Vítor Malheiros perguntou, Cavaco ressuscitou

Coincidência, é claro, no dia em que José Vítor Malheiro perguntou no Público se Cavaco Silva estaria incapacitado, o homem aparece. Deixando mais dúvidas sobre as dúvidas levantadas, será doença, ou feitio político?

O artigo completo:

E se Cavaco Silva estivesse incapacitado?

Por José Vítor Malheiros

O silêncio do Presidente da República nas últimas semanas – e a extrema parcimónia das suas intervenções nos últimos meses – tem motivado as mais variadas interpretações, que vão do simples desejo de não estorvar a acção do Governo num momento difícil a uma singular manifestação de sageza. Marcelo Rebelo de Sousa considerou mesmo que o silêncio de Cavaco prestigiava a função presidencial, já que discutir as vacuidades que têm preenchido o discurso do Governo e o debate político, como a “refundação” do memorando da troika, seria “discutir o nada” e isso o Presidente não o deve fazer. A explicação é generosa, mas é excessivamente benevolente. [Read more…]

Um rabo yankee e um gelado lusitano

Hoje é um daqueles dias em que cintilantemente brilha o madamismo presidencial. Prevendo-se a reeleição do portentoso e willendorfense rabo da Senhora Dona Michelle Obama – segundo a nossa gauche caviar, a mulher mais elegante do mundo ! -, resta-nos olhar para paragens mais próximas. Não é que a página da “presidência da República Portuguesa” já apresenta um crest dedicado à perpetuação da memória da Senhora de Cavaco Silva? Pois é, aqui temos um belo exemplar da heráldica republicana, mas nem com toda a boa vontade deste mundo e arredores, se poderá dizer ser capaz de remotamente ofuscar aquele outro que a representante da Monarquia ostenta.

Vendo as coisas como elas são, o pouco imaginativo designer limitou-se a seguir o exemplo dos gelados Olá! Tudo “nos conformes”, claro…

Uma verdade repetida muitas vezes

Poderá um dia ser vista como A verdade.

A vontade salazarista de cortar e destruir tudo o que é público, tudo o que se possa assemelhar a algum tipo de redistribuição da riqueza do país tem feito algum caminho, com os resultados que estão à vista – de PEC em PEC, cortando mais do que nos exigia a TROIKA e eis o resultado: o abismo.

Já se fala em novos cortes, especialmente na Educação onde Nuno Crato tem defendido a natalidade como a Mãe de todos os problemas.

Mas são os documentos do próprio Ministério que desmentem o sr. Ministro.

Os números são claros: de 2004 a 2011 o número total de alunos passou de 1683008 para 1822153, enquanto o número de docentes desceu de 180483 para 177251 – nestes números estão considerados todos os sub-sistemas, públicos e privados.

Caros leitores, a verdade é esta: o número de alunos no sistema educativo aumentou! [Read more…]

E no CDS as coisas estão assim:

Desafio Paulo Portas a mostrar ao país que não é funcionário da troika, nem precisa de prestar provas perante Merkel.

Leitura recomendada.

O ensino profissional como desistência e retrocesso

Penso que ninguém põe em causa as virtudes do ensino profissional, desde que encarado, sobretudo, como uma escolha consciente dos alunos e não como um reduto para quem tenha revelado dificuldades de aprendizagem.

Ana Maria Bettencourt, presidente do Conselho Nacional de Educação, e Luís Capucha, antigo director das Associação Nacional para a Qualificação (responsável pelas Novas Oportunidades) criticaram o recentemente encantamento de Nuno Crato com o sistema dual alemão, tendo em conta que obriga dos alunos a escolher um percurso profissionalizante numa fase precoce da vida. Para além disso, como lembra bem Luís Capucha, Portugal “não tem um tecido empresarial suficientemente forte e consolidado para assumir a formação profissional”. [Read more…]

Ao sol

Eu estava a preparar-me para mais uma aula, mais uma hora de trabalho. Do vidro da sala de professores, reparo numa mulher sentada, muito quieta: cabeça voltada para cima, olhos fechados, mãos entre as pernas, corpo firme, costas direitas. Todo o seu corpo parecia querer alimentar-se do sol, de calor e de luz. E outra coisa: muito séria «agora não me incomodem!». No que estaria a pensar?

Bonito de se ver! Imagens «surrealistas» pontuam os nossos dias que pensamos serem monótonos e iguais uns aos outros.

Como aquela outra mulher que, vi hoje, atirava pepitas para o passeio… Afastou-se e, no passeio,  aguardou a chegada do animal.

Mais imagens se esperam… sabe bem!

E se jogassem antes no Euromilhões?

Segurança Social perdeu 1500 milhões de euros na bolsa.

Reafunde-se depressa

Neste caso, o défice real de 2012 não seria de 6%, mas de menos de 2%.

A Priscila voltou; corram mentirosos, ainda apanham os coxos.

Governo de Vítor Gaspar é o alfa e ómega do país

Começar por arrumar a casa é uma boa ideia quando alguém pretende iniciar algo.

Faz, por isso, todo o sentido, que o Primeiro-Ministro Vítor Gaspar pretenda começar por arrumar a dimensão intrínseca do problema – o próprio governo, a Empresa mais problemática de toda a nossa economia. Como dizem os comunistas liberais que nos governam, o Governo de Vítor Gaspar é o alfa e ómega do país – tudo começa e tudo acaba no Governo.

É este o ovo de Colombo: acabar (e depressa!) com o governo, situado, ali mesmo, algures entre o alfa e o ómega.

Depois é só fazer a descarga!

Uma vida curta demais

Este é o título da biografia do guarda-redes alemão Robert Enke, escrita pelo jornalista Ronald Reng e publicada agora em Portugal pela Lua de Papel. Passam agora três anos da sua morte. Todos conhecem o seu fim: sucumbiu a uma profunda depressão.

“Enke, diz Reng, gostaria de ser lembrado como alguém que se debateu com uma doença. Significaria muito para ele que as pessoas soubessem que era preocupado com os outros e um guarda-redes fantástico. E que percebessem que não se matou conscientemente, mas que foi a doença que o levou a esse acto.” (PÚBLICO, 6/11)

Aquela depressão teve como uma das causas ou a sua principal causa, a morte da filha de dois anos, Lara, em 2006. Uma vida curta demais refere-se, obviamente a Enke, mas a vida de Lara também o foi em demasia e Enke, como qualquer pai, não compreende nem aceita.

Mas foi também a pressão do futebol: “para Robert era muito difícil aprender a lidar com os erros”.

Que nos sirva de lição, a todos, este caso triste do futebol profissional:  “a carreira não é a vida. Há outras coisas além disso.”

Para onde vai o dinheiro do estado

Para onde vai o dinheiro do estadoPara onde vai o dinheiro do estado

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A infografia da direita foi publicada no Expresso de 3 de Novembro passado. Para melhorar a interpretação, traduzi os números apresentados em percentagens (tabela da direita). [Read more…]

Dramas provincianos

Uma crise conjugal.

American way of vote

Hoje há sorteio eleitoral nos States. Não vou chamar eleições, esse processo que em democracia consiste em ir a votos e quem tiver mais ganha, aos arcaicos procedimentos que por ali se usam, muito avançados no séc. XVIII, hoje só comparáveis aos vigentes no ex-colonizador britânico.

Aliás, em matéria de comparações se somarmos os votos dos dois únicos partidos de alterne, somada a impossibilidade de um não milionário se meter de permeio, também temos a Coreia do Norte.

O modo americano de escolher o presidente, na prática o último imperador que se curvará perante um chinês escolhido com igual mestria, tem a particularidade de embevecer todos os que, por exemplo, chamam a Chavez ditador. Compreende-se, sonham com um sistema assim, sem chatices de esquerda à mistura. O princípio da igualdade nunca entrou na cabecinha viscondessa na nossa aristocracia.

Posto isto não me é indiferente o resultado desta noite. [Read more…]

Esquece tudo o que te disse

 

De António Ferreira

Página Oficial – Ficha IMDB

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