Ricardo, o Salgado

ricardo salgado
Se há coisa que mete nojo nestes tempos que correm são as intervenções dos banqueiros que vivem garantidos pelo dinheiro dos contribuintes. Desta vez, ouvimos o seráfico Ricardo Salgado explicar, penalizado e citando a autoridade do papagaio maníaco-deprimente Medina Carreira, que, “estando Portugal falido”, era necessário que os portugueses compreendessem e aceitassem cordatamente os cortes nas pensões e nos salários, bem como todas as reduções salariais futuras.

Todos temos (adoro esta utilização deste tempo verbal!) que fazer sacrifícios, garantiu, penalizado, o banqueiro. Percebemos agora que, com estas preocupações no espírito, se esqueça de declarar ao fisco oito milhões em cada dose e coloque – certamente pelo mesmo motivo – as suas parcas poupanças pessoais em offshores, enquanto nos convida (ele e o conhecido especialista em finanças CR7) a depositar as nossas no seu banco. Não nos basta tudo o que nos acontece; ainda temos que gramar os principais responsáveis (e beneficiários!) pela situação chorar as suas obscenas lágrimas de crocodilo em público. Só não acrescento aqui tudo o que penso desta gente porque decidi manter a minha página razoavelmente livre de pornografia e violência.

Comments

  1. Antonio Caldeira says:

    Este imbecil e os outros iguais a ele só se permitem dizer estas alarvidades porque estão habituados a gravitar em torno do poder, comprando a cumplicidade daqueles que se vendem por uns trocos.
    A presunção é tanta que ele julga que todos os portugueses só têm inteligência para andar aos pontapés a uma bola ou a fazer anúncios a shampoo.


  2. Os tipos da Banca sempre foram uns hablidosos e ardilosos
    para nos explorarem .Feitos com os POLÍTICOS, que garan-
    tem mutuamente as suas mordomias,curiosamente,enrique-
    cendo cada vez mais , quando os outros poupando e repou-pando estão cada vez mais na MISÉRIA e eles coitadinhos
    cada vez mais ricos , com golpadas em cima de golpadas .
    É gente sem vergonha , nem princípios .
    Os Bancos e congéneres deviam acabar , não fazem fal-
    ta nenhuma , a não ser para nos destruir .
    Estes indivíduos , mesmo na crise e na bancarrota do País
    ainda usufruem de reformas de dezenas de milhares de eu-
    ros , fora as restantes regalias como o sinsitro jardim Gon-
    çalves do BCP , que tem uma reforma mensal de 170.000 €.
    Mais palavras para quê .

  3. joao figueira says:

    Na decorrência do post de jose gabriel, apetece perguntar:
    ->E Ñ HÁ POR AÍ NENHUM GRUPO QUE OS QUEIRA “LIMPAR”? Os Tugas agradecem, certamente.