A História do Banco do Meu Avô

Carlos Paz

jose maria e filhos

Vamos IMAGINAR coisas…

Vamos imaginar que o meu avô tinha criado um Banco num País retrógrado, a viver debaixo de um regime ditatorial.
Depois, ocorreu uma revolução.
Foi nomeado um Primeiro-Ministro que, apesar de ser comunista, era filho do dono de uma casa de câmbios. Por esta razão, o dito Primeiro-Ministro demorou muito tempo a decidir a nacionalização da Banca (e, como tal, do Banco do meu avô).
Durante esse período, que mediou entre a revolução e a nacionalização, a minha família, tal como outras semelhantes, conseguiu retirar uma grande fortuna para a América do Sul (e saímos todos livremente do País, apesar do envolvimento direto no regime ditatorial).

Continuemos a IMAGINAR coisas…

Após um período de normal conturbação revolucionária, o País entrou num regime democrático estável. Para acalmar os instintos revolucionários do povo, os políticos, em vez de tentarem explicar a realidade às pessoas, preferiram ser eleitoralistas e “torrar dinheiro”.
Assim, endividaram o País até entrar em banca-rota, por duas vezes (na década de 80).
Nessa altura, perante uma enorme dívida pública, os políticos resolveram privatizar uma parte significativa do património que tinha sido nacionalizado.
Entre este, estava o Banco do meu avô.

E, continuando a IMAGINAR coisas…
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Calor de volta

E viva a greve

Nada do que se passa passou hoje na TSF.

Assumo

Perante isto, declaro: quero que o BES se foda. Todo. De preferência com a família na prisão. Eu e milhões de vítimas de Hitler e Pinochet.

Banco de Portugal garante que o BES está sólido

bes-solido
O Banco de Portugal reafirmou ao Expresso que a situação no BES está sólida. Porque é que haveríamos de duvidar?

Um povo oprimido por alguns

2014-07-10-19h35m41

Quando a imagem da Rainha Santa Isabel entra na cidade de Coimbra é recebida com um discurso de saudação, lido pelo responsável da paróquia de S. Bartolomeu. Tal como há dois anos, o padre António Jesus Ramos não se esqueceu de que a rainha santificada é padroeira da cidade mas também dos pobres. E não, não foi de caridade que falou, mas dos que andamos “vergados ao peso da opressão de alguns que se julgam donos do mundo“. Como isto se passa na minha aldeia não é notícia nacional. Ora leiam com atenção:

Dona Isabel de Portugal! Rainha Santa!

É com olhos carregados de espanto que todos observam esta enorme multidão que aqui se juntou, espontaneamente, vinda de todos os bairros da cidade, das vilas e aldeias das redondezas, e muitas de tão longe, que podem chamar à sua caminhada uma verdadeira peregrinação. Por isso é natural que nos façamos a pergunta sobre a razão de tão vasto ajuntamento, reconhecendo, à partida, que figura pública alguma, das que hoje por aí se pavoneiam em busca de algum aplauso que satisfaça a sua vaidade mal dissimulada, será capaz de fazer reunir. [Read more…]

Tratamento semiótico

“Os mercados norte-americanos abriram e fecharam ensombrados pelas dúvidas em relação à saúde da banca na Europa e a digerir as últimas declarações de membros da Reserva Federal sobre o aumento das taxas de juro.”

Está mesmo a dizer: à sombra, os mercados constipam-se e ficam mais ou menos ruminantes. Ou seja, o crime afinal kompensan! Já viram o tratamento semiótico a que é preciso submeter estes textos jorna holísticos?