O projecto Desumanizar a Escola prossegue a todo o vapor. Numa confirmação de que só mudam as moscas, o Ministério da Educação, respeitando o ADN socrático-passista, voltou a tomar medidas com base em dois critérios fundamentais: alteração das regras a meio do jogo e falta de respeito pelos alunos e encarregados de educação.
Quando já estão decorridos dois terços do ano lectivo, fica-se a saber que os alunos com necessidades educativas especiais não terão direito a fazer exames adaptados às deficiências que possuem, sendo obrigados, no 6º ano, a realizar as mesmas provas, apesar de terem tido um currículo diferente e de estarem a contar, desde o início do ano, com o já referido exame adaptado.
Nada de novo: o nacional-caceteteirismo que nos governa há alguns anos, seguindo a ideologia antipieguista primária, não quer saber das especificidades dos cidadãos, sobretudo se tiverem problemas acrescidos.
O Ensino Especial tem sido progressivamente sujeito a um esvaziamento desumano, porque, para os economizadores com pasta ministerial, só interessa poupar dinheiro e não gastar em solidariedade. É preciso juntar para o BPN ou para pagar aos gestores sérios e competentes.
A propósito deste tema, leia-se este testemunho sentido.
Os alunos não passam de números. Quer seja por causa dos gastos, ou pelas estatísticas (que o governo de Sócrates tanto gostava de mostrar).
– Pedro Andrade