Na verdade, só estão de Parabéns os das fotografias. Foram os únicos que lutaram do princípio ao fim e que, pelo menos, dignificaram a camisola da Selecção.
No fim de contas, podia ter sido pior. Com um treinador sofrível, um conjunto de jogadores banalíssimo e um dito melhor do mundo completamente inexistente (como sempre na Selecção), cumprimos os mínimos. Somos maus em tudo, por que razão havíamos de ser os maiores no futebol, ainda por cima contra o Campeão Europeu?
Os crentes em S. Scolari bem podem andar todos contentinhos, mas a verdade é que neste Mundial fizemos exactamente o mesmo que no Europeu de 2008. Nem mais nem menos. Qualificação na fase de grupos (onde há dois anos se incluiu uma humilhante derrota contra a miserável Suíça por 2-0) e eliminação logo no primeiro jogo a doer.
Haverá sempre o Mundial de 2006 para comparar, claro. Um excelente quarto lugar, é verdade, mesmo tentando esquecer a copiosa derrota contra a Alemanha, as estrondosas vitórias contra esses potentados que dão pelo nome de Angola, Irão e México e o heróico festival de cacetada nos holandeses que nos permitiu chegar às meias-finais. Quanto aos jogadores, basta comparar e juntar-lhes mais quatro anos nas pernas.
Basta comparar os doze jogadores mais utilizados em cada Mundial. Em 2006, tínhamos no ataque Figo, Pauleta, um Simão Sabrosa quatro anos mais novo e um Cristiano Ronaldo muito menos inexistente do que neste Mundial (ainda não se sentia maior do que o país). No meio-campo, um Deco de luxo, acompanhado pelos excelentes Costinha e Petit. Só a defesa de 2010 é que é melhor do que a de 2006, já para não falar no inenarrável guarda-redes de há quatro anos, mas o problema deste ano não foi a defesa.
Deixem lá, quando Queirós for embora, depois do Europeu de 2012, com resultados tão brilhantes como os deste Mundial, podem sempre ir buscar S. Scolari ao Uzbequistão ou ao país exótico onde ele então estiver a treinar (por que será que nenhuma Selecção se lembrou de um treinador tão consagrado para este Mundial?)
Jorge Jesus, Jorge Jesus é que era. Podíamos não ganhar nada, mas íamos dar festival e ainda o roubávamos ao Benfica.
Bem, a partir de agora torço pela Espanha. Contra Portugal, jogou um futebol lindo. E sempre são «nuestros hermanos». Afinal, somos todos ibéricos. Quanto ao Brasil, não me diz nada – o Dunga é xunga. E a Argentina, tirando o equipamento muito bonito, também não – e sempre me agradaria ver os ataques de fúria e de má educação do toxicodependente recuperado.
ora bem vamos lá a isto, que a coisa promete.
bem escolhido o naipe. subscrevo. Só acrescentaria um destaque ao eduardo e o coentrão (o melhor).
“Somos maus em tudo, por que razão havíamos de ser os maiores no futebol, ainda por cima contra o Campeão Europeu?” Perguntas. Porque sim, respondo. Porque não? Se fossemos aplicar essa lógica a tudo o resto, então mais valia nem embarcar.
Mais uma vez o Scolari. Vamos lá esclarecer uma coisa. Por não se gostar do Queirós não signifique que se ame o Sargento. O Sargento é melhor, mas também não é grande coisa. Esclarecido. Lá os problemas com o FCP não é problema meu. Mas como se não bastasse invoca-se o nome do filho de Deus. A que propósito, pergunta-se. Eu chamaria de sectarismo, mas não posso senão alguém pode-se sentir ofendido.
Mas depois a coisa pia mais fino. Que se queira que a espanha ganhe, prontos cada um é como qual. Que não se goste do Brasil enfim (confesso a minha antipatia, mas afinal não é preciso dizer em castelhano que são nossos irmãos). Não se gosta da Argentina. É justo. Eu também torci pela holanda em 78. Mas ofender o melhor jogador de todos os tempos?! Um exemplo para todos. Alguém que desceu ao mais fundo dos fundos e ergueu-se contra tudo e contra todos. Um exemplo para todos os toxicodependentes. Enfim, vindo de quem detecta homofobia em tudo quanto mexe fica mal.
Tens razão, Miguel.
Como é que o futebol chega à homofobia é que eu não percebo. A questão é só que não temos melhor. De vez em quando aparecem, ao mesmo tempo, um naipe de jogadores acima da média, mas é às vezes. Com a carrada de jogadores brasileiros e Argentinos a tirarem o lugar aos nossos jovens, o melhor mesmo é naturalizá-los a todos. a única pena, essa sim, é que o nosso futebol era apreciado e agora é visto como um animal rastejante que anda para trás e para os lados. Aí estou de acordo!
Acho que já expliquei no Aventar, não sei exactamente onde, que balanço entre o agnosticismo e o ateísmo. Os únicos santos que pratico, quando calha, são os populares, mas só tenho crença se houver sardinha assada.
Também já disse que não sou fã de Scolari, mas ele tem os resultados a seu favor. E, já agora, a atitude, os jogadores e o futebol praticado. Tudo coisas que Queirós tem a desfavor.
E sim, a destacar uma lista é essa, com enormíssimo relevo para os dois primeiros.
é verdade com Queiroz andamos para trás e para os lados, 10 jogadores atrás da linha da bola
Coentrão … ai ai ai … pena ele ter-se esquecido que estava numa equipa Y não a jogar sozinho; pena não ter sido também consequente nas suas jogadas … só isso.