Segundo o ‘Dicionário Inglês-Português de Economia’, de F. Nogueira dos Santos, ‘swap’ significa:
Permuta; 2. Operação de reporte cambial; 3. Linha de crédito recíproco entre bancos centrais; 4. Substituição de um programa por outro.
Ultimamente, na comunicação social, na blogosfera e em debates informais na sociedade, tem-se, falado, de facto, de ‘swaps’ de forma abundante, avulsa e em muitos casos sem a noção do conceito subjacente ao termo, nem de outros que lhe estão associados.
Iniciei este texto com a reprodução dos significados de dicionário especializado, sobretudo atendendo ao que João Garcia, na página 8 do ‘Expresso’, edição de Sábado, apropriadamente, escreveu:
O problema é que, em geral, há uma incapacidade cognitiva e epistemológica (vivam os jargões!) para os entender. [Os ‘swaps’, acrescento eu].
Conto publicar, em mais quatro ou cinco ‘posts’, parte signficativa de conceitos, definições e exemplos traduzidos do livro ‘Corporate Finance’, da autoria de Ross (MIT), Westerfield (University of Southern California) e Jaffe (University of Pennsylvania), editado pela McGraw-Hill.
Aproveito este texto introdutório, para especificar os tais conceitos básicos associados que serão citados em conteúdos de ‘posts’ ulteriores:
Derivados financeiros
Designam-se derivados, os instrumentos financeiros, susceptíveis de ser transaccionados, com base em preço e valor de outras variáveis básicas (bens ou activos financeiros). Constituem exemplos de bens ou activos financeiros, subjacente a um derivado, as acções, indicies de accionista, as mercadorias, as divisas e as obrigações. Como exemplos mais comuns de derivados, temos:
- Contractos forward
- Contractos de futuros e
- Contractos de opções
Um contracto forward equivale a um acordo, entre duas partes, para comprar ou vender um bem ou activo, em certa data futura a um preço estabelecido (ambos, prazo e preço, são fixados no momento em que o contrato é firmado).
Os futuros seguem uma lógica semelhante, aplicando-se por exemplo a compra e venda de divisas na base de cotações futuras.
As opções correspondem a um acordo que permite a uma das partes comprar ou vender alguma coisa dentro de determinado período, em termos pré-estabelecidos).
Todos estas noções, repetimos, serão objecto de referência nos textos posteriores, sendo de destacar, no imediato, uma característica: os derivados financeiros, sejam de que tipo forem, são distinguidos por elevado grau de incerteza de preço e valor. No acto do contrato, é muito improvável prognosticar quem perde, quem ganha e quanto.
Estes crânios, mas pouco inteligentes , que nada resolvem ,
só sabem arranjar termos e siglas das mais diversas manei-
ras , como se fosse um passatempo tipo quebra-cabeças ,
para tentarem convencer os outros , que eles é que são
entendidos e os outros não .
É tudo jogadas , tal como nas acções ,na Banca e Bolsas .
Mas no final creio que os incautos que não estão por den-
tro destas batotas só perdem , excepto os habilidosos que estão metidos nas jogadas e pré–avisados do que vai acontecer para ganharem e nunca perderem .
Todavia , muitas vezes , porque o dinheiro não é deles
arriscam deliberadamente , sem se importarem se perdem
ou não , para ver se metem mais algum ao bolso , por cau-
sa da ganância , como nas empresas públicas e de outros , sem se importarem de perderam e no final dizem sempre
que é tudo legal , que não fizeram nada de errado , nem
têm culpa nenhuma ,
Saõ golpsitas e batoteiros .
É o que sempre disse , na Banca e nestes negócios finan-
ceiros há sempre sujeira .
Malandro sou eu , mas não como eles .
“No acto do contrato, é muito improvável prognosticar quem perde, quem ganha e quanto.”
Pelo contrário, a banca ganha sempre.
Tendencialmente, ganha quase sempre. Por vezes, perde e à grande. Lembre-se o caso do Lehman Brothers, da UBS, de mais de 100 bancos dos EUA, da seguradora AIG e de outras instituições financeiras – Cajas de Ahorro em Espanha.
A diferença está em que, Lehman Brothers à parte,na maioria dos casos são os contribuintes que pagam. As empresas falidas nem sequer são objecto de notícias.
Excelente, Carlos. Serviço público, sem dúvida 🙂