiro que se dá na Cultura em Portugal. Já estamos sem ministério e agora mais esta machadada.
Aquela «audiência muitíssimo limitada» torna-se cada vez mais reduzida à medida que se vão tomando decisões políticas como esta.
O Governo terá com certeza outras alternativas mais «atraentes» e com qualidade…
Privatizar é o que está a dar.
António Borges falou e disse
Azares de Verão: ouvir da boca de Marcelo Rebelo de Sousa que a entrevista de António Goldman Borges Sachs é a melhor defesa feita do governo ainda em funções.
Elogio mais subtilmente homicida não há. Nem é por ali estar todo um outro programa, de canalhice puramente sexual ao sabor das elites. Tinha lido a coisa, sublinhado umas citações, pensando comentá-las. Depois de em directo na TVI o herdeiro de Baltazar executar a vítima, arrastando mais onze ministros atrás, fico-me pelas citações e pouco mais. A rigor, foi mesmo suicídio, façam o vosso julgamento:
- “convém lembrar que, em Portugal, nos últimos anos, subiram-se os ordenados da função pública muito mais do que no sector privado.” – erro do jornalista, ele disse nos últimos anos do século passado.
- “No final deste ano, a nossa conta corrente com o estrangeiro já estará equilibrada” – António, o desequilibrado mental.
- “As pessoas começaram a poupar mais, em particular em artigos de luxo, automóveis.” – é mesmo por isso que a Mercedes, perdão, a Peugeot quer fechar uma fábrica. [Read more…]
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