Bilhete do Canadá: Um patriota

Quinta-feira.  No final do noticiário da RTP, Nuno Melo e Carlos HEIL Amorim  botaram faladura numa coisa que era suposto ser um diálogo.  A dada altura, o Melo do CDS enumerou pausamente todos os ataques que o governo e seu orçamento têm merecido duns figurões de Bruxelas, doutros figurões dos mercados, doutras entidades que, nos dias que correm, andam de calças na mão com o trambolhão financeiro que se avizinha na Alemanha e outros países do clube. O eurodeputado Melo relatou os ataques com grande entusiasmo e uma expressão resplandecente.

Enternece o amor que têm à Pátria estes que vivem dos dinheiros públicos.

Comments

  1. Ha’ que acrescentar, que a culpa dos toxicos no Deutsche Bank que estao ainundar a Europa e’ do OE portugues…

  2. Com tanto apelo ao patriotismo, começa a ser difícil distinguir comunistas de nazis.

    Não sei se já ocorreu à rapaziada que, se uma pessoa achar que esta brincadeira do orçamento é má para o país, combatê-lo é, em si mesmo, um acto patriótico? Não vem ao caso se estão certos ou errados, apenas a própria percepção que têm do assunto.

    • José Peralta says:

      Marco ! A sua opinião é…a sua opinião ! Acresce que é tão livre e respeitável quanto a minha, que é esta :

      Com tanto “acto patriótico” contra o OE, por parte de bestas gordas como o amorim e buldogues de ar raivoso e sem açaime como o melo, cada vez se me torna mais difícil distinguir fascistas de nazis !

      E o coro, com laivos de traição, que fazem na Europa os coelhos, os portas, os rangéis, os melos e “melros” quejandos, são a prova desse “exacerbado patriotismo” e da raiva e frustração que sentem por uma nova maioria parlamentar e um novo governo ELEITOS DEMOCRÁTICAMENTE, lhes ter tirado o tapete, Com a sequente “aparição” de várias armadilhas e esqueletos no armário, que se preparavam para tentar esconder durante mais quatro anos…

      E então, se esta alternativa resultar, e os obstáculos forem sendo ultrapassados, “eles”, que diziam “não haver alternativas”, mais borrados e desacreditados ficam. E tentam a todo o custo gorar esta ! E “chamam” a isto, raivosamente…”ACTO PATRIÓTICO” !!!!!

    • Francisco says:

      Gostei, Marco, combater, sendo português, os interesses portugueses enquanto se lambe as botas aos alemães é um acto do mais elevado patriotismo. Bem visto, é mais uma para o rol de grande pensamentos da direita. A Helena Matos e o João Miguel Tavares vão citá-lo não tarda nada.

  3. passos e salazar says:

    o marco faz lembrar o montenegro, que dizia que o país estava melhor, só as pessoas é que estavam pior. a lógica é igual. este orçamento devolve 1300 milhões às famílias… mas para o “país” isso é mau.

  4. joão lopes says:

    nuno melo e carlos amorim ganham rios de dinheiro e nunca sentiram essa coisa da austeridade nem vão sentir,alias essa gente ri-se muito(pudera) ,alias dão entrevistas ou passeiam-se pelo parlamento e …riem-se.ora rir como esta gente ri,só quem tem bago,anda descontraido(pelo excesso de dinheiro) e sabe que é impune(imunidade parlamentar).outros são “colunistas” e ganham muito(entretanto os jornalistas são despedidos),entretanto,alguem quer saber o que esta gente diz? não quer,porque 530 euros não chegam para comer,quanto mais para…rir.

  5. Confundir amor à Pátria com amor ao orçamento de um governo parece-me um pouco estranho. Perguntem ao Manuel Alegre se alguma vez confundiu o amor à Pátria com o respeito aos governos da Pátria.

    • Francisco says:

      Já com o Passos e a pandilha nunca houve confusões, não havia amor ao orçamento de estado porque este foi sempre um serviço à pátria dos alemães.

      • Não leu, no que eu escrevi, qualquer crítica ao orçamento de Costa ou louvores ao de Coelho. O que escrevi é que me faz confusão confundir críticas a orçamentos com amores à Pátria. Quanto à pátria dos alemães, admiram-me os escrúpulos de quem há séculos se habitou a fazer serviços à pátria dos ingleses. Depois de tentar perceber, pergunte a um habitante de Chelas o que é a Pátria e compare-a com a resposta de um habitante de Trás-os-Montes, e verificará que ambos vivem em pátrias diferentes! Eu sou Europeu, como era Afonso Henriques ou Damião de Góis. Quanto aos alemães, não se esqueça de que em tempos de João V e José I, foi um alemão, o conde de Lippe, quem tão bem defendeu a pátria de Portugal.
        E muito obrigado pelos dislikes!

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