Há dias, dei-me conta que tenho usado muito pouco a palavra «paz». Estava a fazer uma pequena oração com a minha filha de quatro anos quando, também, Lhe Pedimos pela Paz. A minha filha ouvia, talvez, a palavra pela primeira vez, porque me perguntou “O que é estar em paz?”. Demorei a dar-lhe uma boa resposta. Por fim, ficámos satisfeitas quando me ocorreu dizer que estamos em paz quando, por exemplo, estamos contentes uns com os outros. Depois de fechar a porta do seu quarto, veio-me à memória um parágrafo de Cidadela de Saint-Exupéry que gostaria de partilhar:
Meditei muito tempo sobre o sentido da paz. A paz tão-somente deriva dos filhos paridos, das colheitas arrecadadas, da casa enfim arrumada. A paz vem-nos da eternidade, em que ingressam as coisas acabadas, perfeitas. Paz dos celeiros cheios, das ovelhas que dormem, dos lençóis dobrados, paz que apenas da perfeição nasce, paz do que se torna oferenda a Deus, uma vez bem-feita.
Vivemos em paz. Temos a paz nas nossas vidas, a cada momento, e não sabemos dizer o que ela é (tal como acontece com o amor). E, pior, dar-lhe valor.
A propósito de paz, vou deixar aqui este linque (embora preveja que este comentário vá parar ao spam, como os anteriores):
http://umjardimnodeserto.wordpress.com/2012/09/13/instruments-of-peace/
Obrigada, fui ouvir. A música é um instrumento de paz, sem dúvida.
Se me abstrair do lado religioso e ficar pelo espiritual da sua mensagem, fico em paz só de a ler. Obrigado Maria do Céu.
Eu é que agradeço.
Só uma pergunta. Não tinha anunciado que ia largar as funções de p(b)ostadora no Aventar?
Pois, Pois tinha.
É usando a palavra pás mais vezes que o mundo “rico” recuperará os 20% de riqueza que perdeu numa década (talvez). bfds