Porque neste atoleiro político dos que dizem que não há pântano, só tu, Porto, para me fazeres acreditar que é possível mudar.
Expor ao vento. Arejar. Segurar pelas ventas. Farejar, pressentir, suspeitar. Chegar.
Porque neste atoleiro político dos que dizem que não há pântano, só tu, Porto, para me fazeres acreditar que é possível mudar.
Aproveitei a pausa de almoço para ir às clementinas numa das poucas mercearias que por aqui resistem. Ao meu lado, entre os caixotes da fruta, uma mulher ia consultando a estátua maciça que a esperava à porta. ––Queres bananas, Zé? A estátua não se moveu. Silêncio absoluto. Ela escolheu um cacho e pô-lo no […]
Autoria da foto (e os meus agradecimentos): http://permanentereencontro.blogspot.com/2012/12/amores-de-perdicao.html
A propósito desta notícia de hoje.
Debate político entre Aventadores. A Esquerda, a Direita, e não só.
A actualidade em análise com as opiniões dos participantes no Aventar sobre a actualidade.
Debate sobre política, sociedade, actualidade, entre outros.
As músicas escolhidas pelos participantes do Aventar com espaço para entrevistas e apresentação de novas bandas, tendências e sonoridades.
Aqui reinam as palavras. Em prosa ou poesia. A obra e os autores.
«André Coelho Lima elogia acordo com PAN e defende que PSD é um “partido progressista”».
Ontem, Mário Cláudio falava acerca da “objectificação da mulher“. Hoje, o Presidente da República diz: «Mas a filha ainda apanha uma gripe! Já a viu bem com o decote?».
Pois eram. Ilda Figueiredo, “uma das 37 signatárias da petição que pede a remoção da obra, voltou atrás“.
saberia que aquela mulher não é Ana Plácido: “aquela mulher é simbólica – representa a mulher na obra do Camilo, no Amor de Perdição. Não é, nunca quis ser, um retrato de Ana Plácido“.
Direitos das crianças? É relativo. Para haver direitos tem de haver deveres, e as crianças não têm deveres. Enquanto Deus entender que a pedofilia na Igreja tem um benefício para a sociedade, irá continuar a existir.
A notícia é a reacção de Pinto da Costa ao acontecimento que o Porto Canal não noticiou. Uma tristeza. Siga.
(porque é um canal de fretes, apesar de o FC Porto não ser o clube da cidade do Porto), não transmite esta notícia. Porquê?
sem espinhas, no Expresso.
Já que na terra dele o ignoram (lembrei-me logo da “pátria que vos foi ingrata“, de Vieira), aproveite-o Lisboa, depois da nega do 17.º Patriarca.
“Feijóo quer reunir-se com Sánchez para que viabilize o seu Governo em Espanha“. Assim, não: “Durão Barroso vai casar em jJulho“.
uma política externa digna de um regime totalitário não é suficiente. Netanyahu e os seus extermistas querem acabar com a separação dos poderes. E estão a consegui-lo.
CH obrigado a reintegrar José Dias, militante e fundador do partido, expulso por invocar o santo nome do Bolsonaro da Wish em vão.
“O STOP e a cidade que queremos construir“, artigo aberto, no Público.
Mas afinal o que é que mudou? São sempre os mesmos a ganhar!
13 de maio está aí é tempo de rezar. Fado, futebol e Fátima gracias dr. Salazar, deste-nos o nosso chão intelectual. bom domigo
Nem o fado, nem o futebol e nem Fátima era do especial agrado de Salazar. Todos já existiam muito antes de Salazar. O nosso chão intelectual procure-o no decadente século XIX e deixe o Salazar em paz. O que ele fez foi saber manipular muito bem esse chão intelectual, mas não o formou.
Não conhecer com rigor a raiz dos nossos males e atribuir a culpa a quem mais está a jeito, é o caminho do sucesso para não corrigir coisa nenhuma.
Que o século XIX seja decadente é uma adjetivação e uma posição ideológica não um facto real, mas claro, é verdade que os três “F”, a fronteira da nossa intelectualidade (que outra há? a do pastel de nata? que o laborioso ministro Álvaro deixe marcas na história, é também o meu desejo), não eram do agrado de Salazar em si, mas o que existiu foi um regime que se agregou à sua volta, diz-se ser fascismo, de facto foi um fiquismo, ele foi ficando, várias vezes voltou a Coimbra, para o manter criaram favos (encenação política) à sua volta, como uma colmeia para proteger a rainha. O fado, sim era música de marginais, desprezada por Salazar, torna-se canção nacional a partir do filme do Queiroga “História de uma cantadeira”; o futebol leva grande impulso com a construção do estádio nacional para demonstrações do regime; e Fátima veio-se afirmando depois da segunda guerra mundial, é verdade que Salazar prefira rezar em capelas pequenas, e foi lançada como bandeira contra o comunismo no tempo de Salazar.
Se olharmos para a história a decadência de Portugal no século XIX não é um adjectivo mas um substantivo. E concordou comigo. Salazar manobrou bem o chão intelectual português. Salazar tinha todos os defeitos do mundo, mas conhecia como ninguém as gentes que governava. Não precisou de formar qualquer “chão” bastou-lhe manipular o que tinha. Até a mocidade portuguesa que à semelhança do fascismo queria modelar um homem novo, foi uma concessão aos fascistas do regime, porque ele era suficientemente cínico para não acreditar em nenhum homem novo.