Adesão à UE: a mentira que estamos a vender à Ucrânia

Andamos a vender uma mentira aos ucranianos. A mentira de um sonho europeu que está a anos, décadas de distância, isto se algum dia a Ucrânia reunir as condições necessárias para conseguir a adesão. A menos que a União decida ignorar as regras, o que não é bem o seu estilo. Isto se não considerarmos os resgates da economia italiana, que não se chamam bem resgates. Resgates é para PIGS como Portugal ou Grécia. Para cães grandes do G8 usa-se um eufemismo qualquer que agora não me ocorre.

O processo de adesão, que é longo, tem várias etapas e exige uma série de garantias, não será acelerado, por dramática que seja a situação na Ucrânia. Não será nem pode ser. Porque é contrário às regras europeias, porque abre um precedente perigoso e porque a Ucrânia não está perto de cumprir os necessários requisitos. E ao contrário daquilo que alguns defendem, creio que não teria qualquer impacto prático na invasão em curso. Quanto muito aumentaria a probabilidade de alargar as fronteiras da invasão e transformá-la numa guerra a sério. E aí é que iríamos ver o que é inflação.

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Pânico na redacção

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via Dentons Creative

O mundo gira hoje à velocidade das redes sociais. Podemos perder horas com os mais variados argumentos, da abolição consentida da privacidade ao perigo da propagação de factos alternativos, mas centremo-nos naquilo que é absolutamente factual: o poder das redes sociais é gigantesco e tende claramente a aumentar. As empresas precisam delas, os serviços públicos precisam delas, o desporto precisa delas, a comunicação política precisa delas e o entretenimento vive delas. E a procissão, parece-me, ainda vai no adro.

As estruturas tradicionais de poder, como em qualquer revolução, demoram a perceber o que se passa. Ou pelo menos a dar-lhe a devida importância. E quando acordam, não estão preparadas. E isso verifica-se com casos como os de vários jornalistas com nome na praça, que entraram em choque com a página d’Os truques da imprensa portuguesa e acabaram por “levar uma coça”. Ainda que em alguns casos auto-infligida. [Read more…]

Radicais instigações à agitação social

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A conceituada revista The Economist está a passar das marcas. Depois de considerar o Uruguai do perigoso José “Pepe” Mujica como país do ano, eis que surge um estudo que dá conta da entrada de Portugal (em conjunto com o Chipre e a vizinha Espanha) no grupo dos países com “elevado” risco de agitação social em 2014 – o quarto patamar em cinco possíveis.

É interessante perceber que integramos um grupo que conta também com as presenças de democracias tão distintas como o Haiti, a Etiópia ou o Paquistão. Mais interessante ainda é ver que a Portugal é atribuído um risco superior ao de países como o Ruanda, o Uganda, a Eritreia ou, imaginem, Angola. Toma lá um editorial para o edição de amanhã Jornal de Angola!

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Grécia, Portugal, Espanha

Por esta ordem. Campeões no empobrecimento rápido em 2013. Com Portugal à frente da Síria.