E de que lado estavam vocês em 1992?

A diferença entre a missão Lusitânia Expresso em 1992 no mar de Timor e o que agora ocorreu em águas internacionais ao largo da Faixa de Gaza é apenas a de que os indonésios souberam conter-se, os israelitas não.  E parece que os portugueses não levavam berlindes.

A diferença entre a Palestina e Timor-Leste não é nenhuma: a mesma ocupação, a mesma tentativa de fazer um povo desaparecer da face da terra.

A Fretilin também era uma organização terrorista?

A memória das pessoas é mesmo muito curta. A leitura sempre ajudava a suprir a amnésia, mas para isso era preciso saber ler, o que está logo vedado a quem nem escrever articulando ideias consegue, limitando-se a despejar o mesmo loop, dias a fio. Temos as caixas de comentários cheias disso.

Comments

  1. Frederico Mendes Paula says:

    Dois pesos e duas medidas. Nessa altura andava toda a gente danada com os Indonésios. Portugal era um país de democratas, de defensores dos oprimidos e do direito internacional. Até a comunicação social estava do lado dos mais fracos.

  2. jose pereira says:

    A diferença é que os aliados de Timor não estavam a tentar riscar a Indonésia do mapa.

  3. Nasser says:

    O choradinho sionista. São sempre as vítimas. E á conta disso cometem as maiores barbaridades.

  4. João Morais says:

    Se não estás contente com a vida mata-te pá! Tudo é mau só tu é que és bom. Não achas que estás errado? Só os pobrezinhos é que são bons, os que têm algo são uns malandros. Um país de gente pobre é que é bom. Mas eu conheço tanto “pobrezinho” mais malandro e aldrabão. Que não quer trabalhar, quer o rendimento mínimo. Engana a segurança social, o fundo de desemprego, têm casinhas dadas pela câmara, algumas em Lisboa vê lá que valem hoje milhões e eu, trabalhador, com algum rendimento fruto do meu trabalho tive que ir viver para a periferia. E depois tive uma “pobrezinha” que era puta que me ficou a dever 10 meses de renda, Gastei 1500 euros com tribunal e advogado, não recebi nada e a “pobre” ainda teve advogado pago por mim e mais contribuintes. São estes “pobres” que tu defendes? Tive um colega empregado de escritório que tinha um capacete no serviço para ir às manifs dos metarlúrgicos. São estes “trabalhadores” que tu defendes? Mata-te pá.

  5. João Morais, conhece-me de onde para me recomendar por termo à vida? É que não lembro de termos sido apresentados. Conte lá onde foi homem. E desabafe à vontade, mas já agora escolha um post sobre os problemas das casas arrendadas, devemos ter aí um ou dois à sua espera.

  6. Nasser :
    O choradinho sionista. São sempre as vítimas. E á conta disso cometem as maiores barbaridades.

    Em que mapa estava Israel antes de as suas organizações terroristas terem, com o conluio das grandes potências (tal como em Timor), riscado a Palestina do mapa?

  7. maria monteiro says:

    De que lado estava? Pois estava do lado onde ainda hoje estou… querendo podemos mudar o rumo da História, querendo podemos agarrar o lado da vida que nos leva à paz. Todos já comemos o iogurte suficiente para chegar ao bocadinho que nos faltava. Agora é não desistir. Tal como hoje, a reportagem fez-me chorar de alegria lembrando tantos e tantos que têm coragem de dizer presente enfrentando injustiças.

    Havia boicote à compra de produtos fabricados na Indonésia… a presença de Timor na Expo98 foi o reconhecimento, perante o mundo, da resistência dum povo…

    Hoje intensificam-se as excursões à Terra Santa…

  8. Nasser says:

    o meu comentário foi para #2 josé pereira. pensei que era claro

  9. Absurdos says:

    Como eu escrevi num comentário há uns dias, apelando há memória sobre este caso, a atitude da Indonésia foi inteiramente diferente da israelita, bem mais sábia face às circunstâncias.
    Mas as diferenças não terminaram aqui.
    Os portugueses não levavam berlindes, nem outros pequenos objectos mostrados pelas televisões. Não sejamos modestos!
    Os portugueses não tinham qualquer intenção de ser abordados e reagir violentamente.
    Não há registo de, entre os portugueses, haver intenções de se transformarem em mártires, deixando os testamentos preparados, como os media transmitem.
    Não me recordo – a minha memória! – de a Fretilin jurar a destruição da Indonésia.
    Se não estou demasiado confuso, Timor-Leste encontrava-se ocupada nesse momento, situação que não vejo alguém a afirmar em relação a Gaza.
    Enfim, pequenas, insignificantes diferenças.

  10. Nasser :
    o meu comentário foi para #2 josé pereira. pensei que era claro

    E foi. A minha citação é que saiu errada, coisas de ecrãs pequenos e alguma aselhice. As minhas desculpas.

  11. Nasser says:

    Absurdos!

  12. Essa conversa da destruição do estado de Israel é muito engraçada. Quem é que acabou com um processo de paz em que o governo da Palestina reconhecia o estado de Israel?
    Já agora, uma outra semelhança, embora com nomes diferentes, está nos colonatos. Colonizam território que invadiram (e estou agora a esquecer-me da História da criação do estado de Israel), e estão à espera de quê? de berlindes?
    Quanto a terem ou não os portugueses que foram no Lusitânia Expresso feito testamento antes de embarcarem, pergunte-lhes (há uma página do facebook onde pode encontrar alguns). Eu se tivesse ido tinha feito. E como se vê os testamentos foram precisos. Deixe lá o humor negro que estamos a falar de vidas humanas, a para mim conta tanto a de um árabe com a de um judeu.

  13. Absurdo says:

    O valor da vida é igual, seja qual for a etnia ou a religião professada, quanto a isso estamos de acordo.

    Sim, diga, quem é que acabou com o processo de paz em que a Autoridade Palestiniana reconhecia o Estado de Israel? Terá sido o governo democraticamente eleito do Hamas que não reconhece a existência da “entidade sionista”, e que jura a sua destruição, utilizando a sua fraseologia?

    A “conversa da destruição do estado de Israel é muito engraçada.” Acha-lhe assim tanta piada?! E o humor negro é meu??

    Os colonatos são um enorme erro, mas não vejo que tem isso a ver com uma viagem de pacifistas humanitários, estará a confundir as coisas?

    É verdade. Os testamento foram precisos, sobretudos para quem se queria converter em mártir, com o significado suicida que ganhou no Médio-Oriente muçulmano recentemente.

    E não se esqueça da história da criação de Israel. É bom conhecê-la para melhor argumentar.

    ò Nasser, sempre com argumentos brilhantes, daqueles que não deixam margem para dúvidas!

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