Quem é que leva uma arca congeladora para o Alasca?
Quem é que leva areia para a praia?
Mea culpa caro leitor. Percebo agora que não se pode demitir o que já foi demitido há muito.
Expor ao vento. Arejar. Segurar pelas ventas. Farejar, pressentir, suspeitar. Chegar.
Quem é que leva uma arca congeladora para o Alasca?
Quem é que leva areia para a praia?
Mea culpa caro leitor. Percebo agora que não se pode demitir o que já foi demitido há muito.
O contratador de fotocopiadores de legislação vai pagar uma multa de 4 mil euros por causa duma contratação ilegal no valor de 300 mil euros. É caso para dizer que o saldo é positivo (não, não falo dos contribuintes). Falta ainda saber o que vai acontecer aos acusados de prevaricação.
Prisão efectiva para quem trata o dinheiro dos contribuintes com tamanha ligeireza, é o que esta gente merece e é o que devia ser lei. Só um problema: olhando para artistas como os que imprimem 120 programas de governo em papel couché, como os que mandam para casa dos munícipes revistas mensais que resumem às fotos do xô plesidente, como os que contratam tóniscarreiras para festarolas, como os que… enfim, para esses tantos, dizia, só há o problema de poder não haver prisões suficientes.
Porra!, o dinheiro custa-me(-nos) a ganhar! Quem quer festa ou tacho que trabalhe.
Ao que tudo indica a FNE vai assinar.
A FENPROF não assina. A FENPROF saiu do MEC – não há acordo entre a maior federação de professores e o MEC. Confirma-se o palpite anterir: a FENPROF não assina.
Os outros? Parece que ficaram lá dentro…
Uma amiga minha, que se distingue por ser cidadã de invulgar cultura e de espírito muito acutilante, enviou-me este pensamento sobre o sexo do Google:
Cheguei à conclusão de que o Google é mulher.
Ainda não terminámos a frase e já está a dar palpites…
Não resisti à tentação de divulgar a frase, presumindo embora que a mesma ainda não é, mas certamente em breve será lida por tudo o que são mensagens de correio electrónico.
A despeito de pretensioso feminismo, a minha amiga defende com solidez a superior sagacidade da mulher, com base na evidência de que os interlocutores/homens ainda têm o pensamento desfasado em relação ao “timing” que gostariam de ter. E dá um exemplo eloquente: o ministro Vítor Gaspar. Li e fiquei sem argumentos.
Ontem li a do dom de deus mas nem reparei nesta afirmação:
Não temos pressa e a história garante que venceremos a crise.
Que ele não tenha pressa, compreendi-te, está na zona de conforto, não conta os tostões para ir ao médico nem os subtrai para fazer a sopa do desempregado.
Agora essa garantia da História, que toca cá para os meus lados, merecia que ele explicasse quando, onde e em que regime político uma crise desta envergadura foi vencida com a receita da austeridade, da privatização e do desemprego. Ele ou quem quer que seja. O cábula mentiroso não confessa a ignorância, afirma-a como verdade. A menos que se trate da história da carochinha, entendi-te.
… depois de ler o douto artigo do Provedor do Leitor do Diário de Notícias, só posso endereçar o óscar de melhor argumento adaptado aos abrantes. Então os marretas tiveram a arte de enviar mails madrugadores ao Senhor Provedor e este, todo lampeiro, não se fez rogado e de tal conteúdo fez jurisprudência. Eu, ingénuo, olhava para o Senhor Provedor e via-o como uma espécie de blogger do 5Dias. Afinal, enganei-me, ele é mais “corporações“.
O Aventar abre aqui uma experiência singular e nunca antes concretizada na televisão pelo Rui Santos. Sim, isto é completamente inédito.
Um contador de tempo para saber os segundos em falta para o Ministro Álvaro Santos Pereira deixar o governo!
O tempo é à escolha do freguês e completamente grátis!
Digam lá se isto não é um cluster ao nível do pastel de nata?
Dos interessados.
Hoje, 2ª feira, decorre no Ministério da Educação e Ciência a segunda ronda negocial em torno dos concursos de Professores. Diz-se ao telemóvel que tudo ficará adiado para amanhã, para uma nova reunião…
A segunda proposta do MEC, agora em discussão, clarificou alguns aspectos e torna-se mais interessante do que a primeira, mas ainda muito longe do que deveria ser um documento central para a gestão do maior grupo profissional da administração pública central: o MEC continua a manter, com o acordo da FNE (SPZN), os docentes do privado em vantagem relação aos colegas das escolas públicas.
No entanto, estão ainda contempladas um conjunto de situações que não vão merecer o acordo dos sindicatos, nomeadamente da FENPROF.
Mas, da parte dos representantes dos professores com menor expressão poderão aparecer algumas surpresas. Parte deles é dirigido por quadros do partido do governo – o PSD e depois do acordo da UGT com os patrões e o governo, este pode ser, ao contrário do que pensava há dias, o passo seguinte do frete dos sindicalistas laranja ao governo da mesma cor.
José Gil, Director do Público por um dia, escreveu que:
“se não se souber o número de horas e a qualidade do tempo de que um docente precisa para preparar as lições podemos criar uma carga horária esmagadora e deprimente. E nunca obter uma docência de excelência. Para preparar as aulas os professores têm de ter uma vida própria — e já não têm. Têm cada vez menos férias, cada vez menos tempo para ser pessoas. Uma das questões que coloco é se os responsáveis políticos se dão conta da especificidade da profissão de docente. A relação professor-aluno é extremamente intensa, delicada, forte, vital e específica. Vital para criar qualificação no trabalho e consciência democrática.
É preciso fazer ressaltar esse factor que não está a ser pensado. A avaliação das competências tem de ter em conta um elemento inavaliável, inquantificável em que se funda a criatividade da educação.”
E esta é a questão central da Escola nos nossos dias – que condições têm os professores para desenvolver o seu trabalho com qualidade? [Read more…]
Nunca me deu para endeusar pessoas ou ter ídolos, mas nunca deixei de admirar aqueles que exercem uma actividade com competência comprovada. Ainda hoje, considero um privilégio poder ler ou ouvir quem sabe e sempre por duas razões profundamente egoístas: prazer e enriquecimento.
Apesar da minha tendência para a Literatura, a reflexão que me tenho sentido obrigado a fazer a propósito do Acordo Ortográfico fez-me regressar a leituras no âmbito da Linguística, o que me levou a descobrir, graças, também, ao milagre da Internet, estudiosos como Francisco Miguel Valada e António Emiliano.
Há poucos dias, tive oportunidade de aconselhar a leitura de um texto deste último. Volto, agora, a fazê-lo: nesta nota, António Emiliano contraria a ideia de que escrita é uma mera maquilhagem. Existe uma outra versão mais desenvolvida dessa mesma nota aqui.
Ler o que escreve António Emiliano dá trabalho? Dá, mas não há outra maneira de aprender. Na verdade, julgo que há, até, poucos prazeres que não dêem trabalho. Quem quiser criticar ou elogiar o AO deve, portanto, trabalhar muito.
O labirinto tem que ter uma porta uma saída um caminho que não encontro.
Sei que sou buraco de mim mesmo mas não é por aí que eu quero sair.
Meu sonho é ser um pássaro voar na proporção do amor sem medo nas penas… [Read more…]
O Público de hoje, na comemoração do seu aniversário, teve como director o filósofo José Gil. É próprio do filósofo perguntar, reflectir sobre o que não se sabe, pensar, até, sobre aquilo que não se pode saber. Assim, o programa proposto pelo director circunstancial do Público é de uma importância decisiva, exactamente porque é compreensivelmente raro um jornal não noticiar o invisível ou o incognoscível. Afirma, a propósito, José Gil:
Vivemos num país desconhecido. Por baixo da informação tangível, dos números e das estatísticas, correm fluxos de acontecimentos inquantificáveis e que, no entanto, condicionam decisivamente a nossa vida. Quantas doenças psíquicas foram desencadeadas pela crise? Quanta energia vital se desperdiça na fabricação da imagem de um rosto jovem necessário exigido por tal profissão? São “dados” incognoscíveis ou imateriais, não susceptíveis de se tornarem informação. São não-notícias.
Como professor, e tendo em conta a destruição sistemática das condições de trabalho da classe profissional a que pertenço, apetece-me realçar a pergunta a que ninguém, a começar pelo Ministério, quer responder:
Quantas horas os responsáveis estimam necessárias para os professores prepararem as lições?
Na realidade, esta pergunta ignorada é fundamental e deveria condicionar qualquer decisão política no âmbito de um estatuto profissional. Nos tempos economeses em que vivemos, é, apenas, um assunto a evitar. Sobre o mesmo tema, já escrevi aqui e aqui.
O hospital de Almada, por dívida de 260 mil euros ao fornecedor, está a recorrer ao empréstimo de compressas para cirurgia, nomeadamente junto do Amadora-Sinta, que costumo e devo designar por Hospital Prof. Dr. Fernando Fonseca.
O ministro Macedo, bancário de profissão, entende que os hospitais devem funcionar na lógica dos fluxos de caixa e do saldo zero de tesouraria; nunca em função do interesse e necessidades dos doentes.
Ontem a Roche, hoje os fornecedores de compressas, e sem vontade de negociar e apenas impor, o actual Ministério de Saúde está a negar a prestação de cuidados médicos, nalguns casos em estado de necessidade extrema: cirurgias no Garcia da Orta, assim como tratamentos com medicamentos únicos de oncologia, nos IPO’s e outras unidades de saúde com esta especialidade.
Tudo isto é o resultado tecnocracia, que com este governo atingiu o pico mais elevado, sem ponta de humanismo na prestação de serviços de saúde aos cidadãos.
Temos um governo, de falácia e aldrabice, composto por gente que não presta. Não presta mesmo!
O príncipe dos bebés era largamente esperado. Nunca mais aparecia, nunca mais o casal era progenitor. Nunca mais eram pai e mãe. Até esse dia de começos de ano, em que o príncipe nasceu. Todo descendente é o príncipe do lar, nos tempos em que os matrimónios casavam para durar. Havia tempo para tomar conta dos pequenos ou crianças, ensinar, cuidar, fazer vez caso o príncipe da casa chorar durante a noite. Não havia separação de deveres: eram dois os progenitores, pelo que dois deviam tomar conta do largamente esperado bebé. Em desespero, a hipotética mãe fez uma promessa: se tiver um filho, chamar-se- ia como o santo milagreiro, como terceiro nome.
Com Charles Chaplin, Jack Oakie, Reginald Gardiner e Paulette Goddard
A grande parábola ao nazismo, um dos filmes mais inteligentemnte pacifistas de sempre.
Ficha IMDB
A notícia foi divulgada a partir do semanário alemão Der Spiegel:
François Hollande estaria prestes a ser boicotado por Angela Merkel e os parceiros italiano, espanhol e o Partido Conservador britânico.
Angela Merkel, Mario Monti, Mariano Rajoy e David Cameron estariam então “cometidos verbalmente” a não receber o socialista em caso de eleição, enquanto este último segue na frente das sondagens (58% das intenções de votos na segunda volta em relação a Sarkozy, conforme uma pesquisa mais recente LH2-Yahoo!).
De acordo com o semanário alemão, os líderes conservadores estão “indignados” com a vontade manifestada pelo candidato socialista para renegociar o Pacto Fiscal, uma peça central de resgate da zona do euro. A motivação de David Cameron, cujo país não assinou o Pacto Fiscal, seria mais de carácter ideológico.
Fonte: Le Huffginton Post
Angel Merkel, queira-se ou não, reedita o despotismo germânico, reiterando a tentação da hegemonia sobre a Europa. Nem sequer é, portanto, novidade histórica vinda daquelas bandas. Volta à actividade, em alguns políticos alemães, com a Sra. Merkel em destaque, o maldito e genético vírus do elitismo germânico.
Há umas semanas, algures entre o Teams e o Zoom, o cronista apresentou, entre outros artigos, os New Methods for Second-language (L2) Speech Research, do Flege — e achou curiosa a serendipidade do próximo parágrafo que lhe caiu ao colo, o dos new methods do nosso querido Krugman. A serendipidade. Nada encontrareis igual àquilo. Nada. Garanto. […]
Como escreve Natalie B. Compton, “um urso fez uma pausa para uma extensa sessão fotográfica“. Onde? Em Boulder, CO, nos Estados Unidos da América.
N.B.:
Debate político entre Aventadores. A Esquerda, a Direita, e não só.
A actualidade em análise com as opiniões dos participantes no Aventar sobre a actualidade.
Debate sobre política, sociedade, actualidade, entre outros.
As músicas escolhidas pelos participantes do Aventar com espaço para entrevistas e apresentação de novas bandas, tendências e sonoridades.
Aqui reinam as palavras. Em prosa ou poesia. A obra e os autores.
Rotura? Rotura incide sobre o físico (ligamentos, canos). Ruptura, sim, diz respeito à interrupção da continuidade de uma situação. Ruptura, portanto. *Rutura não existe.
O analfabetismo tem 292 809 pessoas, enquanto no Porto há menos de 232 000 (dados de 2021).
O assunto é tão grave que até partilho um artigo do Expresso.
Amanhã, em Liège, no Reflektor, Thurston Moore Group (com Steve Shelley). Depois de amanhã, em Courtrai (Kortrijk, no original), Lee Ranaldo, com os fabulosos The Wild Classical Ensemble. Só nos falta a Kim Gordon.
Pais pedem aulas extra para compensar efeitos das greves de professores
o Novo Banco começou a dar lucro. 561 milhões em 2022. E tu, acreditas em bruxas?
Durão Barroso não é nem padre, nem conservador: é José, não é [xoˈse], pois não, não é. Irá casar-se (com alguém). Não irá casar ninguém.
no valor de 3 milhões de euros, entraram no país de forma ilegal? Então o Bolsonaro não era o campeão da honestidade?
fixou o preços dos bens essenciais, em 1980, para combater a inflação. O nosso Aníbal já era bolivariano ainda o Chávez era uma criança.
Enforcamento, ataque cardíaco e quedas de muitos andares ou lanços de escadas, eis como se “suicidam” os oligarcas na Rússia contemporânea. Em princípio foram gajos da CIA. No Kremlin são todos bons rapazes. Goodfellas.
Retirar “referências racistas” dos livros/filmes de 007? Qualquer dia, ”Twelve Years a Slave” ou “Django Unchained” serão cancelados.
Foi para isto que vim ao mundo? Estava tão bem a baloiçar num escroto qualquer, tão descansadinho.
E uma linguista chamada Emily M. Bender está preocupada com o que irá acontecer quando deixarmos de nos lembrar disto. Acrescente-se.
Foto: New York Magazine: https://nym.ag/3misKaW
Exactamente, cacofonia. Hoje, lembrei-me dos Cacophony, a banda do excelente Marty Friedman. Antes de ter ido para os Megadeth, com os quais voltou a tocar anteontem. Siga.
Oh! E não se atira ao Pepê? Porquê? Calimero, Calimero. Aquele abraço.
O que vale é que em Lisboa não falta onde alojar estudantes deslocados e a preços baratos.
Onde? No Diário da República e no Porto Canal. That is the question. Whether ‘tis nobler in the mind to suffer… OK.
Maria de Lurdes Rodrigues escreveu uma crónica intitulada “Defender a escola pública”. Em breve, uma raposa irá publicar um livro intitulado “Defender o galinheiro”
Lição n.º 1: Concentrar elementos do mesmo campo semântico. Exemplo: “Erguemos os alicerces necessários para podermos afirmar hoje, com confiança, que não começámos pelo telhado. A Habitação foi sempre uma prioridade para nós“.
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