Há mais Marias na Terra…

“Se a informação partiu do Turismo de Portugal, é lamentável que surja com a indicação de uma só associação de consumidores, como se fosse a única, a do regime, a União Nacional que ao poder convém, na composição da tal comissão arbitral.
A ACOP existe, contra o desejo de alguns, para desespero de outros.
Lamenta-se, por um lado, que o snr. presidente do Turismo na rádio fale na Deco, como se fora a única associação de consumidores, ele que já esteve ligado como director-executivo à tal empresa multinacional, quando deveria mostrar imparcialidade, independência, equidistância, nos termos, aliás, do que exige a sua carta funcional.
É feio que se seja parcial. Mais feio ainda quando esta gente exerce funções de responsabilidade no seio da administração pública. Com o favorecimento das empresas do regime, como no caso.
A ACOP existe, é associação de âmbito nacional e exerce, com os meios de que dispõe, as suas actividades de forma modelar. Outros pudessem dizer o mesmo.
Sabe-se que isso não agrada à situação, mas terão de se conformar enquanto a ACOP resistir, já que as alianças pontuais levam a que se pense que seria melhor exterminá-la. A ACOP declara bem alto que não se resigna ante o actual quadro de favoritismo a que se assiste descaradamente.
Recorde-se que o Governo de Guterres, pelo actual primeiro-ministro, ao tempo ministro-adjunto, num esbanjamento execrável de dinheiros públicos, deu à Deco 208 650 000$00 para comprar a actual sede (a da Rua da Artilharia Um), já que nos não referimos à Deco-Proteste, Ld.ª, que essa tem uma sede paga pelos patrões belgas da multinacional Euroconsumer’s, S.A., ao que se julga saber, nas Olaias, como os lisboetas não ignoram.
O que a ACOP exige é um mínimo de decência. E menos discriminação.
E foi por essas e por outras, algo, aliás, por si denunciado, que um jornalista –  José António Cerejo, do PÚBLICO – acabou por ser sacrificado pela política, pela posição de verticalidade e de denúncia pública de desvios que sempre assumiu neste particular.
Haja decoro, haja decência…
A ACOP nunca recebeu do Estado ou dos municípios um cêntimo sequer de ajuda à renda de casa que paga (ou que, por vezes, tem em atraso) na sua sede em Coimbra…
Ou há moralidade ou comem todos!
A Direcção Nacional da ACOP”