Antes de terminar o concurso escrevemos o que tínhamos a dizer sobre o Prémio Blogs do Ano. Obrigado aos que apoiaram o Aventar e parabéns aos vencedores.

Gala Blogs do Ano
Expor ao vento. Arejar. Segurar pelas ventas. Farejar, pressentir, suspeitar. Chegar.
Antes de terminar o concurso escrevemos o que tínhamos a dizer sobre o Prémio Blogs do Ano. Obrigado aos que apoiaram o Aventar e parabéns aos vencedores.
Gala Blogs do Ano
Terminou a votação | Conhecer o Aventar
Os resultados serão anunciados a 27/10/2016. Ver também: todos os posts sobre o concurso.
Termina amanhã a votação do público na primeira edição do concurso “Blogs do ano”, pelo que é uma boa altura para se fazer um balanço, antes de serem conhecidos os respectivos resultados.
Existem muitas formas diferentes de corrosão. Às vezes podem ser belas formações, parecendo flores que vemos no dia-a-dia, mas apenas se referem uma situação – a morte do material. Foto: Maido Merisalu. Detalhes da competição.
1. A comunicação social referiu-se abundantemente a um documento produzido pelo Conselho Nacional de Educação (CNE) sobre o problema das reprovações (“retenções” na novilíngua vigente). O tratamento jornalístico glosou os aspectos mais susceptíveis de chamar a atenção do grande público, tirando conclusões que não estão no documento ou dando uma interpretação descontextualizada a recomendações feitas. É o caso do custo das reprovações. Alguém multiplicou o número de “retidos” anualmente (150.000) por 4.000 euros (custo médio atribuído por aluno) para concluir que as ditas reprovações significam a perda de 600 milhões de euros. Ora é bom de ver que o custo de funcionamento das turmas pelas quais estão dispersos os alunos que reprovam não se altera por eles reprovarem no final do ano, num sistema de ensino com obrigatoriedade de permanência até aos 18 anos. É de outra natureza o prejuízo e as contas não se fazem assim. Mas a imprecisão foi amplamente propalada. E é o caso de se ter passado implicitamente a mensagem de o CNE sugerir transições administrativas, coisa que o documento não defende. Tudo, talvez, porque a narrativa da análise do CNE é descuidada, a linguagem pouco clara e as ideias se contradizem por vezes. [Read more…]
Entre a classe docente a discussão vai intensa e nem sempre com os melhores argumentos. Parece-me aliás que o vEXAME é mesmo uma questão que pode vir a ficar na história da luta da classe, pelas singularidades que encerra. Escrevi há uns dias que
Há muitas dúvidas sobre o enquadramento legal que a sustenta e por isso faz todo o sentido a dimensão jurídica que os sindicatos decidiram desenvolver (…) Parece-me também que a luta não se fará, no dia 18, através da falta dos avaliados. Esses, na minha opinião, têm mesmo que ir realizar a prova porque não acredito em lutas globais. Quem, no dia 18 (ou num outro qualquer dia), tem que se chegar à frente são os docentes dos quadros.
E suporto esta última ideia na experiência dos últimos anos:
– Quantos de “nós” (muitos agora obrigados a fazer a prova!) correram a entregar objectivos quando se pediu à classe que não o fizesse? Quantos de “nós” se candidataram aos Conselhos Gerais quando a indicação era para que os professores ficassem de fora?
Isto é, nos dois momentos em que os SINDICATOS, unidos, pediram a casa UM de nós que fizesse a sua parte, FALHÁMOS! [Read more…]
Segundo o Sindicato dos Professores da Madeira (FENPROF) a coisa tem que ser suspensa.
Ou não!
Eu explico.
No sábado passado mais de quarenta mil professores ( somos cerca de 100 mil hoje nas escolas) estiveram nas ruas de Lisboa. Foi consensual entre todos que a média etária dos presentes se aproximava mais dos limites superiores do que dos limites inferiores.
Não é estranha a essa situação a instabilidade que o famoso relatório do FMI colocou em todos os docentes – afinal são uns largos milhares os que têm a porta da rua aberta.
Assim é quase impossível encontrar uma explicação para o concurso extraordinário – como é que o governo abre um concurso para vincular professores aos quadros, quando está a pensar despedir os que já estão nos quadros?
Claro que os professores mais novos, até porque estando desempregados, não lhes falta tempo, olham apenas para a folha que está à frente do nariz e sem ver a floresta toda não irão entender o que está em cima da mesa. [Read more…]
Ora digam lá se não anda tudo maluco.
Ouviram ou não ouviram como eu, ou antes, leram ou não leram, que o Governo, a TROIKA ou seja lá quem for quer despedir professores?
Pois então, hoje foi publicada em Diário da República uma portaria que fixa as vagas para o concurso extraordinário de professores, isto é, as vagas a que os professores contratados poderão concorrer para tentarem entrar nos quadros (ficarem efectivos).
Se a referência do MEC para a definição destas vagas foram as necessidades das escolas de docentes contratados, então este trabalho deve ter sido feito pelo Espanhol do FMI.
Será que esta portaria vai fazer com que mais gente acorde?
Parece mentira e se calhar até é, mas enquanto se brinca às negociações alguns andam distraídos e a coisa fica mais folgada. Do ponto de vista político faz tanto sentido Nuno Crato meter professores nos quadros na actual conjuntura como o som de uma bateria num funeral (confesso que não gosto muito da expressão viola num enterro e à falta de melhor, foi da bateria que me lembrei. Também é verdade que alguém tinha que fugir da regra dos Aventadores e escrever mal, mas enfim…).
A proposta do MEC é apenas uma proposta de normativo legal para um concurso, ou seja, o MEC está apenas a negociar quem é que pode bater à porta para efectivar. Falta dizer quando e como vai abrir a porta e, mais importante ainda, quem vai poder passar por essa porta.
O concurso pode ter as regras mais fantásticas, pode permitir a milhares (muitos, talvez 50 mil!) a apresentação a concurso, mas se não existirem vagas, para que serve o concurso?
Assim, se Nuno Crato não se quer ficar apenas pelas aparências tem que, no decurso da negociação, apresentar dois números:
– as vagas disponíveis por grupo disciplinar;
– os candidatos em condições de concorrerem a essas vagas.
Sem isto, a negociação é uma mentira!
Há por aí uma lei da vida de um tal de Murphy que diz qualquer coisa como ” Quando uma coisa tem que correr mal, vai mesmo correr mal”.
Crato merecia esta confusão! Sim, já estou na fase do quanto pior melhor!
O que estes boys estão a fazer à classe num ano é algo que se aproxima do reinado de quem sabemos, mas temos até medo de falar. Mas o monstro acordou e não vai dar para parar…
Esta semana mais de 50 mil almas têm uma aplicação informática para manifestarem as suas preferências. Tem acontecido de tudo:
– mudam a lei depois do concurso ter começado;
– horas e horas a tentar aceder e nada;
– 15 minutos para guardar um número na aplicação;
– servidor em baixo depois de duas horas a meter códigos;
– limites para coisas que não estavam previstas…
Enfim, um exemplo perfeito do que não pode ser uma aplicação informática. Um exemplo ainda melhor do que não pode ser uma prática governativa. Confesso que estou surpreendido com a capacidade de Nuno Crato. Não pensei que fosse tão mau!
Sabia que era um duque num naipe sem valor, mas não estava à espera que fosse o que está a ser: um gerador de saudades da Maria de Lurdes.
Ai! Escrevi! Cruzes! Canhoto!
Vou para a rua! Às cinco em frente à DREN!
Poderá ser o que nos ofereceu o Hugo Colares Pinto? pode, o voto decide.
O Simão organizou um concurso, que tem a sua graça e faz todo o sentido.
Na categoria Outros, estamos a votos, vede, comparai, e votai.
Tentando responder a dezenas de solicitações e pedidos de esclarecimento:
Como é que foram nomeados os blogues que estão em concurso?
Nenhum blogue foi nomeado. Elaborámos uma lista com base no blogometro apenas porque se tinha de começar por algum lado, lista essa um bocado aleatória (nem considerámos alguns géneros inicialmente), e que foi apenas um ponto de partida. Depois, e até 13 de Janeiro, essa lista esteve aberta a qualquer proposta de acrescentar mais blogues. Apenas foram recusadas alguns, muito poucos, sites que de forma alguma são blogues. Isso permitiu igualmente corrigir alguns erros da própria lista. Fomos aceitando sugestões de categorias que nunca nos tinham passado pela cabeça mas que afinal tinham muitos interessados.
Porque é que esse prazo de inscrição foi tão curto?
Porque não imaginávamos um sucesso tão grande, e também porque não calculámos bem o tempo que a “notícia” demoraria para se espalhar na rede. Surgiram propostas de categorias em áreas muito diferentes das do Aventar, e no mundo dos blogues há universos paralelos e pouco ligados, o que subestimámos claramente. [Read more…]
O Paulo Guinote publica uma estória de bradar aos céus: o Município de Tavira abriu um concurso “para dirigente de um serviço de acção social em que a licenciatura de acesso exclusiva é Ciências Religiosas“. Fui ver, e o dito curso apenas é ministrado pela Universidade Católica e similares. Temos assim um concurso feito à medida (mau), exigindo uma habilitação literária que não existe em universidades públicas (péssimo) e acrescento, especulando mas não nasci ontem, a que só um católico terá acesso.
A Câmara de Tavira tem maioria PS, e o pelouro a que se refere este concurso pertence ao próprio Presidente, Jorge Botelho de seu nome. Toma nota S. Pedro, este já ganhou um lugar no teu céu.
O concurso da ligação do TGV, Lisboa – Poceirão que inclui a terceira ponte sobre o Tejo anda envolvido em polémica logo que se soube que o agrupamento de empresas liderado pelos espanhóis da FCC tinham apresentado um valor muito inferior ao apresentado pelos dois outros concorrentes.
Com efeito a FCC apresentou um preço de 1870 milhões de euros, a Altavia de 2190 milhões de euros e o Elos de 2310 milhões de euros. Desde logo a Altavia da Motta -Engil colocou a questão de que o preço do concorrente estaria deflaccionado insinuando mesmo questões técnicas de segurança. Acontece que a equipa técnica que lidera o projecto com melhor preço é de um reputado engenheiro e catedrático da FEUP, Adão da Fonseca o que só por si dá todas as garantias.
Sete meses depois da abertura do concurso, tudo se conjuga para que o Estado, mudando os pessupostos , encontre razões para anular o concurso e lance novo concurso assim indo ao encontro das pretensões da Motta – Engil! Claro que tudo isto poderá vir a desaguar num preço muito superior agora que todos os concorrentes conhecem os preços apresentados.
Afinal, bem sabemos que a especialidade da Motta-Engil são as obras por ajuste directo!
Quem é a annoying orange, entre os candidatos à liderança do PSD? Passos Coelho? Aguiar Branco? Paulo Rangel? Dá-se um sumo fresquinho a quem acertar.
Já aí está novamente a discussão entre sindicatos e ministério. Não me vou meter por aí porque as coisas podem demorar muito tempo mas acabam por ir ao sítio.
Mas esta questão da estabilidade do exercício dos professores, extravasa em muito a escola, é comum a todas as organizações e, por isso, “não vou levar reguadas”. Começo por contar um facto da minha vida profissional. Jovenzinho saiu-me a sorte grande, fui contratado para uma multinacional com capitais americanos e espanhóis, que além de me pagar bem, ensinou-me muito, fez-me viajar muito e aprender nas várias fábricas e aviários que tinha por esse mundo. [Read more…]
O custo inicial que foi fixado era de 2260 milhões entre o Poceirão e Caia, tendo sido adjudicado por 1359 milhões! Uma redução de 40%!
Onde está a mentira?
No preço inicial, para depois virem com uma notícia destas a fazerem de conta que estão a ser muito rigorosos ?
No preço adjudicado muito abaixo do razoável para depois crescer e mesmo assim, ficar abaixo da primeira estimativa?
Como é que se reduz 40% num projecto que nos dizem que está a ser trabalhado por gente muito bem paga e muito competente?
Depois vêm com explicações técnicas todas elas que, esperavamos nós, fossem as que estivessem a ser utilizadas desde o ínicio .
Ah! e o modelo de financiamento é um case-study a nível mundial ! Anda tudo de TGV a dar aulas por essa Europa fora!
Isto é uma pocilga mas a gente diverte-se muito!
Lançámos o desafio, e os nossos leitores corresponderam. Nos próximos dias iniciaremos a publicação dos textos que nos chegaram. De acordo com a regras do concurso, o vencedor será conhecido no final pelo método de adjudicação directa. Como é sabido este método ainda permite a entrada de concorrentes fora do prazo, caso alguém se sinta tardiamente inspirado.
Não perca as revelações, os segredos, os dramas, o pavor, e ria-se à vontade.
Circulam pela net versões das escutas de conversas entre Armando Vara e José Sócrates. Já falámos disso, e porque a criatividade e imaginação quando nascem são para todos propomos aos nossos leitores um desafio literário: escreva a sua transcrição.
Lançamos mais do que um desafio: um concurso. O melhor texto, apurado por critérios tipo adjudicação directa, dará ao seu autor um telemóvel abaixo do topo da gama mas fora das bases de dados da PJ: o indispensável para não ser escutado a menos que ligue para um Vara qualquer. Aí acaba o certificado de garantia.
Todos os diálogos forjados serão publicados, excepto os que violem as regras da casa.
Envie os seus textos através do nosso contacto. Cá os esperamos, avisando desde já que se aparecerem as verdadeiras transcrições não violamos o segredo de justiça – aqui no Aventar o sexo é sempre praticado por acordo entre as partes envolvidas. Data limite de entrega: 31 de Dezembro, vale o carimbo dos correios.
Como ja demos conta aqui, o Aventar está a promover o Concurso «Blogues Escolares», destinado aos professores e alunos das escolas básicas e secundárias portuguesas. Dado o interesse que a iniciativa tem despertado, aqui fica o Regulamento do Concurso:
Regulamento do Concurso «Blogues Escolares»
Abrir as turmas participantes à sua comunidade educativa;
5. Periodicamente, o Blogue Aventar destacará uma das turmas participantes através de um «post».
Há umas semanas, algures entre o Teams e o Zoom, o cronista apresentou, entre outros artigos, os New Methods for Second-language (L2) Speech Research, do Flege — e achou curiosa a serendipidade do próximo parágrafo que lhe caiu ao colo, o dos new methods do nosso querido Krugman. A serendipidade. Nada encontrareis igual àquilo. Nada. Garanto. […]
Como escreve Natalie B. Compton, “um urso fez uma pausa para uma extensa sessão fotográfica“. Onde? Em Boulder, CO, nos Estados Unidos da América.
N.B.:
Debate político entre Aventadores. A Esquerda, a Direita, e não só.
A actualidade em análise com as opiniões dos participantes no Aventar sobre a actualidade.
Debate sobre política, sociedade, actualidade, entre outros.
As músicas escolhidas pelos participantes do Aventar com espaço para entrevistas e apresentação de novas bandas, tendências e sonoridades.
Aqui reinam as palavras. Em prosa ou poesia. A obra e os autores.
Rotura? Rotura incide sobre o físico (ligamentos, canos). Ruptura, sim, diz respeito à interrupção da continuidade de uma situação. Ruptura, portanto. *Rutura não existe.
O analfabetismo tem 292 809 pessoas, enquanto no Porto há menos de 232 000 (dados de 2021).
O assunto é tão grave que até partilho um artigo do Expresso.
Amanhã, em Liège, no Reflektor, Thurston Moore Group (com Steve Shelley). Depois de amanhã, em Courtrai (Kortrijk, no original), Lee Ranaldo, com os fabulosos The Wild Classical Ensemble. Só nos falta a Kim Gordon.
Pais pedem aulas extra para compensar efeitos das greves de professores
o Novo Banco começou a dar lucro. 561 milhões em 2022. E tu, acreditas em bruxas?
Durão Barroso não é nem padre, nem conservador: é José, não é [xoˈse], pois não, não é. Irá casar-se (com alguém). Não irá casar ninguém.
no valor de 3 milhões de euros, entraram no país de forma ilegal? Então o Bolsonaro não era o campeão da honestidade?
fixou o preços dos bens essenciais, em 1980, para combater a inflação. O nosso Aníbal já era bolivariano ainda o Chávez era uma criança.
Enforcamento, ataque cardíaco e quedas de muitos andares ou lanços de escadas, eis como se “suicidam” os oligarcas na Rússia contemporânea. Em princípio foram gajos da CIA. No Kremlin são todos bons rapazes. Goodfellas.
Retirar “referências racistas” dos livros/filmes de 007? Qualquer dia, ”Twelve Years a Slave” ou “Django Unchained” serão cancelados.
Foi para isto que vim ao mundo? Estava tão bem a baloiçar num escroto qualquer, tão descansadinho.
E uma linguista chamada Emily M. Bender está preocupada com o que irá acontecer quando deixarmos de nos lembrar disto. Acrescente-se.
Foto: New York Magazine: https://nym.ag/3misKaW
Exactamente, cacofonia. Hoje, lembrei-me dos Cacophony, a banda do excelente Marty Friedman. Antes de ter ido para os Megadeth, com os quais voltou a tocar anteontem. Siga.
Oh! E não se atira ao Pepê? Porquê? Calimero, Calimero. Aquele abraço.
O que vale é que em Lisboa não falta onde alojar estudantes deslocados e a preços baratos.
Onde? No Diário da República e no Porto Canal. That is the question. Whether ‘tis nobler in the mind to suffer… OK.
Maria de Lurdes Rodrigues escreveu uma crónica intitulada “Defender a escola pública”. Em breve, uma raposa irá publicar um livro intitulado “Defender o galinheiro”
Lição n.º 1: Concentrar elementos do mesmo campo semântico. Exemplo: “Erguemos os alicerces necessários para podermos afirmar hoje, com confiança, que não começámos pelo telhado. A Habitação foi sempre uma prioridade para nós“.
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