Fiquei agradavelmente surpreendido com a composição do novo governo. Há que esperar obviamente pelos secretários de Estado, para perceber o peso dos aparelhos partidários, que pode condicionar e muito, as expectativas amplamente positivas que tenho quanto aos nomes agora anunciados. Alguns críticos, certamente saudosos do ainda governo que nos deixou em estado de coma, apontam o excesso de economistas e gestores, eu diria que à partida é um facto positivo ser governado por gente que percebe o valor do dinheiro e sabe fazer contas, de malabaristas e mestres da propaganda, já tivemos em dose suficiente, com os resultados conhecidos.
Portugal tem 2 graves problemas, o peso excessivo do Estado e falta de rigor. Para resolver o primeiro é necessária vontade política do Primeiro-Ministro, mesmo que tenha de enfrentar o próprio partido, onde existe muita gente à espera que o telefone toque para ocupar um lugarzinho na administração substituindo o boy anteriormente nomeado. O facto de Vítor Gaspar e Álvaro Santos Pereira terem vindo do exterior, coloca-os em situação privilegiada para diagnosticar a situação, não é à toa que o novo ministro da Economia é um opositor declarado das PPP e TGV, que servem para arruinar as contas públicas, sem trazer benefícios ao país. De Manuel Pinho, Vieira da Silva, Mário Lino e Ca. estamos fartos, queremos gente nova, que traga ideias diferentes.
De Paulo Macedo espero rigor na Saúde, mas para isso terá que afrontar alguns interesses instalados. Saúdo a escolha de Nuno Crato na educação, alguém que sempre denunciou o eduques, a falta de rigor a mediocridade. Acredito que um aluno do 9º ano necessite algo mais que saber somar 8+8 para obter nota positiva. Ou muda o sistema, ou muda o ministro, mas a educação é prioritária para desenvolver o país a prazo, não poderemos continuar a formar medíocres, nem é a comprar guerras com professores que se resolvem os problemas do sector. Alguma curiosidade em relação a Assunção Cristas nomeadamente na agricultura, de Paula Teixeira da Cruz espero rigor que tem faltado para reformar toda a Justiça. Francisco José Viegas na Cultura, é um nome que me agrada. Por fim concordo em absoluto com a colocação de todas as polícias sob a mesma tutela. A todos o benefício da dúvida, cá estaremos para avaliar em concreto, aquilo que realmente interessa as políticas, por agora tudo são meras suposições e expectativas…
Tenho lido e ouvido “n” vezes “sabios” nacionais dizer que alguns dos Membros do actual governo não tem experiência politica/governativa. E’ um facto. Ponto final.
Mas como e’ que eles ganham experiência? Ao lado dos “experientes” que conduzirem o Pais ao descalabro? Oh não !
Na situação em que o Pais se encontra dou mais rápido o beneficio da duvida aos inexperientes do que aos experientes em incompetência..
Os experientes trouxeram-nos ao presente! Tal não invalida que possa fazer oposição a algumas medidas do governo, mas aplico sempre por princípio o benefício da dúvida….