Dado o apoio do BE e do PCP à iniciativa do PS, é óbvio que não vamos ter referendo. O que é curioso é que, nos últimos anos, tem sido na ala Esquerda onde tem havido mais controvérsias acerca de referendos. No caso do aborto o PCP queria que fosse o Parlamento a resolver a situação, com o PS e o BE a defender a consulta popular; na Constituição Europeia, foi o PS (com o apoio do PSD, é um facto) a escusar-se ao referendo, com o PCP e o BE a defender o referendo; agora no casamento homossexual é o PCP e o BE, ao lado do PS, a obstar à pronúncia popular.
Parece-me curioso que a ala política que mais reivindica poder para o povo, que tanto apregoa a participação popular, tenha esta visão tão “conjuntural” acerca do referendo.
São as regras, não há coerência, mas são as regras. E eu não fico nada, ou fico pouco, afectado, se o casamento seguir em frente. Quem tiver melhores soluções chegue-se à frente.
Os mesmos argumentos que valeram antes devem valer agora: europa não houve referendo, qd deveria ter havido. Para a questão da IVG houve sem ser necessário… agora tanto poderia ser de um modo como de outro. Porque me parece que uma me dá mais jeito que outra, prefiro que não vá haver referendo… penso que nesse aspecto, sou como os outros, de esquerda ou de direita – escolho o que dá mais jeito.
JP
Claro! Agora o que verdadeiramente me preocupa é que os casos nos sejam apresentados como factos consumados. Como foi com o Tratado de Lisboa e como iria ser com o casamento. O melhor de tudo é discutir os problemas. Ganha a maioria…
Acho que nos deveríamos deixar de paneleirices.
Ah, grande Guilherme, o Ruivo! É assim mesmo !Não se pode mandar os gajos para o Tarrafal?