Para Passos Coelho – e certa imprensa – meia-dúzia de ‘jotinhas’ do PSD é uma multidão. Dezenas, centenas ou milhares de manifestantes, são também uma meia-dúzia, mas nunca mais do que essa escassa quantidade de 1 a 6 manifestantes, a contestar a política, dele e da ‘troika’, que, de indicador em indicador, em espaço de dias reflecte um país em pobreza dinâmica, fruto natural das políticas antissociais.
Agora foi o Eurostat a anunciar que o desemprego em Portugal, em Janeiro de 2013, atingiu 17,6%. Lembre-se que as previsões da CE, calculadas pela equipa do infalível Oli Rhen, e por este anunciadas entre uns copitos e uma sauna, apontavam 17,3% para taxa média anual – nesta altura, contas feitas à economista, já se regista um desvio de + 1,73% se compararmos os resultados de 1/12 com o estimado para a unidade, 12/12. Se trabalhássemos à Gaspar e à Maria Luís Albuquerque, diríamos que o desemprego atingiria uma taxa próxima dos 21% (=17,3% * 1,2089).
Estou confiante que amanhã, 2 de Março, nas ruas das principais cidades, o ‘povão’ não se comporte como o urso que, engaiolado, reage reverente e cordialmente perante quem o está aprisionar na desgraça, o Gaspar, o Coelho e o histórico putativo Portas (Ó Dra. Helena Sacadura Cabral dê lá uma ajudinha; a malta agradece).
Chamem-lhe inorgânico, orgânico ou mesmo quântico, o movimento popular, espero, manifestar-se-á massivamente na rua, mesmo sem ajudas da química ou da termodinâmica. Será, pura e simplesmente, o efeito do desemprego, da pobreza e até da fome.
Este governo tem de ser demitido, ouviu Senhor Presidente da República. Sua excelência entendida em números compreenderá certamente a elementar conta de 1+1 = 2 Março. Aritmeticamente certo e politicamente exigente na acção da alta magistratura que proclama ouvir e estar atento às mensagens do povo!
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