Os Deolinda e os parvos da santa terrinha

Sempre achei este comentador tosco e trauliteiro. Problema dele, de quem o segue e de quem lhe paga.
Agora deu-lhe para sair do seu campo de conforto – dizer mal de políticos  cá do sítio – para chamar parvos aos Deolinda e a quem deles gosta.
É verdade que, a propósito da canção que fala em ser-se parvo, se têm escrito muitas loas e alguns exageros, como esse de se tratar do hino de uma geração.
Eu, que não tenho hino nem geração – o que se compreende se pensarmos que Sócrates ou até o plumitivo primário a quem me refiro têm, mais coisa menos coisa, uma idade aproximada da minha e que um facto desses é suficiente para acabar de vez com qualquer ideia de pertença – acho que parvo é o senhor.
Saberá ele que os Deolinda são uma banda e fazem canções? Canções, isso mesmo, como o parvo do Rui Veloso fez sobre um tal Chico Fininho, a parva da Amália sobre a casa de uma dita Mariquinhas ou outros idiotas fazem sobre temas do seu tempo, como homens que vendem castanhas, touradas, bikinis às bolinhas, cargas em contentores ou comboios a apitar? Sabe o putativo comentarista que as canções não se fazem para salvar pátrias falidas ou indigentes? Sabe que as letras – medíocres, como diz – são apenas letras e devem tanto à literatura como  a ela são devedoras as suas croniquetas comuns e repetitivas?

Quanto à Alemanha, metida a ferros no palavreado, os Deolinda, se ainda lá não tocaram, tocarão um destes dias. Já  os arrepanhados de expressões feitas coladas umas às outras de António Ribeiro Ferreira nunca aparecerão no Bild, quanto mais no Frankfurter Allgemeine Zeitung. Sobre isso não tem o dito opinador dúvidas, acha injusto mas já se conformou, alguma capacidade de análise revelará, calada lá no fundo, no fundo.

Pena, pena, é que o cronista relativo não siga os seus conselhos e não deixe ele próprio de ser parvo. Emigrar, no caso dele, também me parece uma boa ideia.

Comments

  1. Depois de ler o que ele escreveu… O dito ser é um Besta. Há que usar as palavras quando elas se ajustam. A palavra besta – que está no dicionário, não pode ficar por lá. Tem de ser aplicada quando o caso é gritante. Não é insulto. É justiça verbal.
    Já agora: Ninguém devia ir para a Alemanha. A Alemanha se quiser que funde as suas empresas cá. Esse devia ser o Braço de ferro Ibérico.
    Engrunhecer é a única coisa que um Ibérico se sujeita em paragens Norte-Europa. Os trocos a mais não compensam a má qualidade generalizada de tudo Y mais alguma coisa. Não há Kant’s nem Nietzsches na Alemanha… Há sim saudozismos IIGuerra Mundial.

  2. A letra tem a sua piada e os Deolinda igualmente têm a sua piada. O problema é que as pessoas que vivem em Portugal têm que deixar de ser “portuguesinhos”. Falam contra tudo e todos no sofá ou no café, ou, como neste caso, batem palmas a uma letra com conteúdo ligeiramente “picante” em termos revolucionários (tal como Homens da Luta, bandas de ‘hip hop’, etc.).
    A verdade é que se é para mudar “à séria” deve-se começar por não votar nos mesmos de sempre. Ou pretendem continuar com ladrões e escumalha como Mários Soares, Sócrates, Dias Loureiro (entre muitos outros) nos lugares de decisão? A sorte dos jovens que ficam encantados com o tema dos Deolinda é que, para já, os pais vão pagando as contas…
    Se isto fosse um país com P grande, já estaríamos na rua espontaneamente nem que seja num click numa qualquer rede social. O povo português, como disse um historiador, é submisso e mole. Algo que já vem da idade média.
    Procura-se comportamento mais próximo do Século XXI.

  3. Ora, Séc. XXI é só ladroagem mundo Inteiro … ainda n vivemos em realidades paralelas, mas mais parece. … Quando os país não tiverem $$ para pagar as contas, talvez sejam mais os acossados.
    Enquanto o PSD pensar que o pote de mel está quase, quase a chegar … os associados retardam o abrir a boca … ou melhor está aberta anti-Gov.
    Y assim vamos. …

    No Oriente … estamos a assistir à ascensão de 1 nova “Classe” que impacto Y voz Política: os Informáticos. IT’s

    Duvido – n tenho fé nenhuma – do perfil interventivo dos IT’s Tugas. Não nos safaremos por aí!

  4. Ora, Séc. XXI é só ladroagem mundo Inteiro … ainda n vivemos em realidades paralelas, mas mais parece. … Quando os pais não tiverem $$ para pagar as contas, talvez sejam mais os acossados.
    Enquanto o PSD pensar que o pote de mel está quase, quase a chegar … os associados retardam o abrir a boca … ou melhor está aberta anti-Gov.
    Y assim vamos. …

    No Oriente … estamos a assistir à ascensão de 1 nova “Classe” de impacto Y voz Política: os Informáticos. IT’s

    Duvido – n tenho fé nenhuma – no perfil interventivo dos IT’s Tugas. Não nos safaremos por aí!

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