e Élsio Menau foi absolvido. Que bem empregues que estes recursos públicos foram. Haja dinheiro!
De pernas para o ar
Os dias que desembocaram no 5 de Outubro de 2012 foram um verdadeiro fim de festa, com acontecimentos e pormenores que por muito tempo ficarão na memória do povo.
Começou com António Borges, um homem de mão do Goldman Sachs, a passar rodas de “ignorantes” aos empresários, com a desfaçatez de quem considera Miguel de Vasconcelos um menino de coro se comparado com a sua pessoa. Logo depois Victor Gaspar anunciou medidas de austeridade tais que pulverizam a classe média e empurram Portugal para o abismo. E fê-lo raivosamente, como quem atira pedras aos governados, a dar-se ares de pimpão, respaldado pelo Moedas do Goldman Sachs. Logo depois, no debate parlamentar, quando um deputado do PC lia a carta do líder do CDS aos seus militantes condenando a austeridade excessiva, Passos Coelho e Relvas, ao lado de um Paulo Portas calado e cabisbaixo, e de um Álvaro amarrotado como um papel sem préstimo, riam-se sem pudor nem maneiras. Foi uma cena de inacreditável baixeza. [Read more…]
Oportunismo
Com Portugal empolgado por uma bandeira ter sido hasteada tal como estamos, António Costa em bicos de pés diz: fui eu.
Mapa de Portugal
Às armas, às armas!
Sobre a terra, sobre o mar,
Às armas, às armas!
Pela Pátria lutar
Contra os canhões marchar, marchar!
Agora vou verter uma lágrima, antes que chova.
8 de maio de 1945: a guerra acabou na Europa
Escolho esta fotografia de Yevgeny Khaldei, intitulada O Hastear da Bandeira Soviética nos Telhados do Reichstag para ilustrar o dia por várias razões. A sua beleza plástica é indiscutível, não tenho pachora para o mito cinematográfico de ocultar que a guerra se decidiu a leste e a sua batalha decisiva foi a de Kursk e também porque demonstra como antes antes do photoshop já se retocavam imagens.
Esta é a versão original. Após o corte publico a retocada. Descubra as diferenças… [Read more…]
história sintética da República do Chile
…retirado do capítulo 4 do meu livro o crescimento das crianças…
As crianças crescem á medida que a memória social impinge a memória individual, isto é, a criança é o resultado do saber acumulado cronologicamente no tempo. No tempo em que a criança vive e no que os ancestrais andaram a viver, perto ou longe do tempo da criança. O saber é contínuo, embora conjuntural nas suas mudanças. O processo educativo que resulta da interacção de um mesmo povo, através da História, ou com outros povos através, também, da Historia, é o que faz o que eu sou.
A racionalidade da criança, indivíduo com uma epistemologia acumulada, é diferente da racionalidade cognitiva do adulto. O entendimento é diferente. As várias gerações que vivem dentro do mesmo tempo, têm experiências diversificadas, quer pelo ciclo, quer pelo tempo que a pessoa leva na História do seu ser social. Experiências que são emotivas, mas orientadas pela razão, porque a criança observa para calcular, e calcula.
Comparar três povos de diferentes línguas e experiências, não é simples, mas é um desafio interessante para quem trabalha os dados do quotidiano. Um quotidiano,
Bandeira chilena, símbolo da solidariedade
“Comencé a excavar por mis cosas, vi la bandera y la mostré sin intención”
Bruno Sandoval, artesano, sostiene una ajada bandera chilena en Pelluhue. Se transformó en un ícono del maremoto que afectó la zona centro-sur de Chile.
por Andrés López, Constitución – 04/03/2010 – 07:10
O porta bandeira
Um dia, no velho estádio da Luz, fiquei no terceiro anel no meio da rapaziada do Porto. Gente porreira, o terceiro anel era alto como tudo, rapidamente arranjei por ali umas amizades que isto de gente do norte é tudo mais fácil quando se trata de camaradagem.
Como é de bom tom, o grupo de adeptos que tinha descido à capital reunia à volta de uma enorme bandeira do Futebol Clube do Porto, empunhada por um chefe de família que dava toda a ideia de ser o gajo que nos jogos de futebol de rua jogava onde não havia mais ninguém. E a bandeira era muito grande, pela conversa era filha da emoção e do entusiasmo do porta-bandeira e com ela nas mãos ninguém via o jogo.
Estava pois entregue a bandeira a quem de direito, e vá de gritar alto e cantar que o jogo está a começar. E cá o "mangas" ali estava a equilibrar a alegria, o entusiasmo e as manifestações, pelo que me ía sobrando tempo para apreciar o que se desenrolava ali bem perto de mim, com manifesto interesse para a "postura" (como não se dizia na altura) do nosso porta-bandeira.
O homem, mal começado o jogo, começou a dar mostras de não aguentar a bandeira, a princípio ainda pensei que fosse do peso, com o vento a dar-lhe pesava um bocado, mas a situação degradava-se rapidamente, a bandeira cada vez descia mais, e o pobre do homem começou a pedir ajuda aos companheiros, que não, que a não trouxesse, bem o avisaram que transportar uma bandeira daquelas era um frete de não poder mais, e era tão grande que não cabia em lugar nenhum.
E o homem cada vez mais aflito, que o árbitro era um ladrão, já sabia que ia ser assim, e os outros a dizerem-lhe, não olhes, se não és capaz não olhes e o homem cada vez mais de esguelha para o jogo, começou a pedir-me para lhe relatar o jogo, onde é que a bola andava, perto da "nossa" área?, com uma ansiedade cada vez maior, e eu a não saber o que fazer, ninguem se mexia, tal era a multidão, não havia por onde fugir, nem lugar havia para deitar a bandeira, queriam lá saber da ansiedade do porta bandeira, que agora já estava segura a quatro mãos, e eu sem saber se seria melhor tornar-me um garboso porta-bandeira ou não conseguir ver o jogo.
Optei por ver o jogo, e saber por experiência própria quanto de amor clubístico é preciso para aguentar noventa minutos com uma grande bandeira desfraldada ao vento!
PS: Ao Carlos Loures, grande benfiquista, e ao Fernando M Sá, grande portista, um e outro do melhor que há.
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