solidariedade

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Bem queria eu aditar música a este ensaio, mas a máquina que uso não o permite. Pelo que experimento.

Experimento para agradecer o grande número de pessoas que me têm apoiado na escrita informática, especialmente a empresa que colabora comigo, que não vou referir por causa de propaganda, de todos eles, não resisto agradecer a quem tem a paciência de aparecer na minha casa para tratar das avarias que vão acontecendo no meu computador, Ricardo Fernandes. Como essa doce senhora que acompanha estes dissabores e ri às gargalhadas com os meus acidentes informáticos, por pura simpatia e solidariedade, como Carlos Loures, escritor e editor das minhas obras e que se ofereceu, enquanto o meu computador é tratado, a ser o meu correio e a publicar os meus textos no nosso Estrolabio e Aventar.

Ora, esta situação leva-me no conceito solidariedade, conceito que, como sabemos, foi criado por Émile Durkheim em 1893 e que, de momento, sentimos falta dela o que nos faz tremer emotiva e socialmente. Estamos em tempo de eleições legislativas e os candidatos a escanos na Assembleia da República, organismo que nos governa, trocam os debates, que verdadeiramente deveriam promover, sobre politica, economia e lucro por novas indústrias em que os dois de sempre, como diria Castelão, o santo da Galiza, os dois pretendentes ao cargo do Primeiro-ministro, têm imensas dotes. Governar esta República que, desde Afonso Henriques, tem vivido em batalhas e guerras, civis ou de palavras. Lamento que os pequenos partidos revolucionários que têm assento na Assembleia, apenas sejam capazes de falar mal dos poderosos, sem apresentar ideais e actividades alternativas na arte de governar. Desde as definições de Aristóteles, o governar é uma arte política, porque se ordena a Polis, nesses tempos havia homens que sabiam quais as leis convenientes e quais serviam para punir.

Os nossos candidatos apenas sabem da encenação do debate político, de pedir dinheiro a fundos criados para isso, mas nada tenho ouvido sobre programas estruturantes para o país. O líder, certo que vai ganhar, diz que falará dos seus projectos mas somente depois de ser eleito. O alternativo, não se cansa de falar dos seus futuros planos, com serenidade e ambição.

Mais nada digo, a imprensa está cheia de propaganda e cansa a luta política que descura o futuro material da nação

Raúl Iturra

lautaro@netcabo.pt

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