2010 – Ano difícil para os Portugueses e para as Instituições representativas do Estado.
Pela 1ª vez se começou a ter consciência, embora vaga, da crise económica, social, financeira, política e cultural em que o país estava mergulhado, fruto também da mundialização, sem se conseguir atinar com um rumo definitório.
Temos um país dividido entre oposições de bota abaixo, e um Governo entediado em contradições, com medo de falar verdade aos cidadãos, muito acusado, de estar envolvido em corrupção sem nada ter ficado provado, mas com visível desgaste, sendo a corrupção uma das mais graves doenças da nossa sociedade,que urge combater em todas as frentes.
As mudanças estruturais que o país precisa, para enfrentar a globalização, que é um desafio a todo o Ocidente, e que o Governo deve empreender, têm sido adiadas, ou amaciadas, por razões de conveniência eleitoral.Acertou nas energias alternativas,e na procura de mercados emergentes, mas são alternativas que levam o seu tempo a organizar se .
Agora, é confrontado,por causa da dívida soberana , com exigências que vêm do exterior, BCE e FMI, e que as oposições aproveitam, em coligações negativas, com o fito quase exclusivo de aumentar o seu score eleitoral.
Nas autonomias regionais as motivações não são melhores. Na Madeira, depois do desastre do temporal, a que o país acorreu solidário, Alberto Jardim, continua no seu despesismo populista, com atitudes ameaçadoras que lembram o ditador da Bielo-Rússia.
Os Açores mais comedidos, também são acusados de falta de solidariedade.
Um país com muito pouca participação cidadã, sem nenhuma cultura, e pouca instrução, com patronato e sindicatos desconfiados da modernidade, muito desemprego, e muitos mal empregados, está prestes a encerrar um ciclo em que a única alternativa são as soluções da direita, que não são as necessárias. Porém ainda não foi criada uma consciência à esquerda, tal como na Europa também não aconteceu.E as nossas soluções têm de ser compaginadas a nível europeu,se quiserem ser úteis e produtivas,pois esse é o espaço em que estamos inseridos.
O problema aqui vai ser colocado logo depois das presidênciais, com uma eventual moção de censura.
Assim, avizinha–se, um 2011 muito duro, recessivo, com perigo de grandes rupturas e confrontações sociais, aliás, pré anunciadas já pela Igreja
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