O Burroso

alforreca

 

Confesso: sempre tive uma certa preferência pelo apelido com que um órgão da imprensa americana, inocentemente, designou o nosso então breve primeiro-ministro, aquando da sua participação caricata e criminosa, como fantoche de serviço, na “cimeira” de bandidos que reuniu nos Açores em preparação da invasão do Iraque. Se o lapso tivesse apelidado o homem de Borroso, também não estava mal.

Durão Barroso, de seu original nome, é o paradigma do político-ténia: destituído de tudo em que se reconhece virtude e probidade num homem, intelectual e moralmente invertebrado, agarra-se contudo (e com tudo…) ao que lhe proporcione a sobrevivência, coma o que comer, viva onde viver. Sempre foi assim. O comportamento que o fez ser expulso do MRPP (por “intolerável oportunismo e falta de carácter”, dizem-me) é o mesmíssimo que o leva a boiar com pessoal sucesso no esgoto da política europeia actual. Hoje, a criatura, numa entrevista a um jornal alemão, teceu rasgados elogios à Merkel, enquanto zurzia forte e feio no seu próprio país e países companheiros de desgraças. Talvez por se ter atrevido, há dias, a dizer umas palavrinhas, tentando agradar a outros sectores, fora das estreitas baias a que o confinam os seus patrões. Durão no seu melhor.

(Nota: Zé, dizem-me os meus amigos, enganaste-te na foto que acompanha esta nota; aquilo é uma alforreca, animal invertebrado peçonhento e perigoso, carente de sistema nervoso central. Não, digo eu, não me enganei).

Comments


  1. esquerdista para se dar a conhecer (quando se vinha das “berças”, nos anos 70, nada melhor que um grupo esquerdista para ser admitido pelas elites).
    Submarino da JSD no MRPP para angariar jovens “descontentes com o PS e o PCP, no pós 25 de Abril.
    PSD encartado, uma vez de volta às “berças” (termo lisboeta para tudo o que fica para além de Moscavide), de retorno a Vila Pouca.

    Mata-Mouros por conta do Bush para se livrar da alhada em que se metera por ser péssimo PM (lembram-se que a falência das contas públicas data do seu governo?) e para merecer o tacho na UE.
    Merkozysta ferrenho e agora paladino da retoma económica por obra e graça das mudanças em França, Itália, Holanda, etc.

    Um camaleão que medra no esterco.