Eu, tu e o Tejo

Eu,Tu e o Tejo

Belver

SOFLUSA Totalmente Parada – Grande Vitória dos Trabalhadores

NEM UM BARCO BULIA NA QUIETA MELANCOLIA DAS ÁGUAS CALMAS DO TEJO
Zangados com o Plano Estratégico dos Transportes, os trabalhadores da Soflusa fizeram greve. Pararam!
No rio, os barcos balouçam calmamente ao sabor das águas.
Nas margens os trabalhadores, os outros que não os da Soflusa, com os terminais encerrados por questões de segurança, desesperam e tentam arranjar, uma vez mais, maneira de chegarem a horas aos seus trabalhos, ou, na pior das hipóteses, maneira de lá chegarem nem que cheguem atrasados. Todos sabem que na parte da tarde, quando tentarem regressar a casa vindos dos seus trabalhos, se vai repetir a mesma situação. Felizmente a Trantejo não paralisou, mas se o tivesse feito não seria a primeira vez que se viam a braços com nenhuma alternativa. Sabem no entanto, estes trabalhadores que não são os da soflusa, que se todos conseguirem chegar a horas aos seus empregos, fica provado que os barcos da Soflusa poderão não ser precisos para nada (modo de falar) e que, a fusão proposta no Plano Estratégico, com supressão de algumas carreiras é mais do que justificada, mesmo à custa de mais algum sacrifício das gentes do Barreiro.
Por sua vez, os trabalhadores, estes que são da Soflusa, exultam com a qualidade e com a intensidade dos seus protestos. Venceram e continuarão a vencer. Pararam os barcos que fazem o transportes de passageiros, trabalhadores como eles, e entendem que fizeram muito bem.
É com esta grande vitória dos trabalhadores que se construirá um Portugal melhor, mais digno, próspero e solidário.

Jorge Coelho perdeu? Abre-se novo concurso!

O concurso da ligação do TGV, Lisboa – Poceirão que inclui a terceira ponte sobre o Tejo anda envolvido em polémica logo que se soube que o agrupamento de empresas liderado pelos espanhóis da FCC tinham apresentado um valor muito inferior ao apresentado pelos dois outros concorrentes.

Com efeito a FCC apresentou um preço de 1870 milhões de euros, a Altavia de 2190 milhões de euros e o Elos de 2310 milhões de euros. Desde logo a Altavia da Motta -Engil colocou a questão de que o preço do concorrente estaria deflaccionado insinuando mesmo questões técnicas de segurança. Acontece que a equipa técnica que lidera o projecto com melhor preço é de um reputado engenheiro e catedrático da FEUP, Adão da Fonseca o que só por si dá todas as garantias.

Sete meses depois da abertura do concurso, tudo se conjuga para que o Estado, mudando os pessupostos , encontre razões para anular o concurso e lance novo concurso assim indo ao encontro das pretensões da Motta – Engil! Claro que tudo isto poderá vir a desaguar num preço muito superior agora que todos os concorrentes conhecem os preços apresentados.

Afinal, bem sabemos que a especialidade da Motta-Engil são as obras por ajuste directo!

O altar do Papa até pode ser de ouro…


via Braganza Mothers

Que eles, os católicos, gostam dessas coisas.
Pode ser do ouro nazi, pode ser do ouro que quiserem. Desde que não tenha de ser eu, como contribuinte, a pagar.

Lusitana gente

 

Este texto não é meu, é de um grande amigo meu, Dr. José Maria Soares, oftalmologista, que gentilmente mo enviou. Espero que não levem a mal o facto de eu aqui o colocar, mas achei que tinha piada e oportunidade.

Lusitana gente

 Deu-me hoje para pensar no título camoniano deste artigo, e também no porquê de através dos séculos nos considerarmos descendentes destes aguerridos habitantes da península ibérica. Quanto a mim, nada de mais falso impregna esta descendência.

No tempo da moca e do silex passaram por cá os iberos seguidos pelos os celtas, já mais civilizados, que os venceram, e aos quais se associaram sob o nome de celtiberos.

 Dado estarem no fim do continente europeu, os vencidos não poderiam deslocar-se mais para ocidente. Ou eram exterminados ou se juntavam aos vencedores, debaixo das condições por estes impostas. Seguiram-se os lusitanos que ocuparam uma faixa de território que ia um pouco acima do Douro, se prolongava até Évora (?), abaixo do Tejo e se continuava pelo que é hoje território espanhol: Andaluzia e Castela. [Read more…]