Faço parte dos portugueses que não entendem esta recusa do governo em pagar o subsídio de férias a tempo e horas, prejudicando não apenas aqueles a quem este é devido mas, também e por arrastamento, indústrias como a hotelaria, o turismo, etc.
A justificação da vingança parece-me curta, pobre e, a ser verdadeira, grave, comezinha e desprezível.
Por isso mesmo, descartada a desculpa esfarrapada do primeiro-ministro, sendo política a razão, não a consigo entender.
Quererá o governo evitar que portugueses façam férias no estrangeiro desequilibrando a balança? Nesse caso, e porque os portugueses endinheirados continuarão a viajar, procura tapar um buraco abrindo outro maior, contraindo mais ainda a economia interna. Procurará desincentivar o aumento consumo estival? Se assim for não responde às necessidades de relançamento económico nem combate, ainda que temporariamente, o desemprego. Não há dinheiro? Pois o próprio Passos Coelho afirmou não ser esse o caso. Especulo que pretenda acabar com o subsídio de férias, mas quanto a isso já teve a resposta em relação à legalidade da pretensão.
Politicamente falando, esta medida é um desastre e eleitoralmente parece-me suicidária.
Por mais voltas que dê, procurando uma resposta séria ( que faça sentido na cabeça de Passos Coelho, Portas e militantes dos seus partidos, mesmo que não o faça na minha ) que justifique mais este tiro nas expectativas dos portugueses, no respeito pelos portugueses, no estado de espírito do país, não percebo. Não entendo, repito. Alguém me pode explicar de forma racional?
Cavaco , Passos e Portas são a santíssima trindade
da arte de bem tramar os portugueses , que não os
conseguem tirar do poleiro dos aproveitadores tipo
gatunagem ilegalíssima ,que ainda querem passar
por legais e com razão .
Realmente , só neste país é que podem existir es-
tes triunviratos . Qual déspota qual quê !
Segundo o último conselho de ministros, o governo argumenta que, apesar do chumbo do Tribunal Constitucional, não há “meios necessários e suficientes” …